Vingança de vampiro serve-se muito morna
Hollywood acaba de pôr termo a uma das suas mais recentes ‘galinhas de
ovos de ouro’: antes do regresso às telas das aventuras passadas na ‘Terra
Média’, o fim de ano fica desde já marcado pela conclusão da saga literária
‘Twilight’, de Stephenie Meyer, com a segunda parte de ‘Amanhecer’, que chega
hoje às salas portuguesas com pompa e circunstância.
O êxito mede-se sobretudo por números: se o primeiro ‘Crepúsculo’,
rodado em 2008, custou 30 milhões de euros, este derradeiro episódio teve um
orçamento acima dos cem milhões e mais efeitos especiais por plano do que nunca
antes. O que se percebe: se a primeira parte de ‘Amanhecer’, gravada em
simultâneo com esta, se centrava no casamento, lua-de-mel e parto problemático
de ‘Bella’ (Kristen Stewart), agora é tempo de ajustar contas, preparar uma
vingança e a protagonista descobre o que é ser-se imortal.
‘Amanhecer – Parte 2’ começa precisamente com uma nova imagem de
‘Bella’, vampira que tem de (re)aprender os limites e a sentir-se feliz com os
novos poderes. É ela até mais ‘viril’ do que um apagado (e de sorriso amarelo
frequente) ‘Edward’ (Robert Pattinson). Outra novidade é o nascimento de
‘Renesmee’, a menina meio-humana meio- -imortal, que põe à prova as convicções
dos vampiros e espevita a raiva do clã Volturi.
Mas a obra dirigida sem chama por Bill Condon não perde tempo e segue de
forma atabalhoada para a batalha final que une vampiros com lobos e que tem um
‘twist’ quase insultuoso para quem suportar longas dezenas de minutos de uma
batalha rica em... decapitações.
Carregada de efeitos digitais – até ‘Renesmee’ é vista em bebé com
traços artificiais! –, a saga fecha sem fôlego e apenas os fãs vão apreciar
esta vingança em paisagens geladas. Que é muito morna para todos os outros...
MILIONÁRIA A PARTIR DE UM SONHO
Como nos contos de fadas, tudo começou num sonho: a 2 de Junho de 2003,
a americana Stephenie Meyer, formada em língua inglesa e muito religiosa, viu
no sono um vampiro com sede de sangue por uma mulher, mas que esconde a
natureza imortal em nome do amor. Daí nasceu ‘Crepúsculo’, arranque da saga
juvenil que rendeu mais milhões desde que J.K. Rowling criou ‘Harry Potter’.
Seguiram--se quatro outros livros, a produção dos filmes e um salário estimado
em, pelo menos, 31 milhões de euros por ano. Hoje, aos 38 anos, a mulher
natural de Hartford é uma das mais poderosas do ramo e aí parece querer ficar:
a propósito deste novo filme, Stephenie Meyer já deu a entender que novas
aventuras podem vir a caminho.
AMOR COM POLÉMICA SE PAGA
Os fãs suspiraram com a notícia: o par ‘Bella’ e ‘Edward’ transpôs-se
há três anos para a vida real, com Kristen Stewart e Robert Pattinson a
cederem ao romance nos bastidores de ‘Twilight’. O amor pareceu sério e
duradouro mesmo quando ambos avançaram avançaram para novos projectos: ele
fez o filme ‘Cosmópolis’, produzido por Paulo Branco; ela voltou a ser
heroína de acção em ‘A Branca de Neve e o Caçador’. A polémica surgiu aí:
Kristen Stewart foi fotografada aos beijos, em cenas íntimas, com o
realizador deste filme, Rupert Sanders, e as imagens correram Mundo. Teve de
assumir a traição e Pattinson acabou tudo. Até agora: nesta semana
mostraram-se felizes na promoção deste derradeiro capítulo.
Fonte Correio da Manhã
Por:Rui Pedro Vieira
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