14 junho 2013

Saindo da Estante-: O Melhor da Crônica Brasileira 1: Armando Nogueira, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Sérgio Porto


“O gênero crônica tem um compromisso com a realidade e com a época no qual se insere. Cronos, em grego, significa tempo e a crônica é uma narrativa curta de um fato do cotidiano, portanto, um flash do real.” (texto retirado da ficha do aluno inclusa no livro).

Sobre os autores:

1) Armando Nogueira (Xapuri14 de janeiro de 1927 — Rio de Janeiro29 de março de2010é, talvez, o mais estilista de nossos cronistas, na medida em que escreve sobre futebol a partir de uma consciência artesanal que envolve suas crônicas de um grau de litariedade tal, que elas, hoje, constituem páginas realmente literárias com toda a força imagística, poética, carga épica ou dramática, que costumam envolver tais criações( um exemplo, o seu livro Bola na rede.
Afastou-se da crônica de jornal( a célebre coluna “Na grande área”, do Jornal do Brasil), mas continua, esparsamente, escrevendo.
Bibliografia:
1962: Drama e glória dos bicampeões (Co-autoria de Araújo Neto).
1966: Na grande área.
1973: Bola na rede.

2) José Lins do Rego (Pilar3 de junho de 1901 — Rio de Janeiro12 de setembro de 1957) , mestre Zé Lins, contador de estórias, oralizante e espontâneo, deixou uma contribuição imensa ao mundo das crônicas, enquanto nos dizendo tanto de suas andanças por terras das Europas como das Paraíbas, estas muito amadas em suas Borboremas, no Pilar, nos engenhos e rios e estradas.
Nos próprios livros do ciclo da cana-de-açúcar, ou no seu Meus verdes anos, encontram-se fragmentos que podem constituir-se, episodicamente, estórias curtas ou crônicas. Conciliando lirismo e documento.
Bibliografia:
1932: Menino de engenho.
1933: Doidinho.
1934: Banguê.
1935: O moleque Ricardo.
1936: Usina.
1936: Histórias da velha Totônia.
1937: Pureza.
1938: Pedra Bonita
1939: Riacho Doce
1941: Água-mãe.
1942: Gordos e magros.
1943: Fogo morto.
1943: Pedro Américo.
1945: Poesia e vida.
1946: Conferências no Prata(Tendência do romance brasileiro, Raul Pompéia, Machado de Assis).
1947: Eurídice.
1951: Bota de sete léguas.
1952: Homens, seres e coisas.
1953: Canganceiros.
1954: A casa e o homem.
1955: Roteiro de Israel.
1956: Meus verdes anos.
1957: Presença do Nordeste na literatura brasileira.
1957: Gregos e troianos.
1958: O vulcão e a fonte.

3) Rachel de Queiroz (Fortaleza17 de novembro de 1910 — Rio de Janeiro4 de novembro de 2003), cronista maior, em jornais, em revistas, em livros.
E seus textos acabam mesmo revelando uma autora preocupada com tudo que a envolve, com tudo que vê ou sente, não importa a circinstancialidade do fato- o que, afinal, favorece até o cronista, enquanto fixador de flagrantes e lacerações emotivas, constatador do cotidiano e de coisas aparentemente menores, mas que comporão, afinal, o grande quadro em que vivemos. Prova disso, a variedade temática encontrada nos trabalhos de Rachel, que, aqui, vocês constatarão.
Bibliografia: 
1930: O Quinze.
1930: João Miguel.
1937: Caminho de Pedras.
1939: As três Marias.
1953: Lampião (Drama em cinco quadros).
1958: A donzela e a moura torta.
1958: 100 crônicas escolhidas.
1959: A beata Maria do Egito (Peça em três atos e quatro quadros).
1964: O brasileiro perplexo..
1967: O caçador de tatu.
1969: O menino mágico.
1971: Meu livro de Brasil 3-Meu Livro de Brasil 4(Educação moral e cívica)
1971: Meu livro de Brasil 5- (Educalção moral e cívica- co-autoria de Nilda Bethlem).
1973: Seleta (Seleção de Paulo Ronay).
1974: Luís e Maria (Cartilha de alfabetização de adultos- co-autoria de Marion Vilas Boas Sá Rego).
1975: Dôra, Doralina.
1976: As menininhas e outras crônicas.).

4) Sérgio Porto(Rio de Janeiro11 de janeiro de 1923 — Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1968) , Stanislaw Ponte Preta, é hoje, pacificamente, considerado o mais importante cronista do mundão carioca- tanto pela carga artesanal de seus textos, como pelo profundo sentido crítico que imprimiu sempre a seus trabalhos, ora irreverentes e cáusticos, ora( e quase sempre) humorísticos, intensamente irônicos.
Criador de personagens típicos e caricaturais, Sérgio Porto fez escola. Aí estão Luís Fernando Veríssimo, Carlos Eduardo Novaes, Aldir Blanc com seu incrível Rua dos Artistas e arredores, e outros cronistas que seguem a linha Stanislaw.
Bibliografia:
1. Com nome de Sérgio Porto
1958: O homem ao lado.
1958: Pequena história do jazz.
1963: A casa demolida.
2. Com o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta
1961: Tia Zulmira e eu.
1962: Primo Altamirando e elas.
1963: Rosamundo e os outros.
1964: Garoto linha dura.
1966: Febeapá- 1(Primeiro festival de besteira que assola o país).
1967: Febeapá-2(Segundo festival de besteira que assola o país).
1968: Febeapá-3( Na terra de crioulo doido- A máquina de fazer doido).
1976: O melhor de Stanislaw Ponte Preta

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