30 novembro 2013

Book Tour- Terras Metálicas de Renato C.Nonato

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Fui selecionada para participar do Book Tour Terras Metálicas do Blog Minha Velha Estante.
As regras:
1- 10 dias para leitura
2- Resenhar
3  Envio do livro por registro módico.
4. Sorteio do livro entre os participantes

Os participantes: 
1- Vício em Páginas, de Naiane;
2- Nosso Clube do Livro, da Mila;
3- Infinito Particular dos Livros, de Erika;
4- Rimas de Preto, de Sandro;
5-Retalhos no Mundo, ( EU, Sonia)


Sinopse

A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar, isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite. Mas essa paz pode acabar… Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno – o parque temático da Esfera – e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida. Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos… Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos… Tashi, Tales, Ângelo, Camila, Liceu, Isabela e Nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.




18 novembro 2013

Dica Literária da Semana- Pascoaes e o Surrealismo

nNotas para a Compreensão do Surrealismo em Portugal

Notas para a Compreensão do Surrealismo em Portugal
António Cândido Franco
Licone
286 pp
2013
12 euros
Tema: Outros

Depois de ter publicado, em 2010, Teixeira de Pascoaes nas Palavras do Surrealismo em Português, António Cândido Franco(ACF) dá a lume Notas para a Compreensão do Surrealismo em Portugal. Embora o nome do autor de Marânus, de que ACF é especialista e grande admirador, não figure no título deste novo ensaio, ele é ainda uma espécie de desenvolvimento daquele -  são, citando o autor, "seguimento que entrementes surgiram", e que gostaria de ter publicado em conjunto com uma reedição do primeiro, o que por uma questão de "volume" não foi possível. "O livrinho anterior foi nascendo sob a forma de notas" e são elas (27) que formam este volume.

Sinopse
Ensaio sobre o movimento surrealista em Portugal. Um livro indispensável para a compreensão da aventura surrealista vivida em português.

Teixeira de Pascoaes nas Palavras do Surrealismo em Português
Teixeira de Pascoaes nas Palavras do Surrealismo em Português
Pascoaes, Cesariny, Cruzeiro Seixas, e outros
de António Cândido Franco
2010
72 pp
Licorne

Sinopse
Influência de Teixeira de Pascoaes no movimento surrealista português.

Leia também:

16 novembro 2013

Outras Estantes: Sónia Cravo - A vida dos outros

Por Carolina Freitas.
Primeiro, surge-lhe uma ideia, vaga, daquilo que quer explorar através da escrita. Depois, as personagens. E, como elas, tudo o resto: o tom, o ritmo, a história. O livro. Para Sónia Cravo, 36 anos, são as personagens, e os seus universos psicológicos, o motor da escrita. Assim aconteceu com o seu romance de estreia, Na Senda da Memória (Esfera do Caos, 2011), e com Deste Lado do Mar Vermelho, o segundo livro, que acaba de lançar. Uma história de amor e morte, para mergulhar nos abismos da alma humana.
Qual o foi o ponto de partida para Deste lado do mar vermelho?
A ideia inicial era colocar um grupo de jovens numa espécie de sociabilização tardia. Assim surgiram Jaime, Emídio e Clarisse, três jovens criados em cativeiro. Queria que viessem de um mundo 'despido'. Interessava-me fazer uma comparação implícita entre as regras que os mantiveram naquele 'casulo' e todas as outras que suportam a vida social tal como a conhecemos. E perceber, depois, como iriam reagir perante a sociedade, como iria funcionar esse processo de libertação, e,  por outro lado, de que forma iriam, ou não, alterar a rotina ou despertar algum tipo de consciência nas pessoas que encontrariam.

