24 março 2014

Dicas Literárias: Especial- Mulher (7)

Princesa

Princesa - A história real da vida das mulheres árabes por trás de seus negros véus. - Jean P. Sasson

Casamento forçado, mutilações e violências sexuais, execução pública por apedrejamento ou confinamento pela família, censura, proibição de dirigir, de viajar ou mostrar o rosto - estas são apenas algumas formas de opressão com que as mulheres muçulmanas ainda são tiranizadas no Oriente Médio. Num depoimento contundente, uma autêntica princesa da Casa Real Saldita revela, sob risco de vida, a intimidade dessa terra fechada, onde o respeito aos direitos e à qualidade de vida das mulheres continua lhes sendo negado. Uma terra onde ainda imperam os homens, o sexo e o dinheiro.
Mulheres

Mulheres - Philippe Sollers

Quem fala aqui na primeira pessoa? Um jornalista americano que veio a Paris. Ele e o autor são amigos, seu diálogo cúmplice e descontraindo é o centro da narrativa. As mulheres? Kate, jornalista política, francesa. Cyd, uma inglesa que vive em Nova York e trabalha na televisão. Flora, uma anarquista espanhola apaixonada por intriga "revolucionária". Bernadette, uma dirigente feminista. Ysia, uma estranha chinesa adida da embaixada. Louise, ciavecinista. Deborah, a mulher do narrador. E algumas outras.. Leitor, segure-se, este livro é ousado. Note bem, não vai se entediar no caminho. Encontrará detalhes, cores, cenas que beiram a confusão, a hipnose, a psicologia..;
Meu nome é Salma

 Meu nome é Salma - Um romance de amor proibido, honra violada e exílio - Fadia Faqir

Salma engravidou na adolescência, foi ameaçada de morte e lhe tiraram a filha. Nem um novo começo, na Inglaterra, conseguiu calar os gritos que ecoavam em sua mente. Ela partiu para buscar seu bebê, seu passado. E isso pode mudar tudo. Ou nada.

O terceiro romance da escritora anglo-jordaniana Fadia Faqir, "Meu nome é Salma", foi muito bem recebido pela crítica francesa, mas praticamente ignorado pela mídia da Inglaterra, onde mora a autora, casada com o inglês Dean Torok. Compreensível. Fadia é extremamente crítica com os ingleses e tem lá suas razões. Seu irmão foi agredido na rua no ano passado e ainda se recupera desse traiçoeiro ataque racista. Não bastasse, Fadia ainda comprou uma briga pelos jornais com o escritor Martin Amis, a quem acusa de incitar a violência contra muçulmanos na Inglaterra por conta de seus discursos inflamados contra o Islã.
Dividida entre dois mundos, Fadia tenta se equilibrar no tênue fio do humanismo, escrevendo romances sobre o conflito de ter a cabeça no Ocidente e o coração no Oriente, como em "Meu nome é Salma", história de uma garota de origem árabe que engravida antes do casamento. Aprisionada, Salma fica sem a filha e consegue fugir para a Inglaterra, onde se casa com um inglês. A viagem de volta a terra, porém, é inevitável. A despeito das semelhanças entre a vida da escritora e sua personagem, Fadia jura não se tratar de um relato autobiográfico.



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4 comentários:

  1. Acabei de ler "Meu Nome é Salma". Adorei o livro, muito realista, tocante e cheio de nuance. Quero ler mais livros da aurora.

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  2. Recomendo também, "a Face oculta de Eva" da autora Nawal El Saadawi. Perfeito, para entender melhor a mulher no mundo árabe

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  3. Recomendo também, "a Face oculta de Eva" da autora Nawal El Saadawi. Perfeito, para entender melhor a mulher no mundo árabe

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  4. Acabei de ler "Meu Nome é Salma". Adorei o livro, muito realista, tocante e cheio de nuance. Quero ler mais livros da aurora.

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