31 março 2011

Quiz: Teatro

Teatro


Sabe quando é comemorado o Dia Mundial do Teatro? Fazer teatro, ler ou assistir aos espetáculos é uma forma de se emocionar, de rir, de experimentar outros papéis
O teatro tem uma data para ser festejado: 27 de março. O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961 pela Unesco. Fazer teatro, ler ou assistir aos espetáculos é uma forma de se emocionar, de rir, de experimentar outros papéis. Teste-se


1-Que tipo de teatro foi concebido para apresentações ao ar livre?

O Living Theatre, nos Estados Unidos
A commedia dell'arte, na Itália
O Teatro de Revista, no Brasil

2-Que dramaturgo grego escreveu a tragédia 'Medéia'?

Ésquilo
Sófocles
Eurípides

3-Assinale o título de uma peça do brasileiro Nelson Rodrigues:

Senhora dos Afogados
Seis Personagens à Procura de um Autor
Roda Viva

4-Quem era o corifeu, no teatro da Grécia Antiga?

O solista do coro
O iluminador
O artista de circo

5-Em que época surgiu, na Europa, o teatro do absurdo?

No século 18, junto com o romantismo
Durante a Primeira Guerra, com Bertold Brecht
Logo após a Segunda Guerra, com Ionesco

6-Quem é Desdêmona, na obra de William Shakespeare?

A mãe do príncipe Hamlet
Mulher de Otelo, militar mouro em Veneza, que enlouquece de ciúmes
A babá de Julieta, que envenena Romeu

7-Qual destes autores de teatro é um comediante francês?

Moliére
Émile Zola
Luigi Pirandello

8-Em que país foram construídos os primeiros teatros onde o palco fica separado das poltronas da platéia?

Na Itália
Na Inglaterra
Na Dinamarca

9-Entre os autores de teatro que receberam o prêmio Nobel de Literatura, podem ser citados:

Antonin Artaud e Peter Brook
Harold Pinter e Dario Fo
Gerald Thomas e Eugene O´Neill

10-Qual destes grandes teatros foi o primeiro a ser inaugurado no Brasil?

O Teatro Amazonas, em Manaus
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro
O Theatro São Pedro, em Porto Alegre

Veja as minhas respostas e compare com as suas no post de amanhã.

30 março 2011

Entrevista: Elba Ramalho

Por Guilherme Bryan

A cantora Elba Ramalho completará 60 anos em 17 de agosto e encerra as comemorações dos 30 anos de carreira, completados em 2009, com o CD e DVD Marco Zero – Ao vivo, gravado em 12 de março de 2010, no Marco Zero, em Recife (PE), e agora lançado. Ali estão vários sucessos de sua carreira, como Morena de Angola, O meu amor, De volta pro aconchego, Chorando e cantando e Frevo mulher. Entre os convidados especiais, aparecem Geraldo Azevedo e Zé Ramalho, que, com ela e Alceu Valença, venderam milhões de cópias do projeto O grande encontro, em três volumes.

Com 30 álbuns lançados, Elba Ramalho começou a carreira como baterista da banda de rock As Brasas, teve carreira como atriz no teatro, no cinema e na televisão, a ponto de se considerar uma “cantriz”, participando de clássicos como Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, e A ópera do malandro, de Chico Buarque. Ela lançou o primeiro álbum, Ave de prata em 1979 e, desde o início, chamou a atenção por sua vitalidade e exotismo em cima do palco, apresentando ao grande público de São Paulo e do Rio de Janeiro os mais tradicionais ritmos nordestinos. Entre eles, estão baião, maracatu, xote, frevo, caboclinho e forró, ritmos que povoaram o imaginário desde a infância da menina nascida em Conceição da Paraíba e que tem Luiz Gonzaga como principal referência.

Mãe de Luã, com o cantor Maurício Mattar, e de Maria Clara, Maria Esperança e Maria Paula, as três adotivas, Elba Ramalho recomenda essa experiência, que considera prova de “amor incondicional”. Esbanjando forte espiritualidade, declara que seu livro preferido hoje é a Bíblia, da qual faz questão de ler várias páginas diariamente. A respeito de estar prestes a se tornar sexagenária, declara: “Todo mundo chega lá e espero que chegue como eu, com lucidez, paciência e consciência de que o amor deve ser muito mais elevado em coisas da alma do que deste mundo”.

Como é estar próxima de completar 60 anos?
Não penso na idade, mas no que construo internamente todos os dias, observando onde elevo o espírito, fraquejo, erro e posso melhorar. Com relação à cronologia humana, me sinto confortável, com juventude, saúde e disposição de quem tem uma carreira estável, mais sabedoria e consciência a respeito dos valores morais e éticos com os quais temos que conduzir nossa vida.

Como é comemorar os 30 anos de carreira com o CD e DVD?
Eu tinha de fechar o ciclo dessa comemoração de um ano e pouco dos 30 anos de carreira, iniciado com o álbum Balaio de amor, no qual trouxe novos compositores, com Marco Zero – Ao vivo, para congregar num mesmo espetáculo os meus amigos e o público pernambucano, traduzindo o afeto do resto do Brasil. Esse trabalho também marca a minha relação com a cultura pernambucana, embora seja uma cantora de muitos lugares do mundo, por onde minha cultura se espalha. Foi uma noite de emoção e festa, em que fizemos o melhor que pudemos naquelas circunstâncias. E a história continua. Daqui a pouco, virarei a página desse trabalho e seguirei para outros.

Quando você descobriu que tinha o dom de cantar?
 Acho que não descobri. O destino é que foi me conduzindo. Fui para o Rio de Janeiro em 1974, buscando o palco, sem saber se queria ser cantora ou atriz. A música já tinha existido na minha vida como baterista de uma banda de rock e a atriz entrava para fazer sempre trabalhos musicais. Aí, passei a conviver com Zé Ramalho e Geraldo Azevedo, e as circunstâncias me fizeram chegar ao disco. Tive, então, de zerar mais uma vez a minha vida e começar a história da música. Respeito muito os sinais. Gosto da imprevisibilidade e de nada arquitetado, como “vou estabelecer uma carreira assim e vender 1 milhão de discos”.

Qual é a sua impressão sobre seu primeiro álbum, Ave de prata?
Foi um disco importante. Entre erros e acertos, joguei ali toda a minha energia, imaturidade, mas também a vontade de chegar como uma voz nova e definir uma posição na música brasileira. Um jeito diferente de ser e cantar. Fiz o que poderia naquele momento e lembro que parte adorava, outra rejeitava. Mas a história de todo artista é feita assim.

Em algum momento você achou que dedicaria a vida apenas à carreira teatral?
Não. Quando comecei a ser atriz, também comecei a tocar e, quando você é tocado pela música, não desapega nunca mais. Ela é muito forte. Quando a atriz atuava, era em cima de melodias e ritmos. A inspiração vinha sempre dali e nunca me desligava das rodas de música. Acho que, se fosse somente atriz, um lado meu ficaria completamente morto e infeliz.

E como você ganhava dinheiro para sobreviver? 
 Fui trabalhar na Mesbla [extinta loja de departamentos]. Datilografava a ficha do crediário e ligava para o serviço de aprovação de crédito. Mas trabalhei também em uma ótica e ainda como auxiliar de trânsito, orientando as velhinhas. Quando entrei na Universidade Federal de Pernambuco, virei bolsista da biblioteca e depois estagiário do jornal universitário. Em seguida, fui para a livraria Livro Sete [onde hoje é a Livraria Cultura Paço Alfândega, no Recife], como vendedor.

A experiência teatral é importante para como você se apresenta nos shows?
Me tornei uma “cantriz”. Alguém que canta e atua. O respaldo que o teatro me deu transparece em meus shows. Posso me apropriar da cena com a autoridade de uma atriz e dos textos como quem sabe interpretar. Isso me faz ser a artista que sou.

Qual é a importância de Morte e vida Severina e A ópera do malandro na sua carreira?
Subi ao palco para atuar em Morte e vida Severina quando tinha 16 anos, e me honra bastante ter sido vista pelo próprio João Cabral [de Melo Neto]. Esse é um texto que me persegue, no bom sentido, até hoje, porque o considero um dos poemas mais incríveis em termos de sentimento de nosso povo. Depois, o encenei no cinema e na televisão, quando fui dirigida pelo mestre Walter Avancini. Esse, considero um dos momentos mais brilhantes da televisão brasileira. A ópera do malandro foi meu divisor de águas. Ali, eu estava fechando um ciclo do teatro e conhecendo Chico Buarque, que foi importantíssimo, pois percebeu o meu talento e, com seu jeito simples, mesmo sendo um dos maiores compositores do mundo, me deu a oportunidade de cantar no disco dele. Ele é uma das pessoas mais generosas, bondosas e desprendidas que conheci.

Incomoda ter a imagem muito marcada como cantora regional?
Não. Adoro o slogan “Elba é do Nordeste” ou “Elba canta forró”. Alguns ousam dizer que sou rainha do forró. Mas não sou rainha de nada. Só teve uma rainha, que foi Marinês, rainha do xaxado. Mas represento muito bem o meu Nordeste e, modéstia à parte, sei cantar forró como poucas sabem.