A história dos três jovens cruza-se com a da sua família de acolhimento: Custódio, Lia e um cão chamado Pide.
O Custódio, inicialmente, era para ser uma personagem secundária, mas abraçou-me de tal maneira que passou a ser uma das principais. É alguém que anda a moer uma dor imensa, causada pela morte da mulher e do filho. Mexe-se em espaços muito pequenos, fechados. Quando uma pessoa está a distrocer dores e convive e se move em espaços abertos, elas vão-se dissolvendo de alguma forma. Agora, quando se fecha e se vira para dentro, a libertação custa mais. O Custódio é a imagem de uma pessoa virada para dentro, para espaços pequenos - desde o seu escritório às folhas onde escreve poesia, de papel quadriculado (esta escolha não foi inocente...). A questão passa por perceber até que ponto estes jovens têm força para trazê-lo de volta.
À semelhança do primeiro romance, explora o universo psicológico das personagens. É o que mais lhe interessa?
Já tive mais certezas em relação à escrita do que agora. À medida que amadurecemos, vamos perdendo aquilo que inicialmente tínhamos como certo. Mas essa certeza tenho, a de que gosto de explorar o universo psicológico das personagens. Não precisamos de localizar a história no tempo e no espaço (não sou muito fã do romance histórico, por exemplo...). Com este livro, percebi uma coisa muito curiosa: quando comecei a escrevè-lo, só tinha aquela ideia de arranque; entretanto, fui construindo as personagens - aí, sim, perdi bastante tempo; e, a partir daí, foram elas que passaram a assumir o comando da história. Cada fala, cada ação. Foram as personagens que desenharam a história.
Neste segundo livro, a escrita parece ser mais 'contida'.
Sim, comecei a sentir necessidade de aprofundar essa economia semântica (cortar os adjetivos, criar mais imagens, etc.). O caminho da literatura é muito longo... E a noção de perfeição começa, de alguma forma, assombrar-nos e depois o processo é esse: perseguir um certo ideal de beleza ao nível da escrita, da história....Talvez este seja um passo em frente nessa busca.
Fonte:JL

Deste Lado do Mar Vermelho
Deste Lado do Mar Vermelho
Sónia Cravo
Estampa
Maio 2013
120 pp
12,99 euros

Três jovens criados em cativeiro. Uma família de acolhimento também ela com muitas cicatrizes: Custódio, que vive uma espécie de loucura silenciosa, e uma mulher faminta de afectos. Um cão chamado Pide e uma verdade que melhor será nunca chegarem a conhecer. São estes os ingredientes desta empolgante história onde amor e morte se cruzam, quais eternos favoritos dos romances de grande densidade humana.


Na Senda da Memória...
Na Senda da Memória
Sónia Cravo
Esfera do Caos
Setembro 2011
14,90 euros

Muito provavelmente, uma das revelações do ano no domínio da literatura em língua portuguesa. Literatura, entenda-se, naquele sentido clássico e robusto que nos remete para a arte de bem escrever…«Sónia Cravo surge agora com uma narrativa surpreendente a todos os títulos: original quer a nível do tema central e dos motivos que lhe dão consistência e com­plexidade, quer a nível da sua riqueza vocabular, tão inusual que deixa quem lê suspenso entre o arcaísmo e o neo­lo­gismo, entre o achado escritural e o acaso tipográfico (tão joyceano), fazendo a frase explo­dir perante os nossos olhos suspensos. E isto acontece quase continuamente, num ritmo que não deixa sossegar o mais prevenido dos leitores. (…) Mateus, o narrador de toda esta estória de que é personagem nuclear, começa por nos surgir como alguém que não vê senão sexo em cada mulher que o rodeia, e disso faz obsessão central do seu dia-a-dia; mas que, por um acaso que a seu tempo o leitor des­cobrirá, vê-se obrigado, entre dois assassinatos que bali­zam os acontecimentos, a enve­redar por caminhos e a viver situações de todo inusitadas, num terror constante em que «o silêncio multiplica ideias» que o vão dilacerando. (…) Eis um texto que, a todos os níveis, surpreenderá o leitor. E como uma boa estória (um bom romance aberto) é aquela que, no fim, nos confronta com múltiplos possíveis horizontes, assim acon­tece aqui: «E no silêncio ouço-me, há uma voz que sussurra: espera, espera só mais um pouco.» Espera: paciência e esperança. Que futuro estará reservado a Mateus?
José Ferraz Diogo, Excerto das Palavras de abertura

Fonte: pesquisa.fnac.pt/ia331018/Sonia-Cravo





13 novembro 2013

7º BookCrossing Blogueiro

Luz Luma, yes party!

De 08 a 16 de novembro de 2013

Bem, estou novamente participando do BookCrossing Blogueiro, a 2ª edição do ano. 
Ainda não libertei o livro, o que farei amanhã. O livro escolhido foi: 
Sempre Sonhei Com Você


Sempre Sonhei Com Você - Sabrina 1238 ( Wedding at Waverley Creek ) - Jessica Hart

Era maravilhoso simplesmente estar perto dele...

Ellie Walker sempre fora apaixonada por Jack Henderson, desde os tempos de criança. Sabendo que ele nunca retribuira seu amor, ela viajara tentando esquecê-lo. Agora, anos mais tarde, Ellie estava de volta, e talvez, finalmente, tivesse uma oportunidade de realizar seu sonho.

Depois de um romance que terminara tragicamente, Jack precisava de uma esposa, de alguém que o ajudasse a cuidar de sua filhinha. O casamento com que Ellie tanto sonhara poderia acontecer. Mas será que algum dia ela significaria mais do que uma noiva de conveniência para Jack?


Um amor de história, que faz sonhar com o amor. 

11 novembro 2013

Dica Literária da Semana: Vikas Swarup

Herdeira Acidental (A) - Ampliar Imagem
A Herdeira Acidental
Vikas Swarup
Tradução de Elsa T. S. Vieira
ASA
400 pp
17,50 euros 
Tema: Ficção

Eis uma informação curiosa: "Embora o autor, Vikas Swarup, trabalhe para o governo indiano, nenhuma das opiniões expressas neste romance deve ser vista como se retratasse de alguma forma a opinião do governo da Índia, ou do autor na sua capacidade oficial". Que as obras de ficção são ficção, todos sabemos, e que qualquer coincidência, como também se sabe, não é mais do que isso: "pura coincidência". Mas talvez haja mais verdade neste romance do que em muita comunicação social. Desde o primeiro livro (Quem que ser bilionário?, cuja adaptação cinematográfica de Danny Boyle, vencedora de um Óscar, deu grande visibilidade ao escritor, cônsul no Japão), Vikas Swarup tem vindo a retratar uma certa Índia, pobre e remediada, em busca de uma vida melhor. Uma Índia que reencarnou também o sonho americano, onde todos os sonhos são possíveis e onde as injustiças podem ser denunciadas. Isso mesmo aprenderá Sapna, uma jovem que se vê forçada a abandonar a universidade para cuidar da família. Mas, como lhe ensinaram, "na vida nunca temos aquilo que negociamos". É o que terá de fazer com quem a acusa e com quem a defende.
Fonte: JL

Sinopse - A Herdeira Acidental - The Accidental Apprentice - Vikas Swarup

A jovem Sapna está destroçada. Obrigada a abandonar a universidade para se dedicar a um emprego medíocre como vendedora de eletrodomésticos em Nova Deli, ela é agora a única responsável pelo sustento da mãe doente e da fútil irmã mais nova. Mesmo para um coração otimista como o seu, é cada vez mais difícil acreditar num futuro melhor… até que um dia, quando o seu desespero é absoluto, algo insólito acontece: um milionário excêntrico quer fazer dela sua herdeira. Sapna pode vir a receber mais dinheiro do que alguma vez sonhou e, com ele, mudar a sua vida e a de todos os que ama. Em troca, terá "apenas" de superar os sete testes do "livro da vida". Sete testes sobre os quais o seu estranho benfeitor mantém segredo absoluto. Assim começa uma viagem rocambolesca que vai testar o seu caráter, a sua coragem e o seu coração. Pelo caminho, conhece pessoas inesquecíveis. De um casal de noivos em fuga a um sex symbol de Bollywood ou a uma insuspeita cleptomaníaca, todos vão, de alguma forma, transformá-la. E quando se depara com o sétimo e último teste - aquele para o qual a vida não a preparara -, Sapna questiona até que ponto será capaz de se sacrificar por um sonho. Vikas Swarup, autor de Quem Quer Ser Bilionário? - que inspirou o filme vencedor de oito Óscares e quatro Globos de Ouro - está de volta com uma história hilariante e dramática, terna e cruel, como o seu próprio país. Tanto a Índia como a sua heroína estão presas entre tradição e modernidade neste romance que nos leva questionar os nossos próprios sonhos e limites. 

09 novembro 2013

Outras Estantes: Os Maias Revisitados - Parte 12

João da Ega: Memórias de um Átomo
Seis romancistas 'inventam' um início para o romance que a famosa personagem d'Os Maias desejava escrever e o sétimo imagina a sua estrutura.
2) Miguel Real 

