Livro: O Outro Pé de Sereia
Autor: Mia Couto
Editora: Cia das Letras
Literatura Estrangeira/Romance
Nº de páginas: 336 páginas
Sinopse - O Outro Pé da Sereia - Mia Couto
Num deles, o jesuíta Gonçalo da Silveira parte de Goa, na Índia, em 1560, com a missão de converter ao cristianismo o imperador do Reino do Ouro, ou Monomotapa, situado na região fronteiriça entre os atuais Zimbábue e Moçambique. Segue com ele uma imagem de Nossa Senhora, a que os escravos da nau portuguesa chamam de Kianda, uma divindade das águas, e os africanos tratam por Nzuzu, a rainha das águas doces. As relações de sincretismo religioso e choque cultural entre portugueses, indianos e africanos conduzem ao segundo momento histórico.
Em 2002, dez anos depois dos acordos de paz entre governo e forças rebeldes, Moçambique é um país em recuperação. Um pastor e sua mulher, Mwadia Malunga, encontram a imagem de Nossa Senhora nas margens de um rio da pequena localidade de Antigamente. O curandeiro do lugar diz que eles conspurcaram o espírito do rio e correm grande perigo. Mwadia decide então voltar a Vila Longe, onde deixara a família, para abrigar a estátua.
Sinopse:
No século XVI, o reino do Monomatapa, na fronteira
entre sinaisZimbabw e Moçambique, povoava os sonhoa de fortuna dos aventureiros.
A fama do chamado Reino do Ouro, contava que ali havia abundância não apenas da riquezas, mas de crueldade e lascívia. Em1560
saía de Goa, na India, a expedição do jesuíta D. Gonçalo da Silveira com
intuito de converter o imperador e moralizar o reino africano.
A travessia do Índico e a incursão dos
missionários pela África ganham reconstrução ficcional extraordinária neste
romance. Pelos meandros da hisória oficial, Mia Couto refaz lances cruciais da
coolonização portuguesa, ao mesmo tempo que retrata o impasse político e social
da Moçambique de hoje. Em 2002, Mwadia Malunza e o marido, Zero Madzero,
encontram uma imagem de Nossa Senhora sem um dos pés próximo ao rio que passa
no lugarejo de Antigamente. Mwadia é encarregada de levar aestatúa para a cidadezinha
de Vila Longe. A Virgem é conhecida na região como Nzuzu, rainha das águas
doces, mas trata-se na verdade de uma imagem trazida para Moçambique pela
expediçã de D. Gonçalo da Silveira.
A chegada a Vila Longe reserva surpresas a Mwadia,
o lugar está para receber o antropólogo americano Benjamin Southman, que
trabalha para uma ONG de ajuda à África, e su mulher , a brasileira Rosie.
Todos se articulam para a chegada dos estrangeiros, o empresário Casuarino
Malunga, o funcionário dos correios Zeca Matambira, o barbeiro e
ex-guerrilheiro Arcanjo Mishura, a família deMwadia. O humor afiado de Mia
Couto faz um retrato crítico dessa população local, que tenta reconstruir o
país-mas, sobretudo, se dar bem- depois de anos da guerra civil.
Mwadia é a personagem que aproxima culturas,
religiões e momentos históricos.
Resenha
Neste livro o presente e o passado estão sempre
presentes na narrativa. No passado,
temos a viagem da nau Nossa
Senhora da Ajuda de Goa para
Moçambique e no presente o ano de 2002.
Em 1560, uma expedição chefiada por D. Gonçalo da
Silveira veio para catequisar Moçambique. Em 2002, temos Mwadia Malunza e o
marido Zero Madzero, para levar a Santa encontrada e o baú para sua terra
natal, demonstrando o valor da terra, a preservação dos costumes e dos
antepassados.
Esta mesma Santa trazida pela expedição de D.
Gonçalo, para o povo da terra, representa a rainha das águas.
Outros personagens, também figuram na trama como:
tia Luzmira, que enloqueceu, Arcanjo Matambira, antigo guerilheiro que agora é
barbeiro, Jesustino Rodrigues, que pena em retornar a Goa, Zeca Matambira
pugilista, o casal de americanos que faz pesquisa de histórias antigas de
escravos, e com isso vemos a mistura de um povo formado de negros, portugueses
e indianos, que hoje representam a Moçambique que aproveita o interesse do
estrangiro pelas tradições.
Temos no passado, o negro Nimi Nsundi, que salvou
a Santa das águas do rio reconhecendo nela a Kianda, a rainha da água doce. A
indiana Dia Kumari, que o corpo era feito de fogo.
A mistura
de português com a língua nativa(indiana, portuguesa e africana), ressaltando a
importância da memória para a cultura de um paísParticipando:
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