21 julho 2010

Lançamentos em DVD - 21 de julho

Sede de Sangue
(Thirst)
Gênero: Terror

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Crítica por: Georgenor de Sousa Franco Neto


Além dos reinos de Bella Swan e Edward Cullen, há outras histórias de chupadores de sangue, mais sujas, violentas e bem humoradas! Não vou discutir com os fãs do Crepúsculo. Apenas dar um toque: NÃO PERCAM “SEDE DE SANGUE”!!!, último trabalho do diretor sul-coreano Park Chan-wook.


O filme narra a história do padre Sang-Hyun que, após uma transfusão de sangue, se torna um vampiro. No começo, ele trabalha em um hospital dando conforto espiritual ao pacientes. Descontente por não poder fazer algo mais concreto pela humanidade vai para a África ser cobaia. Após testes para uma vacina, ele morre. Porém, por conta da dita transfusão, ele ressuscita.

Vale observar como o diretor adapta as regras do vampirismo para a situação de alguém transformado em vampiro por transfusão sanguínea. O padre não pode se expor à luz do sol (ele queima ao invés de brilhar – desculpem fãs de Edward, mas não poderia perder esta piada infame!)., tem vida eterna, aparência inalterada, como outros clássicos. Porém, não possui caninos, nem suas mordidas têm efeitos; ele bebe o sangue como suco e só dando o seu para alguém beber que este vira vampiro.

É depois de beber o sangue de Sang-Hyun, que a bela Tae-joo se transforma em uma maligna vamp de olhos puxados.

O aparecimento de Tae-joo causa diversos conflitos morais em Sang-Hyun. Primeiro, o apelo sexual dela, depois o desejo da moça por sangue. Enquanto Sang bebe sangue dos pacientes do hospital, Tae-joo não hesita em matar. Ela é o elemento causador das grandes dúvidas moral que atormentam o padre.

Através da trajetória desse padre-vampiro e de sua parceira, a narrativa une etilos. Do drama do começo, passamos pelo mistério, pelo terror, mais adiante suspense com comédia, uma história de amor equilibrando desejo, humor e violência.

É admirável o apuro técnico-artístico que o diretor sul-coreano alcançou neste último trabalho. Trocando a vingança (a trilogia da vingança: Mr. Vingança, Oldboy e Lady Vingança) pelos conflitos entre religião e mundanismo, vida e morte, Park Chan-wook aprofunda o debate sobre a moral humana, sem deixar o humor, suspense, romance e violência de lado.

Como em seus filmes anteriores, a narrativa é exaustiva. Nada de subentendidos acerca do final das personagens. Tudo fica redondinho ao fim. O que não significa menos coisas na cabeça para se conversar na mesa do bar!

http://www.youtube.com/watch?v=sG2NCsz1mFc&feature=player_embedded

Amelia
(Amelia)
Gênero: Drama

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Crítica por: Edu Fernandes


A vida da aviadora Amelia Earhart desde seu primeiro voo sobre o Atlântico, como passageira. Ela teve sua chance no ramo graças a George Putman, com quem depois se casou.

Quando o assunto não é a Grande Depressão, o período entre-guerras normalmente é retratado no cinema com muita elegância. Em Amelia, a situação não é diferente tanto no figurino quanto na fotografia. Especial atenção deve ser reservada para as cenas em que se mostra como a imagem dela era usada para vender produtos. Nessas passagens, há um belo colorido preenchendo a tela.

Assim como em Coco antes de Chanel, o filme gira em torno de uma importante figura feminina do século XX. Diferente da produção francesa, a cinebiografia da piloto foca-se no que interessa: os aviões e longos voos da protagonista.

Se não há amarras para mostrar tudo que há de bonito e tudo que há de condenável nos primórdios da aviação, há um certo melindre nas cenas em que a viada privada de Earhart é colocada na berlinda.

Um exemplo disso está na relação íntima de Amelia e George. Há um primeiro beijo, mas algumas sequências anteriores sugerem que eles já tinham encontros amorosos antes. Amelia tinha ideias bem liberais no campo dos relacionamentos amorosos e um pouco mais de precisão poderia ser aplicada nessa questão.

