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17 fevereiro 2013

Semana do Livro Nacional




Diante da constatação de que poucas editoras – dá para contar em uma mão – investem no lançamento de autores e obras de anônimos, uma ação impactante se faz necessária.
Mas, por que elas não investem? Lançar um novo autor exige um pesado investimento e o risco é muito alto em comparação com os livros de fora que já são um grande sucesso.
Falou-se muito sobre motivos. Que livros nacionais não vendem, que há pouca publicidade, que leitores tem preconceito de nacionais e não compram. Tudo bem. Mas, diante de tudo isso, o que pode ser feito?
Um grupo de autores, juntamente com blogueiros, editoras e livrarias, está organizando uma semana a fim de promover somente obras nacionais. Dessa forma, os leitores terão maior informação, acesso e conhecimento sobre as obras modernas que são lançadas em vários cantos do nosso Brasil.
A primeira edição da Semana do Livro Nacional ocorrerá entre 20 e 28 de julho deste ano e contará com eventos, publicidade, palestras, bate-papo com autor e muito mais. Os idealizadores pretendem realizá-la anualmente, cada vez com mais apoiadores.
Seja um leitor que tem o privilégio de se encontrar pessoalmente com autores e ter um livro autografado. Para tornar-se um apoiador acesse a página do projeto e se inscreva.

Twitter: @SemanaDoLivroBr

Mais um movimento nacional, vamos lá? Já tem o meu apoio.
Alguns blogs que apoiam:

Academia Alquimia | Alegria de Viver e Amar o que é Bom | Apaixonada por Livros | As Palavras Fugiram | Attraverso le Pagine | Clube Jovens Escritores | Doce Encanto | Drafts da Nica | Éden Saga | Fulana Leitora | Hangover at 16 | Irmandade Literária | Leitor Cabuloso | Ler e Pensar | Let It Shine | Livro, Filme e Cia. | Literatura de Cabeça | Literatura Br | Mell Books | Meus Livros, Meu Mundo | Murmúrio Pessoais | Mania de Ler | Nathi e seus Livros | Over Shock | Pausa para um café | Prazer, me Chamo Livro | Quarto de Garota | Sangue com Amor | Sweet Pimenta | Viaje na Leitura | 

20 de Julho
Ribeirão Preto
- Bate-Papo com autores no Clube do Livro da Livraria Paraler

27 de Julho

Rio de Janeiro
- Palestra com Janaina Rico sobre "Eu Leio Brasil" e Bate-Papo com Autores

São Paulo
- Palestra com Selène D'Aquitaine sobre "Literatura Nacional" no auditório da Livraria Martins Fontes da Av. Paulista e Bate-Papo com Autores no auditório da Livraria Martins Fontes da Av. Paulista

Eu leio Brasil. E você?


Eu leio Brasil


A literatura nacional pede socorro.
O que está acontecendo é que as obras brasileiras não estão recebendo o trato que merecem. Basta entrar em qualquer livraria para perceber a diferença de tratamento. Em destaque, apenas as obras que vêm de fora. Nas listas dos mais vendidos, nomes estrangeiros pipocam e somente de vez em quando surge uma Paula ou um Eduardo para diversificar.
Os marketings das grandes editoras apontam todos os seus canhões para 50 tons de estrangeirismo, enquanto o verde e amarelo fica ofuscado sob o cinza.
Ora, não podemos esquecer que para cá já vêm os best-sellers, testados e retestados no exterior, que já passaram por uma pesada campanha de publicidade.
Mas os daqui ficam relegados a segundo plano, sem que os leitores sequer tenham o direito de escolher se vão comprar ou não. A dinâmica é clara: o consumidor comum entra em uma livraria procurando uma capa que lhe chame atenção, ou uma história que se destaque no meio das outras. Impossível que um livro escondido no meio da prateleira ganhe a parada. Isso, quando pelo menos fica em um canto escondido na livraria, pois na maioria das vezes os títulos nacionais nem chegam às estantes das grandes redes.
Por isso, criei este manifesto. Longe de mim pedir para que as pessoas só leiam os nacionais. Adoro Marians, Sophias e Stephanies e quero muito continuar a lê-las. Mas quero chegar no shopping e ter o direito de escolha entre elas e as Vanessas, Lucianes, Leilas e Carinas. Ah, e Janainas também!
*Precisamos reunir 10.000 assinaturas para mandar este manifesto para a mídia. Vamos fazer o nosso barulho!


Vi esta postagem no blog Livros e Marshmallows e aderi correndo. E vocês?

15 março 2012

Jogo da Literatura

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Avalie seu conhecimento sobre 25 clássicos da literatura nacional e estrangeira. O desafio é relacionar dez trechos aos respectivos livros, dispostos na estante.
Bom Jogo!

http://revistaescola.abril.com.br/swf/jogos/jogoLiteratura/

Fonte: Revista Nova Escola Abril

31 março 2011

Quiz: Teatro

Teatro


Sabe quando é comemorado o Dia Mundial do Teatro? Fazer teatro, ler ou assistir aos espetáculos é uma forma de se emocionar, de rir, de experimentar outros papéis
O teatro tem uma data para ser festejado: 27 de março. O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961 pela Unesco. Fazer teatro, ler ou assistir aos espetáculos é uma forma de se emocionar, de rir, de experimentar outros papéis. Teste-se


1-Que tipo de teatro foi concebido para apresentações ao ar livre?

O Living Theatre, nos Estados Unidos
A commedia dell'arte, na Itália
O Teatro de Revista, no Brasil

2-Que dramaturgo grego escreveu a tragédia 'Medéia'?

Ésquilo
Sófocles
Eurípides

3-Assinale o título de uma peça do brasileiro Nelson Rodrigues:

Senhora dos Afogados
Seis Personagens à Procura de um Autor
Roda Viva

4-Quem era o corifeu, no teatro da Grécia Antiga?

O solista do coro
O iluminador
O artista de circo

5-Em que época surgiu, na Europa, o teatro do absurdo?

No século 18, junto com o romantismo
Durante a Primeira Guerra, com Bertold Brecht
Logo após a Segunda Guerra, com Ionesco

6-Quem é Desdêmona, na obra de William Shakespeare?

A mãe do príncipe Hamlet
Mulher de Otelo, militar mouro em Veneza, que enlouquece de ciúmes
A babá de Julieta, que envenena Romeu

7-Qual destes autores de teatro é um comediante francês?

Moliére
Émile Zola
Luigi Pirandello

8-Em que país foram construídos os primeiros teatros onde o palco fica separado das poltronas da platéia?

Na Itália
Na Inglaterra
Na Dinamarca

9-Entre os autores de teatro que receberam o prêmio Nobel de Literatura, podem ser citados:

Antonin Artaud e Peter Brook
Harold Pinter e Dario Fo
Gerald Thomas e Eugene O´Neill

10-Qual destes grandes teatros foi o primeiro a ser inaugurado no Brasil?

O Teatro Amazonas, em Manaus
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro
O Theatro São Pedro, em Porto Alegre

Veja as minhas respostas e compare com as suas no post de amanhã.

12 fevereiro 2011

Trote, uma prática medieval que desafia as universidades

Instituições tentam implementar programas de "boas-vindas aos calouros", mas ainda falham em coibir agressões e humilhações


Por Nathalia Goulart


As primeiras universidades surgiram na Europa em plena Idade Média. Foram um sopro de liberdade. Permitiram progressivamente ao homem atuar segundo a razão, em vez de apenas obedecer a dogmas. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que nasciam os centros de estudo, surgia uma instituição muito mais tributária da ideia que hoje fazemos da "Idade das Trevas": o trote. Os primeiros registros da prática datam do início do século XIV. Calouros da região correspondente à moderna Alemanha eram obrigados a andar nus e ingerir fezes de animais mediante a promessa de que poderiam se vingar nos novatos do ano seguinte. "Os alunos veteranos descontavam nos mais novos a repressão promovida em sala de aula por professores rigorosos", afirma Antônio Zuin, professor do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e autor do livro O Trote na Universidade: Passagens de um Rito de Iniciação.

O trote é uma demonstração de que, a despeito de avanços inegáveis, o mundo não mudou tanto assim em quase 800 anos. Mantém no século XXI um tanto de século XIV. Prova disso é que o trote se mantém no calendário como uma atividade acadêmica regular: encerrada a fase de vestibulares, se inicia a de divulgação de listas de candidatos aprovados e explode a agressão e a humilhação dos novatos. Neste ano, por exemplo, uma tropa de veteranos da Universidade de Brasília (UnB) exibiu sua porção medieval ao obrigar calouras a simular sexo oral com uma linguiça envolta numa camisinha e embebida em leite condensado. Americanos e franceses, entre outros, também tem motivos para lamentar. Lá, como aqui, o trote persiste, preocupa e escapa do controle.

No centro do problema, estão as próprias universidades. A maioria das instituições proíbe o trote dentro de suas dependências – algumas já o fazem há cerca de 40 anos. Contudo, em geral, a fiscalização não é rigorosa, e as atividades envolvendo veteranos e calouros muitas vezes acontecem do lado de fora dos muros acadêmicos. "A universidade ainda não vê como sua tarefa coibir o trote", diz Antonio Ribeiro de Almeida Júnior, professor de sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e autor do livro Universidade, Preconceito e Trote. "A proibição por si só não funciona. É preciso punir aqueles que desrespeitam a norma. O problema é que normalmente as universidades se restringem a abrir inquéritos, mas ninguém é punido", afirma.

