17 julho 2010

Caso Acari, 20 anos sem respostas

Familiares de vítimas da violência do Estado do Rio, organizações e movimentos sociais traçaram um calendário de atividades para o primeiro semestre de 2010, a fim de lembrar o Caso Acari, que completará 20 anos em 26/7, para quando está prevista uma manifestação pública, informou (23/2) a Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (http://www.redecontraviolencia.org/). Naquela data, em 1990, três meninas e oito rapazes, em sua maioria, moradores da favela de Acari ou proximidades, foram levados à força por homens que se diziam policiais, do sítio em que se encontravam, em Magé, RJ, e nunca mais apareceram. Apesar dos indícios e informações que apontam para a participação de policiais no sequestro, até hoje, o inquérito aberto para apurar o ocorrido não foi concluído e ninguém foi denunciado pela Justiça.

Entre as atividades que deverão trazer o caso à tona, está prevista a realização do 1º Encontro Nacional de Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência do Estado, reunindo representantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, nos dias 24 e 25/07, na capital fluminense. As organizações envolvidas pretendem, ainda, sensibilizar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH/OEA).

Serão lembrados também outros episódios de violência no estado, como o que ficou conhecido como a chacina de Vigário Geral, ocorrido em agosto do mesmo ano, com a morte de 21 pessoas daquela comunidade; o extermínio de oito crianças e jovens em situação de rua, na porta da igreja da Candelária; e o assassinato da mãe de uma das vítimas de Acari, Edméia da Silva Euzébio, tida como das mais empenhadas na busca de respostas para o caso.

Radis 92 • Abr /2010

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