É uma versão brasileira do mito explicativo do fogo-fátuo (chama espontanêa de gases emanados do pântanos ou de sepulcros), existente em quase todas as culturas. O Boitatá (de “boi”: cobra, “tatá”: fogo) seria uma cobra-de-fogo que vagava pelos campos, protegendo-os contra aqueles que os incendiavam. Às vezes, transformava-se em grosso madeiro em brasa que fazia morrer, por combustão, aquele que queimava os campos.
È um mito dos mais antigos e quase totalmente de origem indígena. O Padre Anchieta a ele se refere em carta de 1560: “Há também outros (fantasmas), que vivem a maior parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados Baetatá, que quer dizer coisas de fogo, o que é o mesmo como se dissesse o que é todo de fogo. Não se vê outra coisa senão facho cintilante correndo ( por sobre a lama dos pântanos). O que, seja isto, ainda não se sabe com certeza”. O mito do Boitatá, ou do fogo-fátuo, recebe outros nomes, como: Fofo-corredor, Batatão, Baitatá e Jã- de-la – foice.
Revista Recreio:
Uma lenda muito conhecida no Rio Grande do Sul conta que, quando ocorreu o dilúvio na Terra, muitos animais morreram e as serpentes riam à toa com tanto alimento sobrando. Mas, como castigo por essa gulodice, a barriga delas começou a brilhar cada vez mais, até que se elas se incendiaram. Nos estados do Nordeste, o boitatá é conhecido também como "fogo que corre".
Se você encontrar com o boitatá, feche os olhos e fique quieto. Aí ele vai embora. Ufa
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