Você acredita que ajudou a resgatar e popularizar alguns ritmos nordestinos? Trouxe para as classes de “a” a “z” do Rio de Janeiro e de São Paulo, os dois grandes centros, um Nordeste que gostaram de ver e ouvir, mas que não conheciam. Talvez não entendessem muito o que era coco, xote, baião, maracatu, frevo e caboclinho, mas viam o todo da artista que estava em cena, fazia espetáculos grandiosos e era histriônica, exuberante e exótica. Eu não me vestia de gibão e chinelo de couro para xaxar e mostrar a regionalidade que tinha conhecido através de Marinês e Luiz Gonzaga. Me vestia, sem querer, como a Tina Turner nos Estados Unidos.

Seu trabalho também ajudou a disseminar a cultura nordestina pelo mundo?
Sempre fui elogiadíssima fora do Brasil. Nunca houve uma crítica contra. Isso me deixa feliz, mas gosto mesmo é de cantar no Brasil.

Luiz Gonzaga continua sua principal referência artística?
Gravei dois álbuns, um em estúdio e outro ao vivo, e um DVD em homenagem a Luiz Gonzaga, que é nosso rei. A nossa história está fundada na obra dele, que teve a oportunidade de traduzir, em seu canto e poesia, os costumes, a cultura e os sentimentos de nosso povo, assim como o canto dos nossos pássaros, a alegria e a dor, a chuva e a seca. Na sequência, vem Dominguinhos, que também é um compositor importante, mais contemporâneo, e um grande instrumentista. Sem esse acordeom, não teríamos nossos ritmos.

Você foi precursora de cantoras como Daniela Mercury e Ivete Sangalo?
 Não sou baiana e o movimento de axé na Bahia aconteceria, mesmo se eu não existisse. Não sou prepotente e arrogante o suficiente para me encarar como precursora. Não visto essa carapuça. Talvez em alguma madrugada escura de Ivete e Daniela, que são fantásticas e talentosíssimas, eu as tenha influenciado, inspirado ou elas tenham visto alguma coisa de Elba Ramalho e gostado. Já ouvi Ivete dizer que fui influência para ela, que, quando estava começando, subiu ao meu palco e cantou comigo Bate coração. Daniela também assistiu ao meu show no começo da carreira.

Quais são as cantoras que mais admira?
Fora as antigas, como Dalva de Oliveira, Isaurinha Garcia, Angela Maria, Ademilde Fonseca e Aracy de Almeida, o movimento tropicalista veio num momento muito importante da minha juventude, quando tinha 16, 17 anos. Absorvi muito bem a explosão de Gal e Bethânia, e as tive como referências de estrelas da música brasileira. Vi muitos shows e ouvi os discos delas. Gosto até hoje e tenho a maior admiração e respeito.

Você tinha ideia de que o projeto O grande encontro faria tanto sucesso?
Tinha ideia de que seria bacana, mas nunca crio expectativas do quanto vai vender. Quero que as pessoas vão e saiam felizes. O grande encontro foi um momento único na música brasileira. Quatro artistas fortes e de personalidade, de posicionamento, se juntaram e arrebataram milhões de seguidores. Me senti um pouco uma “Beatle” naquela época (risos), vendo o mesmo ginásio lotado dez vezes e vendendo milhões de discos.

Como é a experiência de ser mãe?
Amo meus filhos. Luã estuda música em Berkeley e minhas três meninas moram comigo. Sempre sonhei adotar, adotei e elas são minhas filhas de alma, coração e sangue. O amor é o mesmo. E acho que todas as pessoas deveriam abrir espaço no coração para esse exercício de amor incondicional.

Você descobriu, no ano passado, um tumor de baixa malignidade no seio?
Foi como um cisco no olho, que você lava, tira e toca sua vida para a frente. Graças a Deus, não tive nada sério, nem complicado. Não fiz quimioterapia e não tenho mais nada. O que tive, muitas mulheres têm silenciosamente, mas tive a tranquilidade de dizer, para que sirva de exemplo outras mulheres. É ter saúde equilibrada e mente serena.

De onde vem essa sua espiritualidade tão forte?
 É minha busca, é de toda a vida. Desde adolescente, tenho meus mistérios e conversações internas. Tenho o maior amor a Deus e a fé é meu suporte. Sem ela, não caminho. É a consciência de que precisamos ser mais condescendentes e arregaçar a manga para nos dedicar ao próximo. Tomar a caridade como grande exercício para nossa salvação e eternidade. Para mim, a vida não para com a morte e nem a considero uma coisa sinistra. Sou uma pessoa de oração e compartilhamento. Sigo os passos do meu Cristo e tenho a Virgem Maria como amparo em meu coração.

Qual é a importância da leitura?
 Tive a oportunidade de subir ao palco aos 14 anos para declamar um poema de Manuel Bandeira. Outros poetas que me pegaram desde cedo foram Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Maiakóvski, Bertolt Brecht, Mario de Andrade e Oswald de Andrade. Também tenho muitos livros de Vinicius de Moraes e João Cabral [de Melo Neto]. Li muito Edgar Allan Poe, Ernest Hemingway, Jean-Paul Sartre e Platão. Hoje, meu livro predileto é a Bíblia, que me alimenta. Acho que todo mundo deveria sempre entrar numa livraria, pegar um livro, folhear e ler, pois qualquer história bem contada, da forma mais simples, pode transformar, acrescentar muito ao seu espírito e à sua vida.

Você cursou economia e sociologia na Universidade Federal da Paraíba?
Não fui uma adolescente alienada. Quando tinha 15, 16 anos, não vivia nas boates, nem no vazio. Essa base é o que me faz ter consciência, embora ainda não seja plena, do mundo, das pessoas e de todos os assuntos. Sempre gostei muito de ler e estar com pessoas inteligentes. Fui estudar economia mais para agradar meu pai. Em sociologia, me aprofundei bastante. Mas, se tivesse feito escola de música, teria estudado bem mais! ©

Revista da Cultura

25 março 2011

Energia nuclear é perigosa e ultrapassada?

Os trágicos acontecimentos no Japão comprovam mais uma vez que a energia nuclear é incontrolável. Está na hora de deixá-la de lado e investir nas alternativas para o futuro, opina a jornalista de ciência Judith Hartl.

A catástrofe nuclear no Japão vai mudar o mundo, e de forma permanente. Ela deixa claro o quão perigosa e incontrolável a energia atômica de fato é. Sim, conseguimos controlar a fissão nuclear. Sim, sabemos como os átomos se comportam e o que temos de fazer para que eles forneçam uma enorme quantidade de energia. Mas sabemos também que especialistas, físicos atômicos e políticos ficam assustadoramente perplexos quando uma usina nuclear resolve se comportar de forma não prevista. Aí o que predomina é a impotência, e a simples esperança de que a fusão do núcleo do reator pare por si mesma.

Argumentar que o Japão conhece o barril de pólvora sobre o qual está sentado, e que terremotos como o atual não acontecem na Alemanha, é simplificar as coisas. E se um avião cair sobre uma central? E quanto aos ataques terroristas, às múltiplas falhas técnicas ou humanas?

Além disso, o perigo não reside apenas nas panes – também o lixo radiativo, para o qual ninguém tem um destino adequado, vai um dia se tornar um obstáculo. Até hoje não existe em nenhum país do mundo um lugar adequado para depositar detritos atômicos, apesar de buscas intensas.

Queremos continuar correndo esses riscos? Apesar de termos alternativas mais promissoras, como a energia solar e a eólica? Essas são energias renováveis, que nos tornam independentes do petróleo, que não oferecem perigo, que são sustentáveis e que não comprometem as gerações futuras. É nessas energias que devemos investir. Elas não são um sonho ambientalista. Elas representam uma sociedade limpa, sustentável e moderna.

A energia nuclear, por outro lado, está ultrapassada. Ela é poluente e perigosa e consome recursos naturais. O urânio, combustível das usinas nucleares, está em declínio. Há urânio suficiente para no máximo 50, 60 anos, calculam especialistas. Isso é sustentável? Os únicos que asseguram que sim, são os lobistas da energia atômica e as empresas de energia, que se enriquecem com a fissão nuclear e exercem enorme influência sobre a política.

Tomara que a catástrofe no Japão sirva para acordar os políticos. Chegou a hora de eles mostrarem coragem. Coragem de virar as costas para o passado e investir nas energia e tecnologias do futuro.

Autoria: Judith Hartl (as)
Revisão: Augusto Valente

24 março 2011

Força magnética

Você só recebe aquilo que tem, porque aquilo que você tem se torna uma força magnética, atrai algo semelhante.
É como um bêbado que chega a uma cidade: logo ele vai encontrar outros bêbados. Se um jogador chegar a uma cidade, logo ele se tornará conhecido dos outros jogadores. Se um ladrão chegar a uma cidade, logo ele encontrará outros ladrões.
Se um buscador da verdade chegar à cidade, ele vai encontrar outros buscadores. Tudo que criamos em nós se torna um centro magnético, cria certo campo de energia. E nesse campo de energia as coisas começam a acontecer.
Assim, se você quer as bênçãos da existência, deve criar toda a bem-aventurança de que for capaz, deve dar o máximo de si, então uma bem-aventurança multiplicada por mil será sua. Quanto mais você tiver, mais receberá.
Quando esse segredo for compreendido, você ficará cada vez mais rico interiormente, sua alegria será cada vez mais profunda. E não há fim para o êxtase — você tem apenas de começar na direção certa.

