31 maio 2012

Resenha-Percy Jackson & os Olimpianos- O Ladrão de Raios- Graphic Novel

O Ladrão de Raios: Graphic Novel
Percy Jackson & Os Olimpianos
O Ladrão de Raios
Grafic Novel
Autor: Rick Riordan
Tradução de The Lightning Thief: The Grafic Novel
Adaptação:Robert Venditti
Artes: Attila Futari
Colorido: José Villarrubia
Layout: Orphéus Collar
Lettering: Chris Dickey
Literatura Infantojuvenil americana
História em quadrinhos
Rio de Janeiro
Editora Intrínseca
2011
128 páginas

O Ladrão de Raios: Graphic Novel - Percy Jackson e os Olimpianos - 1

E se os deuses do Olimpo estivessem vivos no século XXI? E se eles ainda se apaixonassem por mortais e tivessem filhos que pudessem se tornar heróis? Segundo a lenda da Antiguidade, a maior parte deles, marcada pelo destino, dificilmente passa da a­­dolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade.




O 1º livro da série, como você nunca viu.

“Tem um ritmo perfeito, com momentos eletrizantes seguindo-se uns aos outros como batimento cardíacos, e um mistério atrás do outro.”  The New York Times Book Review

“Uma aventura moderna que levará os leitores a ansiar pela próxima ação do protagonista.”
  School Library Journal

“Uma fábula de heroísmo no compasso de uma missão desenfreada, que questiona a realidade de nosso mundo, a família,  a amizade e a lealdade.”  Kirkus Reviews

“Repleto de bem humoradas alusões à mitologia grega à sequencias de tirar o folêgo, este livro é realmente brilhante.”  The Horn Book Magazine.

A Série:
Percy Jackson e os Olimpianos:
1- O Ladrão de Raios
2- O Mar dos Monstros
3- A Maldição do Titã
4- A Batalha do Labirinto
5- O Último Olimpiano
6- Os Arquivos do Semideus.

História em Quadrinhos
A Série Percy Jackson e os Olimpianos ganhou adaptações para os Quadrinhos em Outubro de 2010 com o lançamento de The Lightning Thief (Graphic Novel) nos Estados Unidos. O livro original foi adaptado por Robert Venditti, a Arte do Livro feita por Attila Futtaki e colorido por José Villarrubia. O Livro foi produzido e lançado pela Disney Hyperion (Editora que publicou também a Série Original). The Lightning Thief (Graphic Novel) foi lançado no Brasil pela Editora Intrínseca (que também publicou no Brasil a Série Original de Rick Riordan) em 17 de Agosto de 2011
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Autor: Rick Riodan
Nasceu em 1964, em San Antonio, no Texas, onde mora com a mulher e os 2 filhos. Autor best-seller do The New York Times, premiado pela YALSA e pela American Library Association, por quinze anos ensinou inglês e história em escolas de São Francisco, e a essa experiência que ele atribui a habilidade em escrever parao público jovem. Além das Séries Percy Jackson e os Olimpianos e Heróis de Olimpo, inspiradas na mitologia grega, Riordan assina a bem-sucedida série As Crônicas dos Kane,que visita deuses e mitos do AntigoEgito.

Adaptador: Robert Venditti
Vive em Atlanta, na Georgia. Criador dos graphic novels The Surrogates e The Surrogates, Flash and Bone,figurou entre autores best-sellers do The New York Times.

Arte de Attila Futaki
Estudou na Escola Internacional de Quadrinhos de Florença, na Itália, e vive hoje na capital húngara, Budapeste. Ilustrou os grafic novels Spiral e The Strange Folks,além de capas e interiores de diversos livros.

Colorido por José Villarrubia
Vive em Baltimore em Maryland, e comanda o Departamento de Ilustração do Maryland Institute College of Art. Já trabalhou com as maiores editoras de quadrinhos norte-americanas e foi indicado ao prestigiado Will Eisner Comic Industry Awards. Coloriu os graphic novels Young X Men, Crossing Midnight e Halo Uprising

 Resenha
Ao longo da história você vai conhecendo através de Percy, personagens e fatos sobre a mitologia grega. É uma leitura leve, ainda mais sendo em quadrinhos, mesmo para quem não leu o livro original, que deve ter muito mais informações. Todo elenco grego é inserido dentro do nosso século, de uma maneira surpreendente.
Recomendo a leitura para todas as idades, tanto o Grafic novel (para os iniciantes em leitura) como série em livros (para os apaixonados em leituras de aventuras e fantasias).






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Resenha- As Brumas de Avalon: Livro 4 – O prisioneiro da árvore de Marion Zimmer Bradley




As Brumas de Avalon

Morgana junto com Acolon, e com conhecimentos dele sobre magia tramam contra Artur.
Artur passa acreditar no cristianismo causando problemas para Morgana e as sacerdotisas.
Kevin, é acusado de traição por concordar com Artur sobre os símbolos sagrados.
Gwenhwyfar e Lancelot descobertos como adulteros, fogem.
Mordred mata acidentalmente a sucessora de Viviane
Mordred, filho de Artur e Morgana, enfrenta o pai. Todos pensam que ele é filho de Lancelot.

E Avalon, fica sem uma Senhora do Lago.

Agora, preciso ler os outros livros, que complementam estes:
Queda de Atlândida (Vol I e II)
Ancestrais de  Avalon
Casa da Floresta
Senhora de Avalon
Sacerdotisa de Avalon
São livros independentes entre si.




