13 junho 2011

Disputa pela chefia do FMI tem três candidatos

Além da francesa Christine Lagarde e do mexicano Agustín Carstens, o presidente do Banco Central de Israel, Stanley Fischer, candidatou-se ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional.

 
A disputa pelo cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) chega à reta final com três candidatos. O presidente do Banco Central de Israel, Stanley Fischer, também quer concorrer ao antigo posto do francês Dominique Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo após acusações de tentativa de estupro nos Estados Unidos.
No sábado (11/06), o ministro das Finanças de Israel, Juval Steinitz, confirmou a candidatura de Fischer, que concorre agora com a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, e com o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, ao cargo anteriormente ocupado por Strauss-Kahn.
As candidaturas para a sucessão de Strauss-Kahn na chefia do FMI deveriam ser entregues até a meia-noite de sexta-feira na sede do órgão em Washington. O Fundo Monetário Internacional deverá divulgar oficialmente o nome dos candidatos a partir da próxima semana. Até o final de junho, o conselho executivo do FMI deverá tomar uma decisão.
Problema de idade
Fischer disse, em comunicado citado pela agência de notícias AFP, que apresentar-se à chefia do FMI é uma oportunidade única, não planejada e que chega apenas uma vez na vida. O mais novo candidato defendeu que pode dar uma contribuição para o FMI e para a economia mundial neste período pós-crise.
Para o ministro israelense das Finanças, Fischer nasceu para o cargo. Um dos problemas da candidatura, no entanto, é a idade do candidato. Fischer, que chegou a ser vice-diretor-gerente do FMI entre 1994 e 2001, está com 67 anos.
Segundo os estatutos do FMI, qualquer candidato com mais de 65 anos de idade deve ser rejeitado. Segundo o portal israelense Ynet, a liderança do FMI deverá discutir o assunto em breve.
Tradição corrente

A candidata francesa, no entanto, é considerada a favorita ao cargo. O apoio dos europeus a Lagarde parece certo, também os países africanos estão aparentemente unidos no apoio à francesa. Principalmente a Índia e a China ainda não assumiram uma posição. Acionista majoritário, os Estados Unidos também não se manifestaram oficialmente, apesar da secretária de Estado Hillary Clinton ter declarado simpatia pela candidatura de Lagarde.

Segundo a tradição corrente, o FMI é comandado por um europeu, enquanto o chefe do Banco Mundial é sempre um norte-americano. Principalmente as economias emergentes da Ásia e da América Latina se opõem cada vez mais a essa regra.
Ciberataque
Na crise financeira internacional, o FMI se tornou um dos mais importantes órgãos de ajuda a países endividados. A instituição exerce um importante papel na superação da crise do euro, coordenando os programas de resgate de Portugal, Grécia e Irlanda.
Além de ter que providenciar um novo diretor-gerente, o órgão, que detém uma informação vasta e sensível sobre a situação financeira de muitos países, foi alvo de um ataque informático recente, escreveu o jornal The New York Times neste sábado.
Segundo o diário, o ciberataque foi revelado em informação interna do FMI que circulou na última quarta-feira e foi considerado complexo e de dimensões ainda desconhecidas.
Segundo um funcionário do FMI, o ataque ocorreu ao longo de muitos meses. David Hawley, porta-voz do Fundo, disse que o incidente está sendo investigado e que a instituição funciona plenamente.
CA/dpa/rtr/afp/lusa
Revisão: Alexandre Schossler

O que você acha da tradição de um europeu ocupar a chefia do FMI?

Retalhos no Mundo:
É uma tradição que deve ser modificada aos poucos, com uma boa analise dos candidatos de países emergentes.

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