Osho, em "Meditações Para a Noite"
http://www.palavrasdeosho.com/2009/10/forca-magnetica.html

23 março 2011

Serguei - Divino do Rock

Há quem o chame de lenda viva, monstro sagrado ou ícone. Na entrega do Prêmio Multishow 2010, em agosto último no Rio de Janeiro, a atriz Fernanda Torres – que participava do evento – até que arriscou, em tom de brincadeira, para se referir a ele, um “Tônia Carrero do rock ‘n’ roll”. Mas é como divino do rock que o autêntico Serguei mais se identifica.

Sem parar nenhum minuto, ele é o homem que já foi comissário de bordo, teve um affair com Janis Joplin – e chegou a morar com ela, durante um mês, em um hotel nos Estados Unidos. Assim como viveu os três dias do Woodstock, frequentou o legítimo ciclo sex, drugs and rock ‘n’ roll em festas com Jimi Hendrix e Jim Morrison, além de já ter se apresentado no Rock in Rio 2 e 3, garante que continua com fôlego total. “Eu topo qualquer coisa. Tesão é o que mais tenho. O único limite que o tempo me impôs foram algumas falhas na memória”, dispara.

Tanto é que, aos 77 anos de idade e dois anos depois de lançar com a banda Pandemonium o álbum Bom selvagem, ele estreia neste mês no site do canal Multishow o programa Serguei Rock Show, sem data definida ainda para ser exibido. Na atração, dividida em dez episódios, o roqueiro responde a perguntas feitas por uma voz em off, toca algumas músicas com sua banda e realiza entrevistas. Cantores como Zéu Britto e Rogério Skylab já foram interpelados por ele. Também na TV, ainda tem contrato de um ano com a Rede Record para participar do programa do comediante Tom Cavalcante.

O restante do tempo, Serguei passa em sua casa, em Saquarema, litoral do Rio. Batizada como Templo do Rock, já recebeu mais de 20 mil visitantes que podem, no local, acompanhar a trajetória da música nos anos 1960 por meio de recortes, fotos, discos e vídeos. Lá também o cantor vive sua rotina: gosta de acordar por volta das 9h, adora sorvete com waffles no café da manhã e se diverte com seus seis cachorros. Mas também se emociona algumas vezes durante o dia ao relembrar o passado, especialmente a perda de amigos que já partiram, como a Janis (claro!) e o Cazuza. “Até hoje, quando falo muito deles, começo a chorar”, afirma.

Com tantas histórias, ninguém melhor do que Serguei para indicar aqui os melhores álbuns que marcaram a década de 1960. ©

I GOT DEM OL' KOZMIC BLUES AGAIN MAMA!,
Janis Joplin

“Na minha opinião, este álbum, de 1969, é tão profundo, lindo e intenso quanto a própria Janis era. Inesquecível!”

DEEP PURPLE,
Deep Purple

“Também de 1969, este trabalho da banda inglesa é ao mesmo tempo sutil e sensível, mas com toda a força do autêntico rock and roll.”

LED ZEPPELIN,
Led Zeppelin

“É difícil encontrar palavras para definir o disco, lançado em 1969. Mas diria que traz magia, beleza e consegue ir do zero ao mil na intensidade da permutação da voz de Robert Plant.”

ARE YOU EXPERIENCED?,
Jimi Hendrix

“Considero este álbum, de 1967, absoluto. Porque, embora seja o primeiro do Hendrix, ele consegue sintetizar toda a força que haveria nos álbuns seguintes.”

MAGICAL MYSTERY TOUR,
The Beatles

“Não conheço letras mais psicodélicas e audaciosas como eles conseguiram com este disco, lançado em 1967. É totalmente magnífico.”

Revista da Cultura

22 março 2011

Livro: Escolha

Escolha

Stephen R. Covey
Editora: Negócio
ISBN: 8575890271
Ano: 2003
Categoria: Carreira
Numero de páginas: 128

Resenha

A vida não está apenas acontecendo ao seu redor. Consciente ou inconscientemente ela é planejada com muito cuidado. Ou sem cuidado algum. Sua vida é, em última análise, escolha sua. Você escolhe a felicidade. Escolhe a tristeza. Escolhe a determinação. Escolhe a ambivalência. Escolhe o sucesso. Escolhe o fracasso. Escolhe a coragem. Escolhe o medo.

Lembre-se apenas de que cada momento, cada situação, oferece uma nova escolha. Neste livro os poderosos princípios contidos em Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, de Stephen R. Covey são simplificados para ajudar o leitor a lidar com os desafios enfrentados no dia-a-dia.

O Gerente

21 março 2011

Mais ou Menos? Não!

Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, então, não é um ato, mas um hábito.

(Aristóteles)
Por:

Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração

Com o iniciar deste terceiro milênio, enfrentamos múltiplos desafios; um deles é a acirrada competitividade. O mercado exige que sejamos ótimos, caso contrário seremos literalmente esmagados. Vivemos em um mundo globalizado, na era da incerteza, e esta traz consigo grandes mudanças, sendo uma destas a de não permitir que sejamos mais ou menos.O investimento pesado, nos Recursos Humanos e na tecnologia da informação, se tornou o grande aliado da organização que deseja pelo menos, sobreviver no mercado, pois o conhecimento e a informação passam a ter uma nova conotação, passando a ser os pilares da organização, gerando o rebento denominado produtividade.

Neste mercado, inovação é uma palavra de conotação muito forte, e esta aparece atrelada ao conhecimento e à informação, que juntas, são capazes de gerar vantagem competitiva.

Neste cenário, o foco organizacional deverá ser verificado, analisado e alterado, pois vivemos em um mundo recheado de mudanças e incertezas, exigindo do colaborador e da organização a capacidade de compreensão e adequação no que tange a este momento de transição. Algumas palavras deverão ser de fato implementadas, não podendo ficar de fora do vocabulário organizacional, tais como: integração, inter-relação e interação.

Em meio a tantas mudanças, incertezas e desafios, surge um novo perfil do profissional, e o profissional tem que se adequar, isto se quiser também sobreviver nesse mercado.

Este profissional tem que estar mais do que comprometido com a organização para o qual exerce suas funções; este profissional deverá estar envolvido, antevendo-se aos fatos. Além de preocupar-se com suas competências, buscando o conhecimento, atualizando-se e qualificando-se sempre, tendo em vista a sua contribuição para com a melhoria contínua da organização, agregando valor em tudo que faz, e fazendo assim o diferencial, este profissional deverá preocupar-se com suas habilidades técnicas e gerenciais, zelando por valores éticos, pela integridade e pela transparência no que faz, avaliando sempre suas atitudes, comportamentos e condutas, fazendo da reflexão sua rotina diária.

Gostar do que faz é pouco. Este profissional tem que realmente amar o que faz e assim, tornando-se leve, o que poderia ser de fato, um fardo. É preciso ter sede em querer fazer e fazer bem feito.

É necessária uma conscientização de que, nada mais é previsível, certo e/ou estável; por isso, administrar uma organização se tornou um desafio extraordinário e constante; portanto, a adaptação a este cenário se tornou fator imprescindível para qualquer profissional e/ou organização, que queira pelo menos, sobreviver neste mercado.

Em meio a este cenário competitivo, humildade, ousadia e energia se tornaram a trilogia do momento, pois é preciso que se tenha humildade para reconhecer os erros e realizar os acertos; humildade para reconhecer que não é dono da verdade e que precisa atuar dentro da organização de forma mais amena, realizando parcerias com todos os envolvidos no processo, procurando sempre realizar o trabalho em equipe, pois assim terá um resultado grandioso. É preciso que se tenha ousadia para alcançar as realizações, para fazer de fato acontecer, e é preciso também que se tenha energia, disposição e muito fôlego para atuar com afinco, dedicação e muita sabedoria, e assim alcançar a eficiência e eficácia; caso contrário, correr-se-á sério risco de ser literalmente esmagado pelo mercado, degolado e engolido pelo cenário que aí está.

É preciso romper com o passado e se predispor a mudar.

Por:
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração

20 março 2011

Kadafi desafia coalizão internacional

Ditador líbio chama ocidentais de "novos nazistas" e se diz pronto para guerra longa, enquanto suas tropas são novamente alvos dos caças internacionais. Continuam ataques a rebeldes em Misurata.

Após os ataques aéreos maciços da chamada coalizão internacional contra instalações militares da Líbia, Muamar Kadafi ameaçou os Estados Unidos, França e Reino Unido com retaliações. "Estamos prontos para uma guerra longa e gloriosa. Vamos derrotá-los”, afirmou Kadafi, em um discurso transmitido pela TV líbia.

Já na madrugada deste domingo (20/03), aviões de guerra britânicos e franceses atacaram instalações militares líbias. Navios de guerra e submarinos dos EUA e Reino Unido também dispararam foguetes e mísseis de cruzeiro para neutralizar a defesa aérea líbia.

"Agora este é um confronto do povo líbio com a França, Inglaterra e os EUA, com os novos nazistas", disse Kadafi. Na televisão, só a voz do ditador podia ser ouvida, enquanto era mostrada a imagem de um punho dourado esmagando um avião de guerra norte-americano. "Vocês vão cair, como Hitler foi derrubado. Todos os tiranos caem", completou.

Caças e mísseis em ação

Aeronaves de combate francesas prosseguiram os ataques no domingo. Vários caças do tipo Rafale e Mirage 2000 bombardearam tanques na manhã, segundo relatos de oficiais militares em Paris. O porta-aviões Charles de Gaulle está sendo preparado em Toulon para uma missão ao largo da costa do país árabe.