No princípio criou Deus os céus e a terra. E Deus fez-me como ser luminoso. De mim nasceu o primeiro luzeiro e brilhou a primeira luz.
Rompi as trevas que havia e viu-se, entre o abismo hiante das profundezas do Nada, a face de Deus pairando sobre as águas.
E disse Deus, haja luz. E houve luz. Por todos os céus estrelares penetraram as minhas vibrações incandescentes, aclarando os mais ínfimos vórtices de matéria. E luz houve, organizando o caos e banhando de claridade as trevas mais fundas do fundo sem fundo do universo. E com a luz, houve o Tempo, que desde então não cessou de se movimentar, consumindo-me a força vital. São os meus dois filhos, que me esgotarão a vida - o Tempo e o Movimento -, que patriarca um só tenho: Deus, meu Senhor e Criador. Eu, templo de matéria, seu escravo.
Chamou-me Deus à expansão da vida. Da luz nasce o calor, do calor a vida e a vida inundou a terra vazia e sem forma. Separou Deus o céu alvo e a terra escura e, como um berlinde nas mãos de uma criança, acionou a redonda terra, fazendo-a girar infinitamente até o longínquo limite dos tempos e das eras. Fui eu a primeira partícula a beijar de luz a sagrada terra, antes mesmo de esta para todo o sempre ser beijada pelo magnificente sol. Ao esplendor do sol chamou Deus dia e noite ao fulgor prateado da lua. E criou Deus os viventes do dia e os viventes da noite.
Eu, atraído pela potência do astro-rei, pairava a uma velocidade absoluta entre a terra e o sol, criando, na escuridão do vasto espaço gelado e imóvel, uma fímbria de luminosidade que atraiu o santo olhar divino. Por misericórdia, Deus libertou-me da minha prisão gravitacional. Senti-me projetado para a terra, arremessado para o centro da pupila de Adão, que, puro e virginal, lançava o primeiro olhar de desejo para as carnes roliças e ardentes de Eva.
Fonte: JL   


Post relacionado:
Outras Estantes: Os Maias Revisitados - Parte 11 

07 novembro 2013

Sortei-me que te quero-2013/03

Criei esta seção para registrar os sorteios em que estou participando e acompanhar a evolução dos itens a serem sorteados
Post rotativo
(atualizado em 07/11/13)
Post relacionado
Sortei-me que te quero-2013
Sortei-me que te quero- 2013/01
Sortei-me que te quero-2013/02
Promoção #58: Outubro Fantástico
Blog: Ler para Divertir
Promoção# 58: Outubro Fantástico
Kit 1: Ricardo H.



Kit 2: Lucas G.
Kit 3: Merelayne F.
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Blog: Sangue com Amor
Promoção: Primavera entre amigas
Ganhadoras: Aline de Campos
          Manu Hitz
                     Cibele dos Santos
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Blog: La Vie Est Ailleurs
Promoção: Dias das Crianças
Ganhadoras: Anne B.
                 Laura Z.
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Blog: Minha Vida Literária
Promoção: Bienal na sua Casa
Ganhadora:Thalyssa M.
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Blog: La Vie Est Ailleurs
Sorteio de Kit Surpresa de Marcadores
Ganhadora:  Carolina O.

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Blog: Books and Much More
Promoção Aniversário de 2  Anos
Hot  Nicole L.
ThrillerAdriana S.
Romance  Aliny L.
Lembranças   Larissa C.

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Blog: Ler para Divertir
Promoção 53: Fale!
Ganhadora: Cris Aragão

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Blog: Way to Hapiness
1-Diário de Bordo-Bienal 07/09-Nacionais
Ganhadoras: Esterline G.








                    Letícia M.      
            Khrys A
.                Samuka R.
2-Diário de Bordo-Bienal 01/09-Tietando
Ganhadoras: Giselle d.


                Adriana M.
            Aline C
            Thainá C.

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Blog: Ler para Divertir
Promoção 52: Bienal 2013-Fui, vi , curti
Ganhadora: Nara Brasil

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Blog: Ler para Divertir
Promoção 51: Curta a Baraúna
Ganhador: Nardonio Almeida
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Blog: Palavras ao Vento...
Promoção: Leituras Relaxantes-Novo Conceito
Ganhadora: Adrielly S

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Blog: Ler para Divertir
Promoção 50: Farol Leitura, sempre uma aventura
Ganhador: Jean Souza
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Blog: Ler para Divertir
Promoção 49: Meus Livros da Bienal
Ganhadoras :Karla
                              Eva Munhoz
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Blog: As Envenenadas pela maçã
Promoção: 2 livros por semana (3ª)
Ganhadora: Beth
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Blog: Tribo do Livro
Promo Minha Lista de Desejados no Skoob
Ganhadores: Julia R.
                 Paula C.
                     Cristiane S.
                    Vanessa R.
               Tiago F.
            Luiz F.

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Blog: Daily of Books
Promoção: O Niver é da Milla, o presente é meu.
Ganhadora: Daniela C.


