30 novembro 2012

Resenha: O Outro Pé da Sereia- Mia Couto


O Outro Pé da Sereia

Livro: O Outro Pé de Sereia
Autor: Mia Couto
Editora: Cia das Letras
Literatura Estrangeira/Romance
Nº de páginas: 336 páginas
Sinopse - O Outro Pé da Sereia - Mia Couto
Este novo romance do moçambicano Mia Couto faz um retrato poético, alegórico e também crítico da Moçambique contemporânea. A imagem de uma santa católica que encanta e perturba todos os que dela se aproximam é o centro de uma trama dividida em dois momentos históricos, ligados por questões étnicas, religiosas e de destino familiar. 
Num deles, o jesuíta Gonçalo da Silveira parte de Goa, na Índia, em 1560, com a missão de converter ao cristianismo o imperador do Reino do Ouro, ou Monomotapa, situado na região fronteiriça entre os atuais Zimbábue e Moçambique. Segue com ele uma imagem de Nossa Senhora, a que os escravos da nau portuguesa chamam de Kianda, uma divindade das águas, e os africanos tratam por Nzuzu, a rainha das águas doces. As relações de sincretismo religioso e choque cultural entre portugueses, indianos e africanos conduzem ao segundo momento histórico.
Em 2002, dez anos depois dos acordos de paz entre governo e forças rebeldes, Moçambique é um país em recuperação. Um pastor e sua mulher, Mwadia Malunga, encontram a imagem de Nossa Senhora nas margens de um rio da pequena localidade de Antigamente. O curandeiro do lugar diz que eles conspurcaram o espírito do rio e correm grande perigo. Mwadia decide então voltar a Vila Longe, onde deixara a família, para abrigar a estátua.


Sinopse:
No século XVI, o reino do Monomatapa, na fronteira entre sinaisZimbabw e Moçambique, povoava os sonhoa de fortuna dos aventureiros. A fama do chamado Reino do Ouro, contava que ali  havia abundância não apenas da  riquezas, mas de crueldade e lascívia. Em1560 saía de Goa, na India, a expedição do jesuíta D. Gonçalo da Silveira com intuito de converter o imperador e moralizar o reino africano.
A travessia do Índico e a incursão dos missionários pela África ganham reconstrução ficcional extraordinária neste romance. Pelos meandros da hisória oficial, Mia Couto refaz lances cruciais da coolonização portuguesa, ao mesmo tempo que retrata o impasse político e social da Moçambique de hoje. Em 2002, Mwadia Malunza e o marido, Zero Madzero, encontram uma imagem de Nossa Senhora sem um dos pés próximo ao rio que passa no lugarejo de Antigamente. Mwadia é encarregada de levar aestatúa para a cidadezinha de Vila Longe. A Virgem é conhecida na região como Nzuzu, rainha das águas doces, mas trata-se na verdade de uma imagem trazida para Moçambique pela expediçã de D. Gonçalo da Silveira.
A chegada a Vila Longe reserva surpresas a Mwadia, o lugar está para receber o antropólogo americano Benjamin Southman, que trabalha para uma ONG de ajuda à África, e su mulher , a brasileira Rosie. Todos se articulam para a chegada dos estrangeiros, o empresário Casuarino Malunga, o funcionário dos correios Zeca Matambira, o barbeiro e ex-guerrilheiro Arcanjo Mishura, a família deMwadia. O humor afiado de Mia Couto faz um retrato crítico dessa população local, que tenta reconstruir o país-mas, sobretudo, se dar bem- depois de anos da guerra civil.
Mwadia é a personagem que aproxima culturas, religiões e momentos históricos.

Resenha
Neste livro o presente e o passado estão sempre presentes na narrativa. No passado,  temos a viagem da nau  Nossa Senhora da Ajuda de Goa  para Moçambique  e no presente o ano de 2002.
Em 1560, uma expedição chefiada por D. Gonçalo da Silveira veio para catequisar Moçambique. Em 2002, temos Mwadia Malunza e o marido Zero Madzero, para levar a Santa encontrada e o baú para sua terra natal, demonstrando o valor da terra, a preservação dos costumes e dos antepassados.
Esta mesma Santa trazida pela expedição de D. Gonçalo, para o povo da terra, representa a rainha das águas.
Outros personagens, também figuram na trama como: tia Luzmira, que enloqueceu, Arcanjo Matambira, antigo guerilheiro que agora é barbeiro, Jesustino Rodrigues, que pena em retornar a Goa, Zeca Matambira pugilista, o casal de americanos que faz pesquisa de histórias antigas de escravos, e com isso vemos a mistura de um povo formado de negros, portugueses e indianos, que hoje representam a Moçambique que aproveita o interesse do estrangiro pelas tradições.
Temos no passado, o negro Nimi Nsundi, que salvou a Santa das águas do rio reconhecendo nela a Kianda, a rainha da água doce. A indiana Dia Kumari, que o corpo era feito de fogo.
A mistura de português com a língua nativa(indiana, portuguesa e africana), ressaltando a importância da memória para a cultura de um país

Participando:
Tudo sobre o DL 201251 livros em 2012! By Alquimia dos Romances!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

© Retalhos no Mundo - 2013. Todos os direitos reservados.
Criado por: Roberta Santos.
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo