O Livro de Eli
(The Book of Eli)
Gênero: Aventura
Elenco: Denzel Washington, Mila Kunis, Michael Gambon, Jennifer Beals, Gary Oldman, Evan Jones, Ray Stevenson.
Direção: Albert Hughes e Allen Hughes
Duração: 118 min.
Distribuidora: Sony Pictures
Estreia: 19 de Março de 2010.
Sinopse: Denzel Washington (O Gangster) estrela esse filme dirigido pelos irmãos Allen e Albert Hughes (Do Inferno). Num mundo pós-apocalíptico Eli (Denzel) é um homem solitário que tem de proteger um livro sagrado que pode conter a resposta para salvação da humanidade, mas como todo herói tem seu algoz nessa história não é diferente e para poder obter o livro, um tirano prefeito de uma pequena cidade (Gary Oldman) fará de tudo, mesmo que para isso tenha de matar Eli.
Em um futuro distópico, um andarilho luta para proteger um livro que tem os segredos para salvar a humanidade.
Quando Denzel Washington (O Sequestro do Metrô) está no elenco de um filme já podemos deduzir muito de sua sinopse. Ele interpretará um sujeito muito determinado que passará por cima de tudo e de todos para alcançar seu objetivo. Pois bem, O Livro de Eli (The Book of Eli) não foge disso. Por outro lado, Gary Oldman, como o vilão, mostra exatamente o oposto: o sujeito consegue ser Comissário Gordon (Batman) e Sirius Black de forma camaleônica.
Mesmo com esse ar de repetição, o frescor da produção está no cenário distópico e nas cenas de ação muito bem concebidas e dirigidas. O próprio Denzel desempenhou as façanhas físicas de seu personagem, dispensando dublês. Visualmente, a fotografia é meio suja e escura, combinando com a obscuridade do contexto.
No começo o roteiro atrai pela excentricidade desse futuro pós-apocalíptico, depois o espectador é agarrado pela rivalidade criada entre o protagonista e o vilão, e mais para o final há uma grande surpresa que fará alguns quererem assistir novamente ao filme.
Há alguns problemas na dramaturgia. O primeiro é acreditar que a Bíblia, o livro mais vendido no mundo, algum dia será um artigo raro. Como é possível que não se ache sequer um único exemplar dos escritos que estão nas gavetas de criado-mudo de muitos quartos de hotel? Outro ponto é o poder superestimado do livro. Não era possível criar uma seita com qualquer outra escritura? Toda essa mobilização ao redor da Blíblia pode ofender os ateus e agnósticos.
Deixando essas questões de lado, é legal saber que a Bíblia foi o primeiro livro impresso por Gutemberg e o filme recria esse momento em suas cenas finais.
Curiosidades:
» Os irmãos gêmeos Albert e Allen Hughes, mais conhecidos como The Hughes Brothers ('Do Inferno'), dirigem.
http://www.youtube.com/watch?v=t3qJj_ljctE&feature=player_embedded
Cadê os Morgan?
(Did You Hear About the Morgans?)
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Crítica por: Edu Fernandes
Paul e Meryl Morgan estão se divorciando, apesar de ele querer a reconciliação. Em uma noite, ambos testemunham um assassinato e precisam ficar juntos em uma pequena cidade até que o criminoso seja preso.
Em 2007, o cineasta Marc Lawrence fez um certo sucesso com a comédia romântica Letra & Música. Ele resolveu repetir a parceria com Hugh Grant e leva para as telas Cadê os Morgan? (Did You Hear About the Morgans?). No entanto, a comicidade em seu filme anterior era maior com a decadência de um astro pop dos anos 80 e performances musicais hilariantes.
Dessa vez a aposta recai sobre pessoas urbanas que são obrigadas a ficar em um ambiente rural e se adequarem a ele. Os valores mais humanos associados a esse cenário conquista o coração dos personagens, depois de uma série de situações cômicas, e o enredo acaba tendo uma levada bem óbvia. A fórmula que ficou fofa em Carros não consegue o mesmo efeito na nova comédia.
O casal de protagonista repete as atuações que já foram vistas em trabalhos passados e há uma séria carência de piadas fortes. A atenção e o carisma acabam recaindo sobre os assistentes do casal, que constroem uma relação incendiária e engraçada.
Falar dos assistentes é na verdade um grave sintoma da situação geral de Cadê os Morgan?. Quando o mais interessante de um filme são um par de personagens secundários que aparecem em cenas contáveis nos dedos de uma mão, algo deu errado.
http://www.youtube.com/watch?v=mrWYfkg5OBw&feature=player_embedded
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http://retalhosnomundo.blogspot.com/2010/07/filme-letra-musica.html
Homens que Encaravam Cabras
(The Men Who Stare At Goats)
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Crítica por: Edu Fernandes
Bob Wilton é um jornalista frustrado com a vida depois de ser abandonado pela esposa. Ele tem a oportunidade de mostrar seu valor ao entrar em contato com um homem que diz ter participado de uma divisão paranormal do Exército dos EUA.
Unânime definitivamente não é um termo que pode classificar a comédia Os Homens que Encaravam Cabras (The Men Who Stare at Goats). Para ter alguma ideia se a recepção será positiva ou negativa, é aconselhável que cada leitor assista ao trailer e perceba se consegue se conectar ao tipo esquisito de humor que o filme oferece. Se a ligação acontece, a diversão é garantida.
O maior mérito do elenco está na habilidade que cada um desses atores têm de não se levar tão a sério de vez em quando. Isso não quer dizer falta de talento, uma vez que entre todos os rostos estampados no cartaz, apenas Ewan McGregor (Anjos e Demônios) ainda não levou para casa um Oscar – atenção especial para o "ainda", já que uma indicação ao Globo de Ouro já se concretizou.
Todo o roteiro se baseia em acontecimentos e situações absurdas, mas o mais legal é que não é difícil de acreditar que tais absurdos fossem levados a cabo na época da Guerra Fria. Espionagem e guerra, por mais estranho que possa parecer em um primeiro momento, podem ser um prato cheio para comédias por causa das situações extremas que podem ser criadas. Agente 86 aposta mais no pastelão, enquanto Os Homens que Encaram Cabras segue mais a linha ousada de personagens excêntricos que se encaixam em cenários bizarros.
O filme é, portanto, indicado para quem gosta de explorar tipos raros de comédias.
http://www.youtube.com/watch?v=ER4RNVFuU0M&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=mrWYfkg5OBw&feature=player_embedded
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