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Objetivo:
Para o Nivel 1: 12 livros no ano 
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Entrando e Saindo da Estante - As Brumas de Avalon

O Prisioneiro Da ÁrvoreSinopse - O Prisioneiro Da Árvore - As Brumas De Avalon - Livro 4 - Marion Zimmer Bradley



A Senhora da Magia, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore são os quatro volumes que compõem As Brumas de Avalon - a grande obra de Marion Zimmer Bradley -, que reconta a lenda do rei Artur através da perspectiva de suas heroínas. Guinevere se casou com Artur por determinação do pai, mas era apaixonada por Lancelote. Ela não conseguiu dar um filho e herdeiro para o marido, o que gera sérias conseqüências políticas para o reino de Camelot. Sua dedicação ao cristianismo acaba colocando Artur, e com ele toda a Bretanha, sob a influência dos padres cristãos, apesar de ser juramento de respeitar a velha religião de Avalon. Além da mãe de Artur, Igraine e de Viviane, a Senhora do Lago que é a Grande Sacerdotisa de Avalon, uma outra mulher é fundamental na trama: Morgana, a irmã de Artur. Ela é vibrante, ardente em seus amores e em suas fidelidades, e polariza a história com Guinevere, constituindo-se em a sua grande rival. Sendo uma sacerdotisa de Avalon, ela tem a Visão, o que a transforma em uma mulher atormentada. Trata-se, acima de tudo, da história do conflito entre o cristianismo, representado por Guinevere, e da velha religião de Avalon, representada por Morgana. Ao acompanhar a evolução da história de Guinevere e de Morgana, assim como dos numerosos personagens que as cercam, acompanhamos também o destino das terras que mais tarde seriam conhecidas com Grã-Bretanha. As Brumas de Avalon evoca uma Bretanha que é ao mesmo tempo real e lendária - desde as suas desesperadas guerras pela sobrevivência contra a invasão saxônica até as tragédias que acompanham Artur até a sua morte e o fim da influência mítica por ele representada. Igraine, Viviane, Guinevere e Morgana revelam através da história de suas vidas e sentimentos a lenda do rei Artur, como se ela fosse nova e original.


Resenha - A Casa da Rua Garibaldi de Isser Haret

A Casa da Rua Garibaldi

Título: A Casa da Rua Garibaldi
            A maior caçada Humana da história
            A história até agora inédita da perseguição e captura de Adolf Eichmann – o arquicriminoso nazista
Título Original Norte-americano: The House on Garibaldi House
Autor: Isser Harel – Ex-Chefe do Serviço Secreto Israelense
Tradução de Mary D. Cardoso.
Editora Record
Ano: 1977
Nº de páginas: 287

Equipe:
Yosef Kenet, chefe israelense do grupo que seguiu, sem descanso, o rastro de Eichmann.
Shalom Dani, famoso artista cujo talento como falsificador desempenhou papel crucial
Dina Ron, sedutora agente que representou o papel de amante de Dani, na casa em que Eichmann foi mantido prisioneiro.
Isser Hare, em pessoa, e tranquilo e devotado profissional em quem todo o esquema se articulava.

Sinopse:
Neste documentário são descritas, com riqueza de detalhes, todas as providências tomadas pelo Serviço Secreto de Israel para traçar o paradeiro, tentar localizar e finalmente capturar Adolf Eichmann, um dos grandes criminosos de guerra nazista, desaparecido da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial e procurado por vários países.
Figura exponencial do segundo escalão do Partido Nacional Socialista Alemão, responsável direto pela execução das práticas de extermínio decorrentes da política anti-semita adotada pelo Terceiro Reich e das medidas brutais que caracterizaram as praxes de dominação alemã dos povos conquistados ao breve fastígio do nazismo, Eichmann, como outros nazistas do mesmo calibre, tão depressa se pode adivinhar o fim que se aproximava do horrendo conflito, desapareceu sem deixar rastro e, como se sabe, só veio a ser encontrado 15 anos após o término da guerra, e na América do Sul. Em realidade, era crença geral que Eichmann e muitas outras figuras importantes do nazismo se haviam dirigido para países deste continente, especialmente para a Argentina, face a uma indisfarçada simpatia do regime político então ali reinante pelo princípios do nacional-socialismo.

Isser Hare, autor do livro , foi por vários anos chefe do Serviço Secreto de Israel. Funcionário de excepcional competência e dedicação incomum a seu trabalho, Harel conta como se configurou, desenvolveu e concluiu a “Operação Eichmann”, na qual os israelenses usaram todos os recursos de seu Serviço Secreto no período compreendido entre janeiro de 1958 e maio de 1960. Seu livro é um relato fascinante, conciso, objetivo e extremamente agradável de ler. Conforme o classificou a crítica da primeira edição do seu original em inglês, trata-se de um significativo documento da nossa época.

A Casa da Rua Garibaldi
Livro muito interessante, gostoso de ler. Você imagina um filme de ação, aguardando cada novo passo, e se tudo vai correr como o planejado. O que chama atenção é o fato de ser um caso verdadeiro e de repercussão mundial.