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Blog: Endless Poem
Promoção: Você entregaria sua vida nas mãos de um Kindle
Ganhador:  Douglas F.
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Blog:  O maravilhoso mundo da leitura
Promoção-1 do blog
Ganhadores: Rodrigo L.
               Adriana O
                 Fabrica D.
          Rízia C.
           Kelry C.





04 novembro 2013

Dica Literária da Semana: Dan Brown


Se você não tem, compre.
Se você já comprou, leia.
Se você já leu, resenhe.
Se você já resenhou, releia.

 Capa inglesa
Livro: Inferno
Autor: Dan Brown
Tradução de Fernanda Oliveira, Ana Lourenço, Tânia Canho
Bertrand
552 pp
22,20 euros (jul)
Tema: Ficção

O novo e muito aguardado romance de Dan Brown começa com um aviso: "Os lugares mais tenebrosos do Inferno estão reservados àqueles que mantêm a neutralidade em tempos de crise moral". E prossegue com factos: "Todas as obras de arte, literatura, ciência e referências históricas citadas neste romance são reais. 'O Consórcio' é uma organização privada com escritórios em sete países. O seu nome foi alterado por razões de segurança e confidencialidade. Inferno é o mundo inferior, tal como descrito no poema épico de Dante Alighieri, A Divina Comédia, que o retrata como um reino de estrutura complexa povoado por entidades conhecidas como sombras -almas desencarnadas presas entre a vida e a morte". Os ingredientes são, por isso, os que encontrámos nos romances anteriores do escritor norte-americano, tornado célebre pelo sucesso mundial de O Código Da Vinci. Uma ficção que quer ser verdadeira, suspense da primeira à ultima página e a religião no centro de tudo. Neste caso, Robert Langdon terá de investigar o poder das sombras e descodificar as passagens mais obscuras da obra de Dante.

Texto relacionado:

Autor Dan Brown lança o livro "Inferno"

02 novembro 2013

Metas do Mês de Novembro/13


Visitando o Blog Maravilhosas Descobertas encontrei um post onde a Mari se propõe a determinar 10 metas por mês para cumprir. E senti que seria um ótimo método para seguir: visto que tenho a tendência de desviar-me do objetivo pretendido.
Por isso, vou escrever as minhas 10 metas para novembro e tentar realizá-las. 
Vamos a listinha?
  1. Agendar/Planejar as leituras do mês (E colocar no Skoob-Vou Ler);
  2. Finalizar a Gincana do Books and Much More: (Jogo das Capas - 12/11) + (Caça-palavras - 18/11)
  3. Postar pelo menos 3 vezes por semana;
  4. Atualiza os posts dos desafios( livros)
  5. Fazer post dos livros que ganhei em promoções/sorteios (atrasadíssima)
  6. Fazer o post com as aquisições da Bienal/13 (idem)
  7. Começar o Desafio de Séries (Maravilhosas Descobertas)
  8. Atualizar o Skoob com os livros da minha estante (pelo menos 10 livros)
  9. Selecionar um blog para participar do Top Comentarista;
  10. Não deixar as resehas para última semana.
  • Blog Ler para divertir
Como bem lembrado pela Luma, tenho mais um item da meta:
11) Participar do 7º BookCrossing Blogueiro (08 a 16/11)

