Por Andréia Silva
Quem estiver na capital francesa entre os dias 9 e 22 e maio vai poder conferir o Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que este ano chega à 14ª edição. O evento é produzido pela Associação Jangada, da carioca Katia Adler.
Este ano, participarão 29 obras, entre documentários e ficções, que disputam o prêmio de Melhor Filme, eleito por voto popular. Há ainda a mostra retrospectiva RioFilme 20 Anos e uma homenagem ao cineasta francês Claude Santiago.
Capitães da Areia, adaptado do livro homônimo de Jorge Amado, abre o festival. O escritor viveu por muitos anos em Paris nos anos 70, em exílio, e é o segundo autor brasileiro mais lido na França (o primeiro é Paulo Coelho). A sessão terá a presença da diretora, Cecília Amado, neta de Jorge, que este ano completaria 100 anos.
Rio Anos 70, de Maurício Branco e Patricia Faloppa, fará sua première no festival no dia 18 de maio. O documentário mostra o glamour dos anos 1970 no Rio de Janeiro, bem na época da disco music, quando a francesa Régine Choukroun desembarcou na cidade e abriu a boate Régine’s, no subsolo do Hotel Méridien.
Já badalados e elogiados no Brasil, dois documentários musicais também integram a programação do festival: Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt, que será exibido no dia 15 de maio, com a presença de Bial; e Raul: O Início, o Fim e o Meio, de Walter Carvalho e Eduardo Mocarzel, que encerra o evento, no dia 22.
Será exibido ainda, no dia 17, o documentário Marcelo Yuka, no Caminho das Setas, com a presença da diretora Daniela Broitman.
Entre as ficções, um dos filmes mais aguardados este ano é Corações Sujos, de Vicente Amorim, inédito no circuito comercial do Brasil. Com renomados atores japoneses como Tsuyoshi Ihara (Cartas de Iwo Jima, de Clint Eastwood) e Sugata Shun (Kill Bill e O Último Samurai), o longa conta a história de um imigrante cuja vida foi virada de cabeça para baixo.
O festival também faz uma homenagem ao cineasta francês Claude Santiago, falecido em janeiro deste ano, que retratou, entre vários documentários, os brasileiros Carlinhos Brown e Tom Zé – dois filmes que serão exibidos na mostra comemorativa.
Além da mostra de filmes, haverá uma exposição inédita de fotos e vídeos da Rocinha, produzida pela organizadora do evento, Katia Adler, e um debate entre moradores da "banlieue" parisiense e jovens da periferia do Rio.
Fonte:Saraiva Conteúdo
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