Durante a noite, navios de guerra dos EUA dispararam mais de 110 mísseis de cruzeiro do tipo Tomahawk, segundo Departamento norte-americano de Defesa. Cerca de 20 instalações militares teriam sido alvejadas. A televisão estatal da Líbia noticiou que, na primeira onda de ataques na noite, 48 pessoas foram mortas e mais de 150 ficaram feridas.

Após semanas de hesitações, de um mandato da ONU, da obtenção do apoio árabe, uma coligação internacional com os Estados Unidos, a França e o Reino Unido na liderança passou à ofensiva neste sábado, para tentar travar a repressão à revolta contra o regime de Muamar Kadafi, lançada há mais de um mês.

Papa pede pelos civis

A China e a Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança, abstiveram-se, mas não utilizaram seu direito de veto para bloquear o texto. Ambos os países lamentaram a intervenção militar internacional, efetuada no âmbito de uma resolução da ONU.

O papa Bento 16 lançou um apelo urgente aos líderes militares e políticos para que considerem a segurança dos civis líbios e garantam que eles tenham acesso à ajuda de emergência, em seus primeiros comentários sobre o conflito, realizados durante a tradicional bênção dominical. "As hostilidades acenderam muito medo e alarme em mim", disse Bento 16. O pontífice afirmou que está rezando pela paz.

O Vaticano não se pronunciou ainda sobre as tensões crescentes na Líbia e sobre a decisão ocidental de autorizar o uso de força militar. Nos preparativos para a guerra do Iraque, há oito anos, o papa João Paulo 2º e altos cardeais do Vaticano expressaram oposição enfática à ação militar norte-americana.

Ataques a Misurata

Tropas do líder líbio Muamar Kadafi continuaram ataques à cidade de Misurata. Um morador disse à emissora britânica BBC que a cidade está sendo atacada em três frentes com artilharia, usando armas pesadas contra zonas residenciais. Misurata, localizada 210 quilômetros a leste de Trípoli, é a terceira maior cidade do país e está sob controle da oposição.

Mais de 90 pessoas morreram nos combates de sexta-feira à noite e sábado, durante a ofensiva das forças de Kadafi contra os rebeldes em Bengasi, segundo fontes hospitalares. "Recebemos ontem 50 cadáveres e hoje já emitimos 35 certidões de óbito", disse neste domingo Khaled Mugasabi, médico do hospital Jala, no centro de Bengasi.

Bengasi, situada a mil quilômetros da capital da Líbia, é o bastião dos rebeldes e tem sido o epicentro da contestação ao regime de Kadafi, iniciada em 15 de fevereiro. Após os ataques da coalizão internacional, a situação se tranquilizou na cidade.

MD/ap/lusa/dpa/rtr/afp
Revisão: Augusto Valente

Antonio Petrin

Já são 34 trabalhos que Antônio Petrin, de 72 anos, soma na televisão. Entre outros, merecem destaque Pantanal, Malu mulher, Éramos seis e Chiquinha Gonzaga. No cinema, são 11 filmes. O último, Bodas de papel, foi lançado em 2005 com direção de André Sturm. Mas, sem dúvida, é no teatro que o ator mais se sente livre para explorar as mais distintas formas de interpretação. Completando 24 peças, Petrin está atualmente em cartaz, em São Paulo, com a comédia de costumes Mambo italiano.

O espetáculo, escrito pelo canadense Steve Galluccio, obteve grande sucesso no Canadá, Estados Unidos e em montagens pela Europa. No Brasil, ganhou tradução e direção de Clarisse Abujamra. A trama gira em torno das farsas que regem as estruturas familiares. Tanto que, em cena, Petrin é Gino, cujo filho mantém um relacionamento homossexual enrustido. “Essa é a função do teatro: olhar, acompanhar, analisar e criticar a evolução da sociedade e, quase sempre, sua decadência”, afirma.

Ele também conta que o título do espetáculo remete à necessidade de se alterarem os padrões sociais. “Dançar o mambo significa quebrar as regras familiares. Chega das tarantelas. Para sobreviver nessa sociedade, você tem de optar por uma coisa ou outra e tentar ser feliz. Eu já abri mão de muitas coisas e deixei de dançar o ‘mambo’. Mas, no momento mais importante, segui minha intuição: virei ator. E sou muito feliz depois de um percurso de 42 anos. Dancei como ninguém”, garante.

Petrin nasceu em Laranjal Paulista, mas foi criado em Santo André, no Grande ABC. O primeiro contato com o teatro se deu na igreja do bairro em que vivia. Lá, o menino começou a participar de peças religiosas e algumas comédias. Mais tarde, estudou desenho industrial, mas se encontrou mesmo na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD – USP), onde conseguiu vislumbrar seu futuro. Também foi na EAD que Antônio Petrin mergulhou em livros que o ajudaram muito na condução de sua carreira artística. “A escola tinha livros especializados do mundo todo. Como o domínio do inglês e francês não eram suficientes, eu recorria à teórica e pesquisadora Maria Tereza Vargas, na época secretária, que muito auxiliava”, relembra.

Com a lembrança em mente, Petrin aproveita para indicar as obras de sua formação como ator. ©

ILÍADA,
Homero

“É um livro difícil de seguir, mas necessário e fundamental para entender o sentido épico da narrativa. Podemos dizer que tudo começa ali.”

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE FILOSOFIA,
Georges Politzer e Guy Besse

“Este título está na minha lista porque se trata de uma leitura fundamental exigida pelo mestre Antunes Filho.”

A PREPARAÇÃO DO ATOR,
Constantin Stanislavski

“Tempos atrás, este livro era a nossa bíblia. Ele contém exercícios que até hoje utilizamos, mas que alguns atores e diretores já não seguem mais.”

BERTOLT BRECHT TEATRO COMPLETO 1,
Bertolt Brecht

“É importante toda a teorização dos livros do Brecht, pois ele introduziu um novo conceito na narrativa de um teatro épico e do distanciamento.”

O PONTO DE MUDANÇA
Peter Brook

“Em vez de ditar regras ou dar respostas acadêmicas, faz sempre perguntas a si próprio e a nós, com uma curiosidade que estimula a reflexão.”


Revista da Cultura

19 março 2011

Maratona de Banca - Mês de Março


A Princesa e o Magnata (As Leis de Niroli)
Natasha Oakley

Sofisticação e sensualidade em cenários internacionais.
Alto, moreno e perigoso.
Ele é o homem de Mont Avellana...
Domenic Vincini sabe muito bem que a principal jóia da coroa é a bela Isabela Fierezza. Porém, ela é uma princesa proibida para os braços de um plebeu, ainda que seja um magnata. Mas para Domenic, um homem com cicatrizes no corpo e no coração, a doce Isabella se torna um desafio ainda mais tentador.
Se Isabella ceder a sedução de Domenic, não poderá continuar em sua querida ilha. Mas se ela resistir aos encantos de seu hábil amante, terá um coração amargurado para sempre.

Qual seria a reação de seu avô se descobrisse que ela tinha um relacionamento com Domenic Vincini.
Rei Giorgio provavelmente jogaria o livro das leis em cima dela.
"Nenhum matrimônio será permitido se os interesse da ilha forem comprometidos com tal união."
Não fazia sentido começar um relacionamento com um homem proibido.
Isabela ficara e trabalhara e tinha planos para sua terra natal, Niroli. Niroli tem uma história repleta de rivalidades, rebeliões. Depois de uma batalha em 1972 eles perderam o controle da ilha de Mont Avellana.
Do primeiro encontro para propor a construção de resort, Isabella percebeu a cicatriz que ia da testa até a sobrancelha esquerda e outra começava na bochecha e se estendia até uma cicatriz profunda. Ele sobrevivera a um incêndio onde perdera sua esposa e filha. Domenic assinaria o  contrato com uma condição: ela precisaria conhecer Mont Avellana pessoalmente, por uma semana. Nenhum membro de sua família estivera lá desde 1972.
Ela pediu para que ele também fosse, ao que ele respondeu que não havia necessidade.mas ele foi para ilha, onde os dois puderam se conhecer melhor.
Isabella estava na ilha porque ele gostara dela, percebera que quando o vira pela primeira vez,  viu um homem e não as cicatrizes.
Na última noite na ilha, já apaixonados e enfrentando cada um os seus fantasmas, se amaram. De manhã ele partiu.
De volta a sua vida, Isabella enviou para Domenic as fotos tiradas na ilha, inclusive aquela que ele nem percebeu que ela havia tirado - dele, pois sabia que não teria a sua permissão.
Chegando a conclusão: ela realmente o enxergava e o amava o suficiente, apesar dos séculos de ressentimentos entre as ilhas, das cicatrizes e dos traumas.
As notícias eram de que Isabella havia lutado pelo maior acordo de negócios de Niroli. Seu avô estava começando a achar que o contato com a família Vincini era um mal necessário.
Ele a procurou enfrentando o seu medo de ser visto em público. Se rendendo a esse amor.
Se casaram.
Bem distante, viram as bases de Niroli, além dos penhascos de Mont Avellana.

Americana descreve em livro polêmico relação com pedófilo iniciada aos 7 anos

Aos sete anos, a americana Margaux Fragoso conheceu Peter Curran, 51, em uma piscina pública de Nova Jersey. Ele depois convidou a menina e sua mãe para visitarem a casa dele, onde Margaux se encantou com brinquedos, livros e, sobretudo, com a companhia de Peter.

