No filme “A Razão do Meu Afeto”, de 1998, Jennifer Aniston vive uma assistente social nova-iorquina insatisfeita com o seu relacionamento. Quando ela descobre que está grávida, decide imediatamente romper com Vince, seu namorado, e pedir ajuda ao melhor amigo gay, George, para criar o bebê. A partir daí, muitas coisas acontecem, todas dignas de uma comédia romântica. Nina (Jennifer) se apaixona pelo amigo gay, Vince insiste em se casar, George conhece outro homem e vai ser feliz com ele, Nina se apaixona por um policial e se casa com ele. Quando a criança nasce, não tem apenas um pai e uma mãe dispostos a cuidar dela. Uma das cenas mais bonitas de “A Razão do Meu Afeto” é a final, quando a pequena Molly, então com 6 anos, se apresenta na escola. Ela diz para a mãe: “eu fui a aluna com mais pessoas da família assistindo ao show!”.
A trama, baseada no romance “The object of my afection”, de 1987, escrito por Stephen McCauley, abria o diálogo para algo que, hoje, já virou realidade: as novas famílias. Arranjos como o sugerido na história existem e estão saindo de Hollywood para chegar às leis. Na Califórnia, o senador Mark Leno propôs uma lei que acaba com o limite de dois pais por cada criança. O texto não diz que qualquer um pode ser pai de quem quiser, apenas permite que mais pessoas postulem legalmente o papel que já exercem no dia a dia. Já na segunda instância de votação, a nova lei prevê situações como:
1) Uma mãe se separa do primeiro marido e volta a se casar. O ex-casal e o novo maridoparticipam da formação da criança, com direitos e deveres estabelecidos pelo juiz.
2) Um casal de lésbicas pede ajuda a um amigo próximo para engravidar. Os três participam na criação da criança, com direitos e deveres estabelecidos pelo juiz.
3) Uma grávida se casa com um homem que não o pai biológico do bebê. Os três participam da formação da criança, com direitos e deveres estabelecidos pelo juiz.
Assim como Leno, que é um dos primeiros políticos assumidamente gays a atuar nos Estados Unidos, entendo que a nova lei dá mais amparo a crianças que, naturalmente, vivem em famílias de novos formatos.
E você, o que pensa?
Fonte:Marie Claire
Fonte:Marie Claire
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