Quando um filme traz personagens reais, o maior desafio é tornar uma história pública e conhecida em um roteiro animador. Quebrando a linha do tempo, Amelia ganha unidade e ainda consegue criar um bom clímax no desfecho.

Maré de Azar
(Extract)
Gênero: Comédia

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Crítica por: Edu Fernandes


Um acidente de trabalho acontece na fábrica de Joel e a oportunista Cindy se aproveita dessa situação para se aproximar de Step. Ela quer convencê-lo a entrar com um processo e arrancar dinheiro da empresa.


O título Maré de Azar (Extract) resume muito bem o período da vida do protagonista. Sua falta de sorte é tão grande que chega a dar raiva. O sujeito está tentando vender sua empresa para conseguir tirar o pé do acelerador, mas um processo trabalhista retarda as negociações.

Esse é apenas o perrengue profissional de Joel. Em casa, ele não transa com sua esposa a meses, sempre com a desculpa do cansaço por parte dela. Quando sai para relaxar no bar, seu amigo o convence a usar drogas e no meio da viagem acaba tomando decisões que só o empurram mais para o fundo do poço!

Mesmo com tantos problemas, Maré de Azar é uma comédia com o humor baseado na força de seus personagens. Seja o gigolô tapado, o amigo drogado ou o sócio negligente; todos os personagens secundários têm alguma característica que pretende tirar risadas de quem está assistindo. Nesse sentido, vale lembrar que o roteirista e diretor é Mike Judge, criador da dupla Beavis e Butt-Head.

Se estiver procurando por qualquer outro tipo de piada, é melhor escolher outra comédia. Não há espaço para pastelão, diálogos com tiradas espertas ou humor ácido. Se os personagens não forem atraentes para o espectador, o filme não funciona.

No entanto, se essa pegada parece uma boa pedida, há um prêmio: Gene Simmons (vocalista do Kiss) faz uma pequena, porém marcante, participação.

Halloween 2
(H2: Halloween 2)
Gênero: Terror

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http://www.youtube.com/watch?v=ywAws-rhc1o&feature=player_embedded

Crítica por: Edu Fernandes
 

Mesmo depois de passado tanto tempo, Laurie ainda tem pesadelos com o assassino serial Michael Myers. Enquanto isso, o Dr. Loomis ganha uma pequena fortuna com os livros que escreve sobre o assunto.


A saga de Michael Myers foi reiniciada sob a direção de Rob Zombie, mas a intenção do diretor era ficar em apenas um filme. Com o anúncio da continuação, ele fez questão de se envolver na produção para que sua visão não fosse arruinada por outro profissional. No novo filme ele continua usando a mesma fórmula das grandes franquias de terror dos anos 70 e 80: personagens dados como mortos reaparecem e os vilões são aparentemente invencíveis.

O que não está de acordo com a referência original em H2: Halloween 2 (Halloween II) é a trilha musical. A clássica respiração e as notas tão conhecidas dos fãs foram deixadas de lado e a música só é usada em uma releitura durante os créditos finais.

O que há de novo são alusões a filmes mudos, época em que assustar o público já era comum no escurinho do cinema. Em pequenos detalhes ou em cenas inteiras é possível perceber o visual dos primeiros filmes de vanguarda.

A boa notícia é que dessa vez os espectadores não são mais reféns da distribuidora, que tinha feitos cortes com a delicadeza de um açougueiro no filme anterior. H2 é exibido em solo brasileiro em sua forma integral.

Por outro lado, a produção usa uma muleta dos roteiros de terror do passado. Para que o enredo se desenvolva, é preciso apoiar-se na burrice da protagonista.

Imagine a situação: você é um dos poucos sobreviventes de um serial killer que deveria estar morto, mas cujo corpo nunca foi encontrado. Conforme o aniversário dos ataques se aproxima, pesadelos atormentam suas noites. Aí na exata noite em que o vilão deve voltar, você descobre bons motivos para que o assassino continue na sua cola. Ao invés de fugir para o México, a mocinha toma uma decisão mais esperta e resolve tomar um porre e ficar mais vulnerável! A ideia de um filme de terror não é fazer a plateia torcer pela morte sangrenta da protagonista...

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