Mostrar aos algozes a face dura da lei foi a escolha da França. Desde 1998, está em vigor no país uma lei que criminaliza o trote violento. Os condenados podem pegar um ano de prisão e pagar multa de até 15.000 euros. Desde que o mecanismo entrou em vigor, os veteranos passaram a se comportar melhor, apontam estudos locais. As práticas humilhantes e violentas foram substituídas por uma jornada de integração dos novos alunos à instituição. Estudante de psicologia da École des Psychologues Praticiens, de Paris, Maria Elisa Serra passou pela experiência. "Foram promovidas festas, gincanas e atividades dentro da universidade. Foram dois dias divertidos e saudáveis", diz a brasileira. Alguma semelhança com a tradicional baderna por que passaram seus colegas no Brasil? "Nenhuma", ela responde.

Trote camarada – Algumas instituições brasileiras têm se esforçado para melhorar as estatísticas sobre trotes – que são escassas, diga-se, pois o medo dos novatos inibe reclamações e o problema só costuma vir à tona quando ocorrem mortes ou ferimentos graves. Há dois anos a UnB criou, em parceria com os diretórios de estudantes, um "programa de boas-vindas aos calouros" nos moldes franceses. Alguns resultados são animadores. No curso de agronomia, a parcela de vítimas de trotes caiu de 75% para 50%. Contudo, o episódio da linguiça encapada por camisinha, ocorrido na mesma unidade da universidade, segue como alerta de que ainda há muito o que fazer. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tenta iniciativas semelhantes para afastar o trote violento. "Conversamos com os diretórios acadêmicos para coibir esse tipo de ação. Em paralelo, desenvolvemos atividades em parceria com os alunos veteranos para receber os novos estudantes. Nos últimos quatro anos, não registramos nenhuma ocorrência relacionada aos calouros", afirma Luiz Leduino de Salles Neto, pró-reitor de assuntos estudantis da Unifesp.

Os legisladores brasileiros ainda discutem o que fazer para enfrentar o problema que, por aqui, já tem quase dois séculos – o trote chegou ao país trazido por brasileiros que haviam estudado na Europa no século XIX. Um projeto de lei que pretende disciplinar o assunto foi aprovado na Câmara em 2009 e, desde então, repousa no Senado. Pretende proibir o constrangimento dos calouros, a exposição deles a situações vexatórias e ofensas graves, além de garantir a integridade física dos novatos. O texto determina que as universidades abram processos disciplinares contra os veteranos violentos, mas não prevê sanções a instituições que se furtarem a cumprir suas responsabilidades. Aos alunos que se excederem, seriam aplicadas multas – de 1.000 a 20.000 reais –, suspensão de um a seis meses e até expulsão. Desde 1999, alguns estados mantêm leis locais que tratam do tema, caso de São Paulo e Santa Catarina. No entanto, passada mais de uma década, não há registros de condenações motivadas por esses freios legais.

Os Estados Unidos também tentam minorar o problema pela via legal – e têm falhado igualmente. Em 44 estados, o trote já é considerado crime. Contudo, 29 estudantes morreram vítimas de trotes violentos na última década, cinco deles só em 2008, segundo levantamento de Hank Nuwer, professor do Franklin College e estudioso do assunto. "As leis e os programas das universidades que tentam promover atividades alternativas ainda são ineficientes. É difícil combater uma prática que, até a metade do século passado, era amplamente incentivada pelas próprias instituições de ensino", diz Nuwer.

Entre os americanos, em geral, violência e humilhação não são impostos cobrados às portas da instituição. Lá, os maiores problemas são registrados durante a seleção promovida por veteranos para escolher os novatos que serão aceitos pelas fraternidades (somente de homens) e irmandades (de mulheres). Ambos são grupos fechados que alegam selecionar os melhores e, posteriormente, beneficiá-los de alguma forma, como oferecendo conexões sociais privilegiadas ou acesso a oportunidades de emprego. A possibilidade de se tornar um líder no meio universitário – e fora dele – anima os jovens a encarar provas arriscadas para fazer parte dos grupos. "O maior problema ali é relativo ao abuso de bebida alcoólica, além de brincadeiras aparentemente inocentes, como levar um candidato a uma área rural ou a um bairro extremamente perigoso em plena madrugada e deixá-lo ali sozinho, à própria sorte", conta o especialista americano.

Como ocorria há quase 800 anos, o ingresso de um calouro na universidade pode de fato configurar um ponto de inflexão na vida desse jovem. É quando uma porta se abre à sua frente. Fazem sentido, por isso, festas e cerimônias. "O momento pede um ritual que marque a transição. O calouro precisa ser iniciado no meio acadêmico e os veteranos precisam cumprir esse papel", afirma o professor Antônio Zuin, da UFSCar. Está claro, contudo, que, em pleno século XXI, esse ritual não pode reproduzir a face obscura do século XIV.
Veja-n° 2204

Vocè já passou por algum trote? (De um modo geral)

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