A relação de ambos durou 15 anos e é contada no polêmico livro Tiger, Tiger, que despertou a atenção da crítica literária pela crueza como Margaux, hoje com 31 anos, descreve sua relação com o pedófilo. Peter era “um companheiro de brincadeiras, um pai, um amante e um captor”, tudo ao mesmo tempo.

“Li que os pedófilos racionalizam o que fazem ao pensar que é consensual mesmo que eles usem a coerção”, diz Margaux no livro.

“Passar tempo com um pedófilo é como estar drogado. É como se eles (pedófilos) fossem crianças também, mas com um conhecimento que as crianças não têm. Eles conseguem fazer o mundo de uma criança... incrível, de alguma forma. E, quando isso acaba, é como parar de usar heroína e, por anos, elas (as crianças) não conseguem parar de perseguir o fantasma dessa sensação.”

Família

A relação entre Margaux e Peter era facilitada pelo fato de que a menina vinha de uma família desestruturada: a mãe, com problemas mentais, é descrita como “devotada”, mas incapaz de cuidar da filha.

O pai, alcoólatra, chegou a impedir as idas de Margaux à casa de Peter, suspeitando das segundas intenções dele, mas acabou cedendo.

O primeiro contato sexual teria ocorrido quando a menina tinha oito anos. Margaux se lembra também de passeios, das brincadeiras em que eles personificavam animais – ela era o tigre – e de cartas escritas por Peter, prometendo a ela amor eterno.

Ao humanizar seu captor e explorar esse período da sua vida, a editora Douglas & McIntyre diz que Margaux “nos ajuda a ver como os pedófilos agem para roubar infâncias. E, ao escrever Tiger, Tiger, ela se curou de uma ferida que durou 15 anos”.

Peter (o nome é fictício) teria se suicidado aos 66 anos, dominado pela culpa e pelo medo de perder Margaux, que, mais velha, mudou sua percepção do relacionamento.

Críticas

As vívidas descrições do mundo de Margaux e Peter despertaram críticas variadas. Para alguns, o texto se assemelha a pornografia infantil. Uma resenha diz que a parte que descreve o primeiro contato sexual de ambos “é talvez a coisa mais indecente publicada em qualquer livro importante da última década”.

Em entrevistas, a autora defende que o livro ajuda o público a identificar as “táticas” usadas pelos pedófilos. “Eles são bonzinhos para ganhar confiança”, disse ela.

Uma crítica no New York Times diz que Tiger, Tiger “força o leitor a conhecer Curran tanto como o objeto do amor de uma menininha quanto um criminoso sexual que cultiva a dependência dela”.

Sobre o processo de produção do livro, Margaux – hoje casada e mãe de uma filha – diz que, como escritora, ela sabia que tinha que ver o lado real de Peter. “Era difícil aceitar isso, porque a criança dentro de mim queria acreditar em outra coisa, mas a minha parte adulta diz: ‘Não, sinto muito. Ele não é uma boa pessoa. É um monstro’”, disse ela ao jornal The Globe and Mail.

BBC

18 março 2011

A primavera de Elizabeth Bishop

Foi graças a um caju que Elizabeth Bishop não passou pelo Brasil como tantos turistas, que vão embora depois de três dias de praia, caipirinha e feijão. Foi em 1951: aos 40 anos, ela estava no Rio de Janeiro de visita a uma amiga, Lota de Macedo Soares, e não resistiu à consistência suculenta da fruta. O caju lhe causou uma alergia que a impediu de seguir viagem. Mas não foi por causa disso que a poeta acabou ficando 15 anos no Brasil; foi por causa de Lota. A paixão pela brasileira, uma mulher de personalidade, que entre outras iniciativas ajudou a realizar o Aterro do Flamengo, com paisagismo de Burle Marx, foi como uma nova primavera. Na frase de outro escritor norte-americano, John Updike, Lota e a flora brasileira deram a Elizabeth um “desprendimento” há muito ansiado.

É por isso que em seu centenário, comemorado em fevereiro no mundo todo e um ponto de partida para uma série de livros, reedições e filmes, o período brasileiro ganhou destaque em todas as matérias. Bishop nasceu em 8 de fevereiro de 1911 em Worcester, Massachusetts, no coração frio e endinheirado da Nova Inglaterra, nos EUA. Quando tinha oito meses, seu pai morreu. Quando tinha 4 anos, sua mãe foi internada num sanatório. Passou um período com os avós numa ilha canadense, Nova Scotia, antes de regressar a Worcester. Mais tarde, estudou no Vassar College, uma faculdade católica, onde conheceu a crítica e romancista Mary McCarthy e fundou com ela uma revista literária com título em latim, Con Spirito. Mas a essa geografia Bishop jamais se conformaria.

Graduada em 1934, começou a gastar sua gorda herança em uma viagem pela Europa, rica em experiências pessoais e culturais. Morou com uma companheira na França, passou noites bebendo e começou a escrever poesia, inspirada em grande parte na de Marianne Moore, que conhecera em Vassar. O resultado foi seu primeiro livro, North & South, mas este só apareceria nas livrarias em 1947. Além de suas viagens pela Europa, o volume também reflete o período posterior, quando viveu na Flórida, estado que dizia ter o mais belo nome em seu país. Da mesma forma, seu livro seguinte, Cold Spring, embora publicado só em 1955, nasce de sua passagem de dois anos por Washington em 1949-50. Pelos dois volumes, recebeu aplausos de Marianne Moore e de outros poetas e críticos, como Randall Jarrell e Robert Lowell, que se encantaram com sua voz descritiva e tímida, como demonstra em poemas como Shampoo, traduzido por Paulo Henriques Britto.

“No teu cabelo negro brilham estrelas

cadentes, arredias.

Para onde irão elas

tão cedo, resolutas?

– Vem, deixa eu lavá-lo, aqui nesta bacia

amassada e brilhante como a lua.”

Quando decidiu circum-navegar a América do Sul, portanto, já era mulher madura e poeta estabelecida. O navio ancorou em Santos e ela programou uma viagem de duas semanas pelo Brasil. O reencontro com Lota, que conhecera em Nova York, onde a brasileira estudava arte, fez a poeta desistir da viagem. Lota a levou para sua casa em Petrópolis e Bishop caiu de amores também pela Mata Atlântica. Só o nome da propriedade, Samambaia, lhe sugeria doçuras e calores que a levaram a estudar o português, a ponto de poder traduzir poetas como Carlos Drummond de Andrade (seu preferido, que lhe beijou cavalheirescamente a mão quando a conheceu) e João Cabral de Melo Neto, que chegou a fazer um poema em sua homenagem que está no volume Museu de tudo:

“Quem falar como ela falou

Levará a lente especial:

Não agranda e nem diminui,

Essa lente filtra o essencial.”

Bishop se encantou com as cascatas, borboletas, colibris, bromélias e montanhas de pedra, com as casas coloniais e suas cadeiras de balanço na varanda ensolarada. Isso não significa que tenha feito como aqueles românticos ingleses que iam para a Itália e assumiam um tom de exaltação sensual, como se estivessem num paraíso dos sentidos. Mas sua poesia sofreu a influência desse ambiente, sim, e com isso ganhou frescor e musicalidade, como se vê em poemas como Canção do tempo das chuvas, mais uma vez na versão de Paulo Henriques Britto:

“Numa obscura era de água

o riacho canta de dentro da caixa torácica

das samambaias gigantes;

por entre a mata grossa

o vapor sobe, sem esforço,

e vira para trás, e envolve

rocha e casa

numa nuvem só nossa.



À noite, no telhado,

gotas cegas escorrem,

e a coruja canta sua copla

nos prova

que sabe contar:

cinco vezes – sempre cinco –

bate o pé e decola

atrás das rãs gordas, que

coaxam de amor

em plena cópula.”

Com essa capacidade de filtrar o essencial, mesmo que diante de um encantamento visual e sonoro, Bishop não apenas enriqueceu sua poesia, mas também criou uma forma de descrição das belezas naturais brasileiras que destoa dos arroubos tradicionais, pois ainda conserva um tom de solidão e suavidade. A mata, afinal, também tem espinhos e enchentes. Com o passar do tempo, Lota tem depressões e Elizabeth cede ao alcoolismo. Em suas cartas, a poeta fala das belezas da paisagem e do romance, mas vai se queixando cada vez mais dos excessos de simpatia nem sempre confiáveis, da pobreza da Amazônia e dos morros do Rio, do modo como a fantasia alegre teima em esconder realidades dolorosas. Problemas como o que ela via no governo de Carlos Lacerda:

“Você não sabia? Deu no jornal:

pra resolver o problema social,

estão jogando os mendigos num canal.

E não são só pedintes os lançados

no rio da Guarda: idiotas, aleijados,

vagabundos, alcoólatras, drogados.