Outras Estantes: Um romance burlesco


Pedro Sena-Lino
Despaís. Como suicidar um país
Porto Editora
336 pp
15,50 euros

Por Miguel Real
(Os Dias da Prosa)-JL

Romance de intervenção, um dos raríssimos romances burlescos portugueses publicados este século, Despaís. Como suicidar um país, de Pedro Sena-Lino, evidencia-se como uma narrativa de revolta contra o sentido político das instituições sociais atualmente reinantes em Portugal e de denúncia contra as elites que as têm dominado, nomeadamente o Estado, provocando intencionalmente o afundamento político, económico e, sobretudo, civilizacional do país, levando-o ao "suicídio" (um referendo popular sobre a extinção de Portugal promovido pela "Plataforma Viriato", de extrema-direita)
Pedro Sena-Lino (PSL), conhecido crítico literário e professor de escrita criativa, pertencente a uma nova geração de emigrantes culturais involuntários, publicou, no campo do romance, 333 (2009). Este seu primeiro romance impressionou seja, como autor, pela erudição histórico-literária e bibliófila de alto nível, seja, ao nível da estrutura de composição, pela capacidade narrativa de criação de múltiplas breves histórias sem perda da unidade estética do texto. Foi um belíssimo romance de estreia.
Despaís. Como suicidar um país possui um estatuto radicalmente diferente. Radicado no ano de 2023, consiste num texto de intervenção social e política destinado a dar voz romanesca a uma nova geração ( a geração dos "precários") e a fazer "despertar" a consciência de revolta da maioria dos leitores, levando-os a uma espécie de insurreição popular. É um texto com explícito e evidente destinatário: o leitor humanista, letrado, com conhecimentos históricos, que assiste hoje, impotente, desprovido de mecanismos instituicionais para fazer valer o seu protesto, à humilhação e ao aviltamento de Portugal operados por uma elite classificada no romance como "neoliberal", elite que, a um nível mais profundo, se encontra apostada em retirar todas as benesses que tinham feito dos portugueses um povo com uma qualidade de vida europeia - justamente, uma das medidas económicas de que a elite política se serve para compensar o défice do Estado consiste no pagamento direto do ensino básico pelos país, anulando o ensino gratuito em Portugal.
Qual o instrumento literário que o autor usa para denunciar e desmascarar a pretensa elite aviltadora da história e dos valores tradicionais de Portugal?
Em primeiro lugar, a sátira, caricaturando e ridicularizando as suas personagens representativas. Assim são trabalhadas as personagens do primeiro-ministro, Sebastião Afonso, o "Capitão Franguinhas", um homossexual fellinesco traumatizado pela história ilustre da família e por uma antiga relação carnal em Berlim com um enigmático Hans, os ministros, os assessores, as secretárias de Estado, as secretárias pessoais, a personagem do "gestor", com a absolutização do jargão económico, como se a anãlise do todo da sociedade se reduzisse a esta ciência, a da "velha", exemplo de mulher idosa e pobre, "Afonso", exemplo de menino exitencialmente desorientado pela mudança brusca de comportamento do país (de gastos ostentatórios para escassez absoluta, expulsos de casa por impossilidade de pagamento da prestação mensal ao banco).
Em segundo lugar, aperfeiçoando o elemento satírico, PSL, em inúmeras situações e sobretudo na caracterização do ministro das Finanças, Judas da Silva, apaniguado do "Quadrado" (substituro da troika com a entrada da FICO, Associação Internacional de Empresas Financeiras), arrasta o texto para o elemento burlesco.
Judas da Silva é, de facto, uma verdadeira personagem burlesca, centro de um autêntico carnaval de efeitos grotescos, cujas consequências se evidenciam pela sua natureza extremada, a começar pela intenção monstruosa e disforme que move a personagem ao longo de todo o texto: levar à falência a maioria dos cidadãos, forçá-los a endividarem-se à FICO, que lhes fica com as casas para destruir prédios, já que só está interessada nos terrenos, vendidos posteriormente a sociedades financeiras internacionais para fins turísticos e de divertimento. Assim são vendidos o Sul e o Centro de Portugal, país que fica reduzido ao Norte, destinado pela FICO a ser dirigido pelo "traidor" Judas da Silva como prémio pela sua ação destruidora, gorada no entanto pela intervenção do presidente da Assembleia da República e pelo Presidente da República, dois políticos humanistas, e pelas tropas espanholas.
Uma personagem burlesca exige situações burlescas. E é assim que dois terços de Portugal é vendido, que se estuda a venda dos Mosteiro dos Jerónimos a uma empresa asiática, que se promove um referendo sobre o fim de Portugal, cuja população resistente, comandada pelo jornalista Bartolomeu Henriques, embarca nas "Crisias" e regressa ao mar: prefere a expectante incerteza do mar à total incerteza da vida em Portugal, país governado por elites autistas e interesseiras.
Texto a necessitar de uma última revisão estilística (percebe-se que foi escrito sob o fogo da paixão da revolta e o fulgor da atualidade), é, no entanto, um ótimo exemplo da intervenção empenhada do artista na cidade, fazendo valer o seu protesto e a sua indignação, não por meios convencionais, como os restantes cidadãos, mas em forma de texto narrativo, usando como instrumento, neste caso, um estilo satírico e burlesco. Outra coisa não fizeram Gil Vicente, o Eça d'A Relíquia, o Camilo d' A Queda de um Anjo, o Saramago de Ensaio sobre a Lucidez, o Lobo Antunes d' As Naus, o Rui Zink d' A Instalação do Medo e tantos outros.

Texto relacionado: 
Como suicidar um país
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