No prefácio Harel, comenta que vários pormenores foram ocultos, porque devem permanecer secretos devido a natureza da operação. E as identidades que aparecem no livro são pseudônimos. O  único nome verdadeiro é o de Shalom Dani, que faleceu em 1963.
No início do livro existe uma mapa da casa aonde estava Eichmann na Argentina e uma listagem de todos que participaram da missão, com uma breve descrição da ação que tiveram na operação.

Comunicação do Primeiro-Ministro:
“Tenho a comunicar ao Knesset que, há pouco tempo atrás, um dos maiores criminosos nazistas foi encontrado pelo Serviços Secretos Israelenses: Adolf Eichmann, que foi responsável, juntamente com os chefes nazistas, por aquilo que chamaram a “Solução Final do Problema Judaíco”- isto é, o extermínio de seis milhões de judeus da Europa.
Adolf Eichmann já está preso em Israel e brevemente será levado a julgamento em Israel, de acordo com a Lei de Punição dos Nazistas e dos Colaboradores Nazistas, de 1950.”


“A notícia lampejou, do Knesset a toda nação israelense, aos torturados que haviam sobrevivido à fábrica de morte, aos desolados que haviam perdido tantos entes queridos. Aquela reafirmação do império da lei os encorajava e renovava sua fé na justiça.



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Tudo sobre o DL 2012





Objetivo:
Para o Nivel 1: 12 livros no ano 
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Entrando e Saindo da Estante - A Casa da Rua Garibaldi de Isser Haret

A Casa da Rua Garibaldi

Sinopse - A Casa da Rua Garibaldi - Isser Harel

Até hoje não contada, esta é a empolgante e verdadeira história da campanha que durou quinze anos para entregar Adolf Eichmann à justiça pelo único homem que conhece todos os seus detalhes secretos - o frio e dedicado profissional de que tudo dependia: Isser Harel. Executada em total sigilo e tendo de enfrentar toda a sorte de dificuldades, a "Operação Eichmann" é uma arrasadora batalha de nervos à medida que os caçadores acuam a presa. É uma visão assustadora e totalmente inesperada de como os agentes secretos realmente trabalham. 




A Casa da Rua Garibaldi
Isser Haret (Antigo chefe do Serviço Secreto de Israel)
A maior caçada humana da história.
A história até hoje não-contada da perseguição e captura de Adolf Eichmann – o criminoso da guerra nazista.
A caça: Adolf  Eichmann, o criminoso de guerra nazista.
O caçador: Isser Harel, chefe do Serviço Secreto de Israel.
Até hoje não contada, esta é a empolgante e verdadeira história da campanha que durou quinze anos para entregar Adolph a justiça pelo único homem que conhece todos os seus detalhes secretos- o frio e dedicado profissional de que tudo depende: Isser Harel
Executada em total sigilo e tendo de enfrentar toda a sorte de dificuldade a “Operação Eichmann” é uma arrasadora batalha de nervos a medida que os caçadores acuam o preso. È uma visão assustadora e totalmente inesperada de como os agentes secretos realmente trabalham.
Tão inesquecível quanto O Dossiê Odessa
Tão poderoso quanto O Dia do Chacal.


Resenha - A Descoberta do Amor de Jessica Hart

A Descoberta do AmorA Descoberta do Amor
                                                   Jessica Hart
                                                  Título Original: Contracted Corporate Wife
                                                   Harlequin Romance Edição 04
                                                   Nº de páginas: 216

Patrick Farr é perfeitamente feliz com sua vida de solteiro, rodeado por mulheres lindas e jovens. Se pelo menos ele as fizesse entender que nunca se casaria por amor... Até Louisa Dennison, uma assistente perfeita, mãe solteira de dois filhos muito exigentes aparecer em sua vida! Mas será que as tentativas deles de evitar o amor os levarão diretamente para o altar?  


Lou e Patrick estão jantando, já que estão impossibilitados pelo mau tempo de voltarem para casa. Os dois só se conhecem profissionalmente. Durante o jantar, bebem champanhe, e começam um papo mais pessoal e intimo.
Até que Lou diz que ela seria a esposa perfeita para ele. Ela teria como dar conforto e estabilidade aos filhos e ele teria uma companhia para cuidar do lado pessoal dele, assim como liberdade para sair com outras mulheres, sem ter que assumir um compromisso, já que estaria casado. E seriam apenas amigos, aproveitando os beneficios dessa união.

-Estive pensando sobre sua proposta- ele disse finalmente ao parar próximo à janela.
-Proposta> Qual proposta? 
Ele se virou e olhou para ela.
Lou ficou ruborizada. Patrick tinha que trazer isso à tona? Logo agora que ela já havia relaxado e pensava que aquele incidente estava esquecido.
- Eu não estava prestando atenção as coisas que eu dizia naquela noite-ela tentou fazer uma piada da situação - bebi champanhe demais.
-Você disse que eu deveria pensar em me casar com você-disse Patrick - E é isso que estive fazendo. Acho que você estava certa. Acho que devemos nos casar.

Se casam, e os dois vão notando, que não funciona do jeito planejado, notam que existe algo mais. Cada um fica na sua, para não comprometer a amizade entre eles.
Mas, a morte de sua tia, traz uma surpresa.
- Devo lhe dizer que você herdou uma soma substancial de dinheiro, Sra. Farr.
Não havia mais razão para o acordo entre eles.

Momento Hot:
"Entregando-se ao prazer, ao gosto e ao toque dele, ao seu cheiro, ela o beijou com força. Era maravilhoso só abraçar aquele corpo forte, sentir suas mãos deslizando sobre ela, quente e insistente sobre o material delicado do vestido, fazendo-a perder o fôlego de tanta excitação e ela tremia quando ele a beijava no pescoço."

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Leitura Hot

Objetivo:
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Saindo da Estante - A Descoberta do Amor de Jessica Hart

A Descoberta do Amor

Sinopse - A Descoberta do Amor - Harlequin Romance 4 ( Contrated: Corporated Wife ) - Jessica Hart

Patrick Farr é perfeitamente feliz com sua vida de solteiro, rodeado por mulheres lindas e jovens. Se pelo menos ele as fizesse entender que nunca se casaria por amor... Até Louisa Dennison, uma assistente perfeita, mãe solteira de dois filhos muito exigentes aparecer em sua vida! Mas será que as tentativas deles de evitar o amor os levarão diretamente para o altar?


Depois de ter ido tão longe, Patrick não sabia como proceder. Ele ficou de pé e andou de um lado para o outro no seu escritório, com as mão no bolso e a testa franzida.


-Estive pensando sobre sua proposta- ele disse finalmente ao parar próximo à janela.
-Proposta> Qual proposta? 
Ele se virou e olhou para ela.
Lou ficou ruborizada. Patrick tinha que trazer isso à tona? Logo agora que ela já havia relaxado e pensava que aquele incidente estava esquecido.

29 maio 2012

Resenha- Hamlet-Príncipe da Dinamarca


Hamlet- Príncipe da Dinamarca
William Shakespeare
Título original: The tragedy of Hamlet, prince of Denmark
Tradução de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros e Oscar Mendes
Sinopses, Dados Históricos e Notas de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros
Círculo do Livro e EditoraNova Cultural Ltda
São Paulo-1993
129 páginas.


Dados Históricos
O mito de Hamlet é antiquissimo na legenda escandinava. Foi um dinamarquês no século XII, Saxo Grammatieus, que contou a história de Hamlet, no terceiro livro de sua compilação História Danica. François de Belleforest (1530-1583) publica suas Histoires Tragiques em 1576, entre as quais figura a história de Hamlet. Belleforest serve de base para Shakespeare, segundo tudo faz presumir. Similaridades de estrutura e de estilo fazem supor que Thomas Kyd muito contribuiu para o Hamlet do grande poeta e é bem provável que o primitivo trabalho de Kyd (hoje desaparecido) servisse para a composição da peça atual. Há três versões conhecidas desta peça. Os textos hoje usados são, geralmente baseados no Folio I e no Quarto II.
Esta peça foi registrada no Stationer`s Register, a 26 de julho de 1602, e impressa em 1603. Acredita-se que a data de composição fique entre 1601 e 1602.

Personagens:
Claúdio, rei da Dinamarca
Hamlet, filho do falecido rei e sobrinho do atual
Fortimbrás, príncipe da Noruega
Horácio, amigo de Hamlet
Polônio, lorde camarista
Laertes, filho de Polônio
Voltimand, Cornélio, Rosencrantz, Guildenstern, Osric, Um Gentil-Homem, Um Sacerdote, cortesãos
Marcelo, Bernardo- Oficiais
Francisco, Soldado
Reinaldo, servidor de Polônio
Um Capitão
Embaixadores Ingleses
Atores
Dois campônios, coveiros
Gertrudes, rainha da Dinamarca e mãe de Hamlet
Ofélia, filha de Polônio
Espectro do pai de Hamlet
Senhores, Damas, Oficiais, Soldados, Marinheiros, Mensageiros e outros servidores
Cena: Elsenor

Gostei bastante da história. Antes tinha lido, Noite de Reis (comédia) e Romeu e Julieta (tragédia) e esta é  também uma tragédia. Das três, prefiro Hamlet. Em Noite de Reis não senti nenhuma comédia, Romeu e Julieta uma história tão batida, não me empolgou a leitura. Já em Hamlet, houve o elemento surpresa, não conhecia a história, apesar da tão famosa frase: Ser ou não ser, eis a questão. Adorei o espectro logo no inicio da história, acho que foi isso que me encantou.
Bem, temos que considerar, que a época que foram escritas a forma de narrar era bem diferente do nosso tempo. Uma linguagem mais rebuscada e, na verdade, estamos lendo uma tradução, o que depende de cada tradutor colocar a sua interpretação.

O fantasma do  pai de Hamlet surgi para reclamar vingança e Hamlet fica sabendo que o causador da morte de seu pai, foi seu próprio tio Claudio, que agora é seu padastro.
Passa-se por louco e desisti de seu amor por Ofélia, para poder planejar a sua vingança.
O rei suspeita da loucura de Hamlet e acha melhor mandar matá-lo. Na sua viagem para Inglaterra, o navio foi atacado por piratas. Hamlet oferece dinheiro para levá-lo de volta.
Ofélia, enloquecida com a morte do pai, Polônio, se suicida.
Hamlet e Laertes ficam sabendo da morte de Ofélia. O rei aproveita a dor de Laertes para confessar que Hamlet matara Polônio, e assim tentar mais uma vez matá-lo, convencendo Laerte duelar com Hamlet.
Laerte usa um florete envenenado e o rei coloca veneno no vinho para garantir a morte de Hamlet
Conclusão: Laerte fere Hamlet com florete envenenado e então trocam de armas, agora é a vez de Hamlet ferir Laerte. A rainha para comemorar bebe do vinho. Tanto a rainha como Laertes antes de morrerem confessam que foi rei o causador de toda aquela tragédia. Hamlet fere o rei com o mesmo florete.
Conclusão: Todos morrem e fica apenas o seu amigo Horácio para contar a história para prosperidade..
É ganância pelo poder não leva a lugar nenhum.
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Entrando e Saindo da Estante - Hamlet de William Shakespeare


Porque Entrando e Saindo da Estante?
São livros que peguei emprestado na biblioteca ou de alguma pessoa.




Hamlet-Príncipe da Dinamarca
William Shakespeare
Título original: The trageds of Hamlet, prince of Denmark
Sinopse de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros
Círculo do Livro e Editora Nova Cultural Ltda
São Paulo-1993
129 páginas


Sinopse (F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros)

A morte do rei da Dinamarca faz que o Príncipe Hamlet deixe os estudos na Universidade de Wittenberg e volte para Elsenor, onde residia a Corte. O príncipe fica ainda mais entristecido vendo a pressa que sua mãe teve para casar-se com o tio, Claúdio, que se apossara do trono e que está lutando para que o príncipe norueguês, Fortimbrás, não invada a Dinamarca com a finalidade de reaver o território que o pai perdera, quando fora morto em batalha com o falecido rei. Claúdio consente que Laertes,, filho de Polônio, volte para a Universidade de Paris, mas ordena que Hamlet   permaneça na corte dinamarquesa. O príncipe tem como únicos confidentes seu amigo Horácio e Ofélia, filha de Polônio, a quem ele ama, mas que prometera ao pai não se casar com Hamlet. Horácio e dois oficiais vêm dizer a Hamlet que o espectro do falecido rei estava aparecendo nas ameias do castelo e, num terrificante encontro com o espectro, acaba conhecendo a dolorosa verdade: o tio matara o pai e ele próprio está obrigado a vingar o assassinato.
Hamlet finge estar louco e Polônio pensa que a insanidade tenha por causa o fato de ter Ofélia rejeitado sua proposta de amor. O rei, entretanto, não se deixa enganar e manda, que Rosenerantz e Guildnstern vigiem o príncipe e descubram a verdade. Hamlet resolve surpreender o rei, fazendo que uma companhia de atores itenerantes represente em sua presença uma peça contendo episódios que se parecem com o da morte do rei, seu pai. Enquanto isto, o rei recebe a promessa de Fortimbrás de que não invadirá a Dinamarca, mas dá-lhe a permissão para atravessar o território dinamarquês, a fim de invadir a Polônia.
Rosenerantz, Guildenstern e o lorde camarista não conseguem descobrir a causa da loucura de Hamlet e, por este motivo, Claúdio resolve enviá-lo para a Inglaterra com os dois espiões. A peça apresentada ao rei causa-lhe tal pertubação que ele abandona a sala do espetáculo. Hamlet fica convencido de que o tio é criminoso, mas não tem coragem de matá-lo, quando encontra o rei em oração. Quase imediatamente depois, quando a Rainha Gertrudes está censurando o filho pela sua conduta, ele se vira contra ela. A rainha clama por socorro e Hamlet, acreditando que atrás da cortina estivesse o rei, enterra a espada em alguém que, afinal, não passava de Polônio. O espectro aparece a Hamlet, mas não à rainha, que fica convencida da loucura do filho, que a persuade a nunca mais se colocar contra ele.
A partida de Hamlet para a Inglaterra é apressada com a morte de Polônio. Ele foge a bordo de um navio pirata e, voltando à Dinamarca, manda cartas de sua chegada para Horácio e para o rei. Enquanto isto, a morte e o enterramento secreto de Polônio levam Ofélia à loucura, despertando o desejo de vingança no filho de Polônio que invade o castelo, a fim de satisfazer o ódio que sentia. Claúdio mostra a Laertes que o culpado era Hamlet e os dois resolvem matar o príncipe. O suícido
de Ofélia faz aumentar ainda mais os propósitos criminosos de Laertes.
No enterro de Ofélia, Hamlet e Laertes brigam, sendo separados com dificuldade pelos assistentes. Mais tarde, Hamlet revela a Horácio que no navio ele roubara dos dois espiões ordens seladas, segundo as quais deveria ser morto pelas mãos dos ingleses e as substituira por outras em que era ordenada a morte de Rosenerantz e de Guildenstern. Quando chega o desafio de Laertes, Hamlet vê que a dor de Laertes era semelhante à sua, mas concorda na presença da corte. Laertes fere Hamlet com o florete envenenado e, durante a luta, trocam as armas e o príncipe fere Laertes. Bebendo pelo bom êxito do filho, a rainha bebe o vinho envenenado que Claudio prepara para Hamlet. Quando estão morrendo, Gertrudes e Laertes revelam a vilania do monarca e Hamlet mata o monstro com o florete envenenado. Das mãos de Horácio, arranca a taça envenenada, pedindo ao amigo que viva para limpar-lhe o nome. Enquanto Hamlet está morrendo, os embaixadores ingleses chegam trazendo a notícia da execução dos espiões e Fortimbrás, de volta à Noruega, vindo da Polônia, chega para reinvidicar o reino e restaurar a ordem perdida.  

O Prazer da Leitura - O Chamado da Selva

O Chamado da Selva

O Chamado da Selva

Nas bancas 25 de maio

Jack London conheceu a importância dos cães quando ele e seu cunhado foram ao Alasca procurar ouro.
Viu uma oportunidade de ter sucesso escrevendo, ao saber que um livro sobre cães de Everton Young tivera ampla aceitação da parte do público.
Começou, então, a escrever “O Chamado da Selva”. É lindo ver Buck, um cão acostumado a todos os confortos, descobrir que precisa voltar às suas origens. Ele passa por duras aventuras e martírios com os homens, até encontrar John Thornton, onde surge uma amizade permeada por amor e respeito entre ambos. Buck, tenta se esquivar de brigas e confrontos, contudo, no fim, aceita que sua escolha se reduz a matar ou morrer.
Este livro, por seu realismo, força e empatia, encanta com as aventuras, as relações entre homem e cães,e deixará você pensativo com o final.

28 maio 2012

O Prazer da Leitura - Robin Hood

Robin Hood

Robin Hood

Nas bancas 18 de maio

A partir do início do século XII, menestréis já contavam as façanhas de Robin Hood, o corajoso e ousado arqueiro que tirava dos ricos perversos e doava aos menos afortunados. Cada aventura contada era como um capítulo de um livro. Se Robin realmente existiu, não se sabe, nem existem provas. Mas e os menestréis? Eles existiram, assim como suas canções, e neles grandes autores se inspiraram. Com a antologia das letras, cada um elaborou seu próprio conto.
Howard Pyle se destacou como o autor que melhor conseguiu “captar” o espírito aventureiro de Robin Hood.
Leia, aprecie e veja como o Bem sempre se sobrepõe ao Mal.
A história de Robin Hood é para aqueles que admiram os que lutam pela justiça e tem amor à liberdade. Um livro para ser lido e relido em todas as fases da vida.

27 maio 2012

O Prazer da Leitura - Oliver Twist

Oliver Twist

Oliver Twist

Nas bancas 11 de maio

Oliver Twist é uma belíssima história que fala sobre a capacidade humana de superar as grandes dificuldades que a vida nos impõe. Mostra também até que ponto o homem pode chegar, prejudicando o próximo em benefício próprio.
Charles Dickens, com sua extraordinária capacidade descritiva, retrata a situação reinante na Londres de 1840.
Em plena Era Vitoriana, Dickens combina imaginação, narração, humor e ironia, numa ácida crítica social dos valores éticos e morais reinantes. Deste cenário emerge Oliver, um menino bom e íntegro.
O livro com personagens marcantes, cada um procurando seu lugar de destaque, lida com situações de sobrevivência, num enredo fascinante. Vibre com Oliver, um menino que, apesar das situações difíceis que enfrenta, permanece sempre puro com uma alma branca como a neve.

26 maio 2012

O Prazer da Leitura - Beleza Negra

Beleza Negra


Beleza Negra

Nas bancas 04 de maio

Foi necessária a sensibilidade de uma jovem adoentada, amante de cavalos, para captar a percepção, bondade e fidelidade dos equinos.
Em um dos mais célebres livros jamais escritos sobre cavalos, narrada pelo próprio cavalo, esta história sensibilizará até aos mais céticos. Foi no fim de sua curta vida que a autora escreveu este único livro. Ele transmite magistralmente, com perfeição e ternura, os dotes dos cavalos, a inteligência, sentimento, memória, sofrimento e alegria.
Compartilhe com o cavalo Beleza Negra sua paciência com o ser humano, assim como a sua intolerância com o abuso. Apaixone-se por esta linda raça, cuja amizade e companheirismo têm sido essenciais ao homem. Sem ele no trabalho, no transporte, na luta e na diversão, o homem não poderia ter conseguido todos seus feitos nos 2000 anos de civilização.

25 maio 2012

O Prazer da Leitura - A Letra Escarlate

A Letra Escarlate

A Letra Escarlate

Nas bancas 27 de abril

Fim do século XVII na cidade portuária de Salem, Massachusetts (EUA).
Uma sociedade puritana, intolerante e hipócrita vive seu dia a dia.
Em uma história, que enaltece a coragem e o amor eterno, a jovem Hester Prynne nos conquista. Com humildade, compreensão, mas determinada, ela dá à luz, cria e educa sua filha Pearl. Ensina a todos os personagens, e ao leitor o que é viver.
A letra “A” Escarlate, considerada um estigma pela sociedade puritana, se transforma, em Hester, em um símbolo de orgulho. Ela lida igualmente com os poderosos e os fracos, com doçura tornando-se uma heroína para todos nós.

24 maio 2012

O Prazer da Leitura - Viagens de Gulliver

Viagens de Gulliver

Viagens de Gulliver

Nas bancas 20 de abril

Como conseguir criticar o rei, a sociedade, o ser humano, em 1700, sem acabar na cadeia? Com imaginação e destreza, Jonathan Swift tece As Viagens de Gulliver.
Swift constrói uma fábula que satiriza e critica alguns dos pontos mais negativos da política, da religião, da ciência, enfim do ser humano.
Com muito humor e fantasia, as viagens do médicocirurgião Lemuel Gulliver, vai lhe entreter, fazer você refletir com introspecção, e demonstrar como o ser humano não mudou desde então. A mensagem transmitida nesta história continua válida para o mundo de hoje!
Presencie nas páginas deste livro um instigante casamento entre a imaginação e a razão. Embarque com Gulliver

23 maio 2012

O Prazer da Leitura - O Retrato de Dorian Gray

O Retrato de Dorian Gray


O Retrato de Dorian Gray

Nas bancas 13 de abril

Oscar Wilde, brilhante autor e poeta inglês do final do século XIX, encontra uma forma totalmente inusitada para tecer sua obra. Nela, uma luta constante entre o Bem e o Mal é travada.
Dorian, o personagem central, é uma criatura de beleza única, contudo sua natureza íntima é continuamente corrompida pela busca dos prazeres mundanos. Ele quase reencarna o mitológico Narciso, que olha seu reflexo na água e se acha maravilhoso.
O retrato de Dorian, pintado pelo artista Basil Howard, incorpora sua verdadeira natureza. Assim, Oscar Wilde consegue criticar a decadente sociedade inglesa, onde as aparências refinadas guardam um universo de intrigas, traições e falsidades.
Leia, sinta, vibre e veja como as aparências enganam... porém os retratos, não!


18 maio 2012

Outras Estantes - Uma realidade perturbante



Dois novos livros
Gonçalo M. Tavares: Uma realidade perturbante
Gonçalo M. Tavares faz parte daquele reduzidíssimo grupo de escritores que alia uma magnífica prosa a uma estonteante produção de escrita. A publicação em simultâneo de dois livros do autor não constitui, por isso, novidade. O que surpreende é a sempre renovada capacidade de, através da sua escrita, interpelar os leitores. Short Movies e Canções Mexicanas, os seus dois mais recentes livros, são disso prova.

Agripina Carriço Vieira
14:07 Quinta feira, 12 de Abr de 2012


Gonçalo M. Tavares faz parte daquele reduzidíssimo grupo de escritores que alia uma magnífica prosa a uma estonteante produção de escrita. A publicação em simultâneo de dois livros do autor não constitui, por isso, novidade. O que surpreende é a sempre renovada capacidade de, através da sua escrita, interpelar os leitores. Short Movies e Canções Mexicanas, os seus dois mais recentes livros, são disso prova. Sem designação genérica o primeiro, com o rótulo "Ficção" o segundo, estamos perante textos de difícil ou impossível classificação, porque de género indefinido, que oscilam entre os registos da crónica, do conto, do ensaio ou do guião, sem nunca obedecerem totalmente às convenções dos diferentes géneros.

Short Movies e Canções Mexicanas são antes de mais uma tomada de consciência do prazer do contador de histórias, que em traços sóbrios e contidos (textos há que não ultrapassam a dezena de linhas) nos revelam um mundo marcado pela violência gratuita, por ameaças brutais, por atitudes e acontecimentos absurdos. Cada história capta fragmentos de um quotidiano, suficientemente costumeiro para o reconhecermos como nosso, mas que se distancia quando mediado pela cáustica voz e irónico olhar do contador. O distanciamento assim criado obriga-nos, no final de cada história, a uma paragem, porque não se passa impunemente por um texto de Gonçalo M. Tavares, lê-lo tem consequências. As suas ficções desnudam uma realidade que perturba a nossa visão da existência humana e desafiam a nossa reflexão.A lente da câmara, estratégia retórica escolhida pelo autor que deste modo assinala através de um objeto concreto o distanciamento da observação que os seus textos refletem, capta acontecimentos anódinos, sem qualquer excecionalidade, que subitamente deixam de o ser: o menino que posa para uma fotografia em vez de ajudar a extinguir um incêndio; um homem que não regressa ao carro depois de o ter abastecido de combustível; a presença de mulheres a arranjarem o cabelo num cenário de total destruição. É através desse olhar da câmara de filmar, pretensamente neutro, que nos dá a ver um mundo perturbado e perturbador, que impiedosamente nos questiona. Como ficar indiferente à demonstração que a velhice não faz perder a vontade de matar, ou que qualquer pessoa pode adotar uma atitude e o seu inverso (ser agredido e agressor, vítima e carrasco), ou ainda que o perigo pode advir de sentimentos tão paradoxais quanto a arrogância (que impede a assunção dos nossos medos) ou a amizade (inimiga da vigilância e da cautela).

Mais do que quadros do quotidiano, cada texto surge antes como retratos de parcelas de algo mais vasto e abrangente que raramente nos é desvendado. A incapacidade de apreensão e entendimento dos acontecimentos que daí advém, presente em todos os textos (embora em níveis diferentes) é, não raras vezes, verbalizada pelo narrador, que nos explica: "E porque continuamos apenas a ver o rosto, não sabemos o que aconteceu" ou "Com o tamanho daquele espelho a mulher não consegue ver o seu rosto na totalidade, precisa de ajuda para isso". A ajuda de que a mulher ao espelho precisa é extensiva ao leitor que também ele se vê impossibilitado de perceber o que lhe é apresentado devido à proximidade da observação. Apenas quando "o plano se abre" é que algumas das situações ou atitudes que nos pareciam absurdas ou inexplicáveis ganham sentido. Quando a lenta da objetiva se afasta, percebemos porque é que nenhum taxista responde ao chamamento da elegante mulher, ou os motivos pelos quais um homem com uma máscara de gás gesticula de modo ridículo, ou ainda o porquê da fotografia do rosto de Hitler colada numa parede estar cravada de buracos.

É com uma interpelação ao leitor que se fecha este conjunto de curtas narrativas, convidando-nos o narrador a refletir acerca da atitude de aparente loucura de uma personagem que sem motivo aparente corre sozinho em redor de uma mesa. E pergunta-nos o narrador: "E tu, por exemplo, se estivesses na mesma situação - a correr como um louco em redor de uma mesa - também não estarias assustado?", sugerindo deste modo que o perigo mais temível não é físico mas imaterial.

Ao contrário da sua anterior produção que se caracteriza por uma ostensiva indeterminação espacial e temporal, Canções Mexicanas leva-nos numa alucinante viagem até à cidade do México. Se nesses romances a não identificação se constituía como uma outra forma de expressar o sentimento de estranheza que habita grande parte das suas personagens, verificamos que este não só se mantém como se agudiza em textos ancorados numa realidade nacional concreta e definida. Com efeito, nas canções que Gonçalo M. Tavares nos oferece, circunscrevendo-se à observação e descrição de espaços conhecidos e reconhecíveis, perpassa uma intensa sensação de estranhamento. Todos os textos são percorridos por um acrescentado sentimento de incompreensão, aquele que invade o viajante europeu ao percorrer as ruas e as praças da cidade do México e que é resumido de modo lapidar no comentário daquele pai que educa o filho à estalada: "Tu vieste de fora e não entendes nada". A sensação de estranhamento perante a cultura do outro, de que a efabulação dá conta, estende-se ainda ao discurso que surge pespontado por expressões ou vocábulos que não respeitam as convenções gramaticais (nomes próprios grafados ora com maiúscula ora com minúscula; textos que não se fecham graficamente). O turista imprudente ou inadvertido é levado numa espiral de loucura e delírio: o delírio provocado pelo mezcal, que distorce a realidade e cria "um redemoinho em cima da cabeça", o delírio da tarantela, essa dança frenética que salva o viajante da morte, mas também o delírio da brutalidade e da violência que a todos envolvem.

Gonçalo M. Tavares dá-nos a conhecer um mundo de loucura que está para além do racional, povoado por seres estranhos: uma prostituta que obriga os clientes, antes de qualquer ato, a beijar um crucifixo, uma menina que exige a esmola aos transeuntes, um polícia que em vez de desenhar os contornos de um corpo sem vida cria intermináveis representações figurativas. Short Movies e Canções Mexicanas revelam-nos um mundo fragmentado e às avessas, que inquieta e desafia o leitor, fazendo apelo ao seu imaginário para a perceção de cada personagem, de cada situação, de cada espaço.
Gonçalo M. Tavares
CANÇÕES MEXICANAS
Relógio D'Água, 96 pp, 14 euros
SHORT MOVIES
Caminho, 160 pp, 11,90 euros 


Fonte: JL

15 maio 2012

Paris recebe 14º Festival de Cinema Brasileiro de Paris



Por Andréia Silva 

Quem estiver na capital francesa entre os dias 9 e 22 e maio vai poder conferir o Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que este ano chega à 14ª edição. O evento é produzido pela Associação Jangada, da carioca Katia Adler.
 
Este ano, participarão 29 obras, entre documentários e ficções, que disputam o prêmio de Melhor Filme, eleito por voto popular. Há ainda a mostra retrospectiva RioFilme 20 Anos e uma homenagem ao cineasta francês Claude Santiago.
 
Capitães da Areia, adaptado do livro homônimo de Jorge Amado, abre o festival. O escritor viveu por muitos anos em Paris nos anos 70, em exílio, e é o segundo autor brasileiro mais lido na França (o primeiro é Paulo Coelho). A sessão terá a presença da diretora, Cecília Amado, neta de Jorge, que este ano completaria 100 anos.
 
Rio Anos 70, de Maurício Branco e Patricia Faloppa, fará sua première no festival no dia 18 de maio. O documentário mostra o glamour dos anos 1970 no Rio de Janeiro, bem na época da disco music, quando a francesa Régine Choukroun desembarcou na cidade e abriu a boate Régine’s, no subsolo do Hotel Méridien.
 
Já badalados e elogiados no Brasil, dois documentários musicais também integram a programação do festival: Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt, que será exibido no dia 15 de maio, com a presença de Bial; e Raul: O Início, o Fim e o Meio, de Walter Carvalho e Eduardo Mocarzel, que encerra o evento, no dia 22.

Será exibido ainda, no dia 17, o documentário Marcelo Yuka, no Caminho das Setas, com a presença da diretora Daniela Broitman.
 
Entre as ficções, um dos filmes mais aguardados este ano é Corações Sujos, de Vicente Amorim, inédito no circuito comercial do Brasil. Com renomados atores japoneses como Tsuyoshi Ihara (Cartas de Iwo Jima, de Clint Eastwood) e Sugata Shun (Kill Bill e O Último Samurai), o longa conta a história de um imigrante cuja vida foi virada de cabeça para baixo.

O festival também faz uma homenagem ao cineasta francês Claude Santiago, falecido em janeiro deste ano, que retratou, entre vários documentários, os brasileiros Carlinhos Brown e Tom Zé – dois filmes que serão exibidos na mostra comemorativa.
 
Além da mostra de filmes, haverá uma exposição inédita de fotos e vídeos da Rocinha, produzida pela organizadora do evento, Katia Adler, e um debate entre moradores da "banlieue" parisiense e jovens da periferia do Rio.

Fonte:Saraiva Conteúdo
 
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