Se fazem isso com gente, os estúpidos,

com pernetas ou bípedes, sem escrúpulos,

Depois de 15 anos, a relação se deteriora, Elizabeth vive outro caso, Lota se desespera. Quando a americana vai embora, em 1967 a brasileira a segue. Frustrada, comete suicídio em Nova York. Dois anos antes, Bishop publicara seu terceiro livro de poemas, Questions of Travel, com dedicatória para Lota e, embaixo, um verso de Camões: “O dar-vos quanto tenho e quanto posso,/ Que quanto mais vos pago, mais vos devo.” De volta aos EUA, se apaixona de novo, por Alice Methfessel, a quem dedica seu livro Geography III (1976) e com quem vive até morrer, três anos depois, de um aneurisma cerebral. Seu último livro traz seu poema mais famoso, Uma arte:

“A arte de perder não é nenhum mistério

tantas coisas contém em si o acidente

de perdê-las, que perder não é nada sério.

Perca um pouco a cada dia. Aceite austero,

a chave perdida, a hora gasta bestamente.

A arte de perder não é nenhum mistério.

Depois perca mais rápido, com mais critério:

lugares, nomes, a escala subsequente

da viagem não feita. Nada disso é sério.

Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero

lembrar a perda de três casas excelentes.

A arte de perder não é nenhum mistério.

Perdi duas cidades lindas. Um império

que era meu, dois rios, e mais um continente.

Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

Mesmo perder você (a voz, o ar etéreo, que eu amo)

não muda nada. Pois é evidente

que a arte de perder não chega a ser um mistério

por muito que pareça (Escreve!) muito sério.”

No original, Bishop escreveu a perda “não é nenhum desastre”, em vez de “que não é nada sério”, opção que o tradutor adotou para poder rimar; e que dominar essa arte não é tão difícil. De qualquer modo, o mistério continua a ser a arte com que Bishop tantas vezes mapeou a geografia das saudades.


Revista da Cultura

17 março 2011

Rachel Ripani

Dos palcos para casa. Da casa para os palcos. De quarta a domingo, nos últimos meses e nos que estão por vir, esse será o dia a dia de Rachel Ripani. Mas não se engane: ela adora essa rotina. Em cena no Teatro Abril, em São Paulo, a atriz é uma das protagonistas do musical Mamma Mia!, que tem sua história contada por meio das músicas do quarteto sueco ABBA. E, ao mesmo tempo, ensaia Cabaret Luxúria, musical que ela mesma escreveu e produziu, com estreia na capital paulista em 19 de abril, no Centro Cultural Banco do Brasil. “Vou fazer os dois ao mesmo tempo. Vai ser assim, do trabalho só vou ter pique de ir para a cama”, brinca. “Mas adoro tudo.”

E não é para menos. A atriz se preparou durante dois anos para participar da seletiva do Mamma Mia!, produção que faz sucesso há 12 anos em Londres e há dez em Nova York. Selecionada, ela vive em cena a personagem Tanya, uma perua cheia de humor e de bom coração. “No começo, achava muito engraçado, porque eu não tinha nada a ver com o jeito perua da personagem. Mas já me sinto ela agora (risos). Fora que todo mundo que assiste adora e se identifica com o perfil dela como se fosse uma amiga íntima”, diz.

Já Cabaret Luxúria adianta se tratar de um espetáculo que traz na trilha canções de sucesso de musicais americanos e ingleses. A intenção é falar do amor, do desejo e da luxúria.

“Acredito que essa onda que estamos vendo há alguns anos – de musicais de fora ganharem montagens aqui – vem tornando o Brasil cada vez mais rico culturalmente. Agora é hora de produzirmos também nossos próprios musicais”, comemora.

Formada em gastronomia e secretariado, Rachel tem uma carreira que se estende para além dos tablados. Na televisão, estreou em 1997, aos 22 anos, na novela global Zazá. O último trabalho nas telinhas foi viver a personagem Tatiana em Caras & Bocas, também da Rede Globo. E ainda traz no currículo atuação nos longas-metragens Família vende tudo e Carro de paulista.

Enquanto aguarda a temporada de Cabaret Luxúria, a atriz escolheu os musicais do cinema que marcaram a sua vida. São clássicos com estrelas como Judy Garland, Liza Minnelli e Marilyn Monroe. ©


QUANTO MAIS QUENTE MELHOR,

Billy Wilder

“Além de muito engraçado e sensual, tem a Marilyn Monroe cantando junto com Tony Curtis e Jack Lemmon, o que já vale o filme.”

AGORA SEREMOS FELIZES (esgotado),

Vincente Minnelli

“Entre tantos outros motivos possíveis, eu adoro ver a Judy Garland novinha. Neste musical, ela só tinha 22 anos.”

SETE NOIVAS PARA SETE IRMÃOS,

Stanley Donen

“Este musical de 1954 é tão cafona, mas tão cafona, que é bom (risos). E ainda tem uma coisa toda technicolor, com umas camisas em tons berrantes. É genial!”

CABARET,

Bob Fosse

“É um clássico que se passa em um cabaré na Alemanha, em plena ascensão do nazismo. Fora que é protagonizado pela Liza Minnelli e dirigido por Bob Fosse.”

TODOS DIZEM EU TE AMO (esgotado),

Woody Allen

“Imagine só um musical feito por Woody Allen e que tem até a Julia Roberts cantando. Por essas e por outras, é obrigatório assistir.”

Livraria Cultura

16 março 2011

Entrevista com César Souza - autor do livro VOCÊ É O LÍDER DA SUA VIDA

Leia mais sobre César Souza e o Livro "Você É o Líder da Sua Vida"

1. Como você definiria liderança?
Liderança é arte de influenciar pessoas. Conseguir resultados incomuns de pessoas comuns. Obter integração e sinergia entre pessoas. Motivar pessoas a dar o melhor de si. Surpreender pelos resultados coletivos.

2. Porque você acredita que ainda existe tanta confusão entre chefia e liderança, quando na realidade são duas coisas tão diferentes?
A literatura sobre liderança acaba ensinando pessoas a serem gerentes mais eficientes e não a serem lideres mais eficazes. Ensinam que Liderança é trabalhar melhor com a equipe e dentro das paredes da empresa. Trata-se de uma visão míope que precisa ser mudada

3. Qual seria sua principal recomendação para jovens ambiciosos que buscam ser líderes mas ainda não sabem quais passos devem tomar?
Antes de pretender liderar os outros, aprenda a liderar a si próprio. Por isso o titulo do meu livro Você é o Líder da Sua vida!

4. Como a correria do dia-a-dia pode impedir os líderes de exercerem uma liderança autêntica?
A correria não é inimiga de lideres autênticos. Esses sabem que velocidade é fator de competitividade hoje e que o mundo se divide entre os lentos e os ágeis. O que impede lideres de serem autênticos é uma serie de formas de pensar que precisam ser superadas. Que o líder já nasce pronto; que existe um modelo ideal de líder; que liderança é coisa de uns pouco privilegiados, visionários, que líder forma seguidores (em vez de formar outros lideres). Isso sim precisa ser mudado.

5. O que pode ser feito para combater esta situação?
Reeducar nossos lideres. Infelizmente ainda estamos formando lideres para uma realidade que já não existe mais. Para o passado , em vez de formar para o futuro. A Liderança tal qual a conhecemos hoje, está com os dias contados. Precisamos mudar o modelo mental, a forma de pensar sobre liderança, a mesmice repetitiva sobre os velhos e surrados conceitos sobre liderança.

6. Como devem atuar os departamentos de RH para identificar e desenvolver líderes 360 graus?
O primeiro passo é os departamentos de RH mudarem a forma de pensar sobre Liderança. Deixar um pouco de lado a ânsia pelos instrumentos e pelas ferramentas porque Liderança não é questão técnica. Trata-se de uma questão de postura e atitude. E a primeira postura a ser mudada é na própria área de RH que precisa entender melhor que infelizmente ainda está em sua maioria treinando pessoas para uma realidade que já não existe mais.
Em alguns workshops é fácil de ajudar pessoas a identificarem oportunidade de liderarem 360 graus, ou seja liderar para cima, para fora, liderar clientes, fornecedores, comunidades.
Uma forma é colocar nos sistemas de avaliação de desempenho metas em que as pessoas se comprometam a liderar para fora, não apenas para dentro, liderando subordinados

7. Quais métodos o profissional deve usar para desenvolver sua capacidade de liderança?
Não se trata de uma questão técnica, mas de postura. O primeiro passo é o auto-conhecimento. O líder deve procurar entender com muito maior profundidade seus pontos fortes, os fracos, as novas competências que precisa adquirir . No livro VOCE É O LIDER DA SUA VIDA, PROCURO MOSTRAR COMO AS 5 FORÇAS DA LIDERANÇA, o Pentagrama pode ajudar esses profissionais a refletirem melhor e se auto-diagnosticarem com lideres.

8. Muitas organizações ainda são dominadas por relações políticas. Há como "liderar para cima" em uma organização assim?
Claro que sim. Muitas empresas complexas e multinacionais bastante politizadas tem exemplos de lideres que lideram para cima. O Jorge Gerdau e o Ivan Zurita da Nestlé são exemplos claros de lideres que mais do que liderar subordinados, lideram acionistas, investidores, lideram comunidades, fornecedores e principalmente sabem liderar Clientes!

9. Aonde é mais importante a atuação de um bom líder: nos momentos de crise ou no crescimento acelerado de uma empresa?
Em ambos os momentos. Alguns se sobressaem na hora da verdade, na crise. Outra são melhores na hora do crescimento. Outros na hora quem que as coisas estão meio paradas e precisam ser consolidadas.

10. Em seu livro você diz que o líder não deve dar ênfase ao carisma. No entanto, é possível liderar com zero de carisma?
Não chego a tanto. Mas conheço vários lideres e alguns deles cito no livro que não são muito carismáticos mas conseguem ser grande s lideres
Carisma ´importante e facilita a vida do líder. Mas carisma apenas não é mais suficiente. Saco vazio não fica em pé muito tempo. O líder precisa de conteúdo para continuar crescendo como líder. Liderança não é sinônimo de carisma, de simpatia, de extrovertidos, bem humorados e bons comunicadores. Liderança é muito mais que isso!
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SOBRE CÉSAR SOUZA
Consultor, Autor e Palestrante, César Souza é presidente da EMPREENDA, empresa de consultoria em Estratégia, MKT, RH.
Apontado pela revista Exame como um dos dez palestrantes mais requisitados do Brasil.
Consultor de várias empresas de porte no Brasil. É considerado um dos maiores experts brasileiros em: Desenvolvimento de Líderes e Integração de Equipes; Estratégia Empresarial; Cultura da Clientividade®.
É autor do novo bestseler “VOCÊ É O LIDER DA SUA VIDA, publicado recentemente pela Editora Sextante. Também é autor de “Você é do Tamanho de seus Sonhos” e o “Momento da sua Virada”, best sellers que ocuparam 5º e 6º lugares na lista dos Mais vendidos categoria Negócios (revista Veja, 22/09/2004).
Com sólida experiência como executivo, César Souza foi até 1998 Vice Presidente da Odebrecht of América, Inc, radicado em Washington nos EUA, onde implementou uma visão de negócio que muito contribuiu para a internacionalização da empresa. Até 2001 foi sócio-diretor do Monitor Group, empresa fundada por Michael Porter.
Cesar é colunista de duas publicações. Na revista Exame PME assina a coluna “Na Prática” e na Gazeta Mercantil é autor da coluna quinzenal “Ponto C – de Competência”.
http://www.cesarsouza.com.br/

15 março 2011

Livro: Você É o Líder da sua Vida

Você É o Líder da sua Vida
César Souza
Editora: Sextante
ISBN: 85-7542-271-7
Ano:
Categoria: Carreira
Numero de páginas: 192

Resenha

Você é o líder da sua vida apresenta a fascinante jornada de um jovem profissional em busca de novos horizontes e desafios. Desejando conhecer modelos originais de liderança, ele e sua mulher embarcam numa viagem ao redor do mundo para identificar as estratégias de sucesso na arte de inspirar pessoas nas várias dimensões da vida.

Ao longo dessa procura, o casal faz descobertas que mudam completamente sua maneira de ver a vida, dando início a uma transformadora etapa de crescimento profissional, pessoal e espiritual que o faz compreender a essência da liderança.

Nessa envolvente aventura pelos cinco continentes, somos levados junto com o personagem a conhecer as trajetórias de brasileiros bem-sucedidos em diversas áreas e de líderes de importantes empresas como Nestlé, Gerdau, Masa e Sony. Além disso, aprendemos grandes lições com histórias de vida de figuras como Nelson Mandela, Dalai-Lama e Zilda Arns.

Ao se deparar com experiências tão diferentes, o jovem percebe que não há um modelo perfeito de liderança, muito menos receitas prontas para "chegar lá". Pouco a pouco, descobre que todas essas pessoas têm uma coisa em comum: elas haviam encontrado dentro de si algo que as tornava especiais.

Mesclando ficção e realidade, este livro fala diretamente a cada um de nós. Ele se destina não só a empresários e empreendedores, mas a pais, médicos, vendedores, advogados, professores, estudantes – ou seja, a qualquer pessoa que deseja se tornar melhor naquilo que faz.

Além de obter valiosas informações sobre como crescer profissionalmente e se relacionar melhor com seus liderados, você aprenderá que a maior de todas as conquistas é tornar-se líder da sua própria vida, conhecendo seus limites e suas capacidades, direcionando seus esforços e sabendo exatamente aonde quer chegar. Assim você dará o primeiro passo para liderar os outros de forma mais eficaz.

***

A liderança, tal qual a conhecemos hoje, está com os dias contados. O líder sabe-tudo e aquele que se baseia apenas no carisma, também. Os velhos conceitos e atributos do líder foram concebidos para uma realidade que já não existe mais.

César Souza escreveu este livro para todos que desejam desenvolver novas formas de exercer a liderança, seja em casa, no trabalho ou no dia-a-dia. Combinando personagens fictícios e reais, ele mostra que o sucesso é uma conseqüência natural na vida de quem encontra seu próprio estilo e desenvolve suas melhores qualidades.

Assim como qualquer um de nós – empresários experientes, novatos ansiando por subir na carreira ou pais empenhados em educar melhor os filhos –, o personagem central desta história deseja se tornar melhor naquilo que faz, mas não sabe muito bem como.

Repleto de informações históricas e culturais, Você é o líder da sua vida mostra trajetórias de sucesso de empresários do Brasil e do exterior, assim como de pessoas nas artes, na política, nos esportes e na vida cotidiana.

Observando essas lições da realidade, descobrimos que, embora não existam regras fixas para se atingir o sucesso, existem atitudes comuns que permeiam as histórias dos líderes vencedores.

Neste livro, você vai descobrir como se tornar um Líder Integral, reunindo as Cinco Forças que ajudam a construir carreiras e vidas bem-sucedidas:

· Oferecer uma causa, não apenas tarefas.

· Formar outros líderes, não apenas seguidores.

· Liderar em 360 graus, não apenas a sua equipe.

· Fazer acontecer, não apenas planejar.

· Inspirar pelos valores, não apenas pelo carisma.

O Gerente

14 março 2011

Motivação: Inteligencia Motivacional e Profissional

Por:Sérgio dal Sasso
Consultor e Palestrante, Especialista em Gestão de Negócios

Mudamos pelo que o mundo necessita e pela motivação aos novos temperos em meio aos caminhos da vivência e aprendizado. Às vezes paramos, e em momentos de imersão, refletimos sobre o que somos hoje, e logo pensamos como seriam as oportunidades passadas quando incorporadas dos nossos avanços. Quase tudo é assim, olhamos para traz e vemos que podíamos ter feito diferente, e essa é a distancia entre sonho e a realidade.

O que somos hoje é parte da pretensão do que queremos para o amanhã, mas isso dependerá da redução dos intervalos entre os projetos e a capacidade para sua execução. Digo capacidade, pois é bem diferente do que ter vontade, já que qualquer um pode usar de impulsos para agir, o que não é garantia para geração de resultados dentro de uma razoável independência sazonal.

As pessoas não são tão diferentes entre si, apenas algumas conseguem tirar da experiência, uma maior confiança para incorporar segurança na sua própria capacidade de agir. Não se trata de acertar tudo, mas de se expor para poder arrumar os próprios erros, adquirindo e formando trajetórias com doses cada vez mais crescentes de independência, do tipo que incorpora sua visão pessoal em cada coisa que lê, observa e faz.

Medos, eu tenho, você tem. Muitas vezes ao defrontar com novidades achamos que o coração não vai agüentar de tanto saltar, mas quando continuamos nos ajustes aqui e ali logo percebemos que os velhos problemas são substituídos pelos novos, e que portanto o que devemos é eliminar o acúmulo, para manter o coração longe da falência, pelo uso e estimulo da inteligência diante da necessidade de continuarmos competentes frente aos desafios, novas metas e resultados.

As crônicas das nossas historias, não diferem pelas coisas que falamos, mas pelo entendimento daquilo que suas formas representam. A composição do nosso refinamento está nessas pequenas inclusões dos detalhes, típico daqueles que se preocupam com uma virgula, ou por um mergulho a mais para formar o real sentido do que se pretende.

A aplicabilidade de tudo que o mundo nos oferece deve estar incorporada junto com aptidões para que as atividades tenham o tamanho das ambições e uma capacidade reduzida de riscos.

Na verdade as pessoas agem pela compreensão do até onde podem ir, limitando-se por ficar sentadas ou a caminhar até o limite das reações legais. Num caso ou no outro, todos gastamos muito tempo, mas sempre tem gente que sabe colocar mais qualidade do que quantidade no que faz.

Sérgio dal Sasso

Consultor e Palestrante, Especialista em Gestão de Negócios

http://www.youtube.com/watch?v=lXN_vbL5XE0&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=iJfVlKGDZDE&feature=player_embedded

13 março 2011

Biocombustíveis são solução errada para proteger o clima?

 Até 2020, os biocombustíveis devem representar 10% do consumo da União Europeia: a solução errada para um sistema de transportes menos nocivo ao clima, opina o chefe da redação Português para a África, Johannes Beck.

Nem tudo o que se denomina "bio" é correto do ponto de vista ambiental. Há, por exemplo, poucos biocombustíveis que realmente trazem vantagens ao meio ambiente. Entre eles estão sobretudo aqueles provenientes de dejetos, como o gás metano extraído da purina.

Mas dejetos são uma fonte muito limitada. E quando a meta é substituir em grande escala o petróleo como combustível, é preciso cultivar enormes extensões de terra para produzir biodiesel ou etanol.

Campeão mundial da produção de biocombustíveis – ao lado do Brasil – os Estados Unidos apostam em especial no milho. Uma opção que não beneficia, em absoluto, o clima global. Durante o cultivo do milho são liberadas enormes quantidades de óxido nitroso, nocivo ao clima. Além disso, a produção de etanol a partir do milho consome uma grande quantidade de energia.

Desse modo – segundo cálculos do Departamento Ambiental da Suíça – quem abastece seu veículo com etanol de milho contribui tanto para a emissão de gases estufa quanto os que utilizam gasolina convencional.

Balanço ecológico catastrófico

O pior exemplo é o óleo de palmeira do Sudeste Asiático, também utilizado como biodiesel. Na Malásia e na Indonésia foram queimados, nos últimos anos, milhares de hectares de mata tropical para o plantio de palmeiras. Um fato tanto mais catastrófico porque grande parte das florestas afetadas estava sobre solos de turfa, e os gases estufa neles contidos foram liberados num volume gigantesco.

Segundo dados da organização ambientalista WWF, somente em Sumatra o desmatamento das florestas de turfa entre 1990 e 2002 provocou a liberação de 1,1 gigatonelada de dióxido de carbono por ano. Isso é mais do que a emissão anual da Alemanha. Além disso, a substituição das selvas tropicais por plantações implica a destruição do habitat de plantas, animais e seres humanos.

Nesse meio tempo, a União Europeia (UE) reagiu, exigindo a apresentação de certificados para biocombustíveis, com o fim de evitar que as florestas sigam sendo dizimadas. A UE também passou a privilegiar outros tipos de biocombustível, com melhor "desempenho ambiental". Entre elas, o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar –muito mais eficiente do que o de milho, centeio ou trigo –, do qual o Brasil é o maior fornecedor.

Mas a cana-de-açúcar e a maioria das outras plantas ideais para a produção de biocombustível só crescem nos trópicos ou subtrópicos. Isto é: justamente onde se encontram as selvas e os ecossistemas de maior biodiversidade do planeta. E estes têm que ser transformados em monoculturas agrárias para que a produção seja suficiente para substituir os combustíveis fósseis.

Monoculturas no Brasil

Paralelamente a isso os preços dos gêneros alimentícios subirão drasticamente em todo o mundo, pois não há áreas agricultáveis suficientes para, ao mesmo tempo, matar as necessidades de combustível e de comida da população planetária.

Mesmo o pioneiro Brasil não consegue cobrir com o etanol nem um terço de seu consumo de combustível. E para isso já é necessária 5% de toda a área agrícola do país.

Enormes extensões de Mata Atlântica no Nordeste foram derrubadas para o cultivo da cana-de-açúcar nas últimas décadas. Em Pernambuco, por exemplo, restam apenas 2,7% das florestas originais. Há também pressão para transformar em plantações partes do Pantanal. Tais conflitos demonstram os limites práticos do biocombustível.

Nesse ínterim, o governo brasileiro reagiu, designando para o plantio sobretudo áreas do Cerrado no Planalto Central. Porém também estas são ricas em espécies vegetais e animais, as quais seria lamentável sacrificar em nome das monoculturas de soja ou cana-de-açúcar.

Indiretamente, a expansão do bioetanol também aumenta a pressão sobre a região amazônica, pois os canaviais expulsam bovinocultores e plantadores de soja, forçando-os a adentrar a mata tropical.

UE precisa redefinir metas

Somente para satisfazer a meta da UE – de, até 2020, substituir 10% de todo o combustível consumido por substâncias de origem orgânica – será necessário criar novas áreas agrícolas do tamanho da Irlanda. O cálculo é do Instituto de Política Ambiental Europeia (IEEP), sediado em Londres.

Por isso, a União Europeia deveria abrir mão de suas metas. Biocombustíveis originários de monoculturas agrícolas são um caminho equivocado, já que, desse modo, a natureza e o clima não são protegidos, mas ainda mais prejudicados.

O caminho para um sistema de transporte mais ecológico tem de ser outro: os automóveis precisam tornar-se mais eficientes e consumir menos combustível. É preciso ampliar os transportes públicos e, no futuro, reduzir drasticamente o tráfego, através de um planejamento urbano inteligente.

Autor: Johannes Beck
Revisão: Alexandre Schossler

Japão enfrenta pior crise desde Segunda Guerra Mundial

Japão enfrenta pior crise desde Segunda Guerra Mundial, diz premiê

Primeiro-ministro, Naoto Kan, esta é a pior crise no país desde a Segunda Guerra
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, afirmou neste domingo que o país enfrenta sua crise mais difícil desde a Segunda Guerra Mundial.

"Este terremoto e tsunami, e também a situação que diz respeito à usina nuclear, são talvez a as adversidades mais difíceis que enfrentamos desde a Segunda Guerra Mundial."

"Se nós, o povo japonês, podemos superar estas adversidades, isto depende de cada um de nós, cidadãos japoneses", disse Kan em um pronunciamento transmitido pela televisão japonesa.

"Acredito que podemos superar este grande terremoto e tsunami se nos unirmos."

O premiê também afirmou que o país terá que implementar um programa de cortes de energia. Kan citou a situação na usina nuclear de Fukushima, que sofreu uma explosão em um de seus reatores no sábado e corre o risco de uma segunda explosão, e acrescentou que poucas usinas foram afetadas pelo terremoto.

"Estamos tentando garantir apoio elétrico de outras instalações e pedimos às indústrias para cortar o uso de eletricidade. Mas, não temos nenhuma perspectiva de restaurar o fornecimento de eletricidade dentro dos próximos dias."

"Portanto, há uma grande possibilidade de que vamos continuar com falta de eletricidade e também há uma possibilidade de cortes do fornecimento de eletricidade em larga escala, e este tipo de corte de eletricidade vai afetar as vidas das pessoas e também as atividades industriais", afirmou Kan.

Kan também falou sobre as operações de resgate.

"Dois dias se passaram desde o terremoto e é uma corrida contra o tempo para as equipes de resgate. Vamos tentar fazer de tudo para salvar mais vidas."

De acordo com o canal de televisão japonês NHK o número confirmado de mortes devido ao terremoto é de 1.351.

Fukushima

As equipes de emergência e técnicos japoneses ainda estão tentando evitar o derretimento dos reatores da usina de Fukushima, mas a agência nuclear do Japão decretou estado de emergência em uma segunda usina, mais perto do epicentro do terremoto de 8,9 de magnitude que atingiu o Japão, a usina de Onagawa.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que foram detectados níveis de radiação mais altos na região.

As autoridades japonesas, por sua vez, afirmaram que os sistemas de resfriamento dos três reatores do complexo de Onagawa, que foram automaticamente desligados depois do terremoto e tsunami, estão funcionando novamente e o aumento no nível de radiação na área pode ter sido causado pelo vazamento de Fukushima.

Naoto Kan afirmou também em seu pronunciamento que a situação na usina nuclear de Fukushima continua grave e que o fechamento desta e de outras usinas de energia depois do terremoto significa que o fornecimento de eletricidade está limitado.

Falando logo depois de Kan, o porta-voz do governo Yukio Edano, afirmou que, apesar de os técnicos continuarem a injetar água do mar no reator 3 da usina nuclear de Fukushima, que está sob ameaça de explosão, os medidores não mostram o aumento do nível da água.

"Não sabemos qual conclusão tirar disto", afirmou.

No sábado, uma enorme explosão destruiu parte do edifício no qual fica o reator 1 da usina, local em que os técnicos tentavam injetar vapor para resfriar todo o sistema.

O primeiro-ministro japonês também afirmou que, a partir de segunda-feira, os cortes rotativos de eletricidade vão afetar também o fornecimento de água e gás, além de algumas instalações médicas.

A Companhia Elétrica de Tóquio (Tepco), operadora da usina, afirmou que os níveis de radiação em volta da usina aumentaram acima dos limites permitidos.

Milhões de pessoas continuam sem energia elétrica no país e as autoridades estão intensificando as operações de ajuda e resgate, à medida que a escala real da tragédia é revelada.

Cerca de 310 mil pessoas foram levadas para abrigos de emergência, muitos deles sem energia elétrica, segundo o canal japonês NHK.

Números

A polícia do Japão afirmou que o número de mortos apenas na província de Miyagi pode passar dos dez mil.

Na província de Miyagi está o porto de Minamisanriku, que foi levado pelo tsunami que ocorreu depois do terremoto de 8,9 de magnitude que atingiu a costa de Honshu, a cerca de 400 quilômetros a nordeste de Tóquio, na tarde de sexta-feira.

A repórter da BBC Rachel Harvey, que está nos arredores de Minamisanriku, afirmou que as estradas para a cidade estão bloqueadas e as equipes de emergência estão encontrando corpos entre os destroços.

As autoridades japonesas tinham informado anteriormente que mais de 2 mil pessoas morreram ou estavam desaparecidas depois do tremor e tsunami de sexta-feira.
O governo anunciou que o número de soldados trabalhando nas operações de resgate e ajuda na região será duplicado para 100 mil.

Equipes internacionais de ajuda estão sendo enviadas ao Japão, com a ajuda da ONU na coordenação da operação.

No entanto, alguns sobreviventes ainda estão sendo encontrados. O Ministério da Defesa do Japão informou que um homem de 60 anos, Hiromitsu Shinkawa, foi resgatado no mar, em cima do telhado de sua casa.

O telhado foi levado por 15 quilômetros pelo tsunami na sexta-feira. A mulher de Shinkawa, que estava junto com ele, foi levada pela onda. Ele foi encontrado ao sinalizar com um pano vermelho para navios que passavam e finalmente foi resgatado, em boa saúde, por um navio militar japonês.

BBC
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