Montanha na água
Entenda o que é um iceberg e como esses gigantes blocos de gelo se formam
Nos mares mais frios da Terra, há imensas montanhas flutuantes totalmente feitas de gelo: são os icebergs. Para ganhar esse nome, um bloco de gelo precisa ter, no mínimo, 10 metros de comprimento e 5 metros de altura. Isso só na parte que fica para fora da água, pois a parte submersa é muito maior.
Os icebergs surgem quando blocos de gelo se soltam das geleiras que cobrem a Antártida, no sul do planeta, ou o Ártico, no norte. Isso acontece quando as marés ou o calor provocam rachaduras na massa gigantesca de gelo.
Essas geleiras foram formadas pela neve que se acumulou durante milhões de anos. Por isso, elas são feitas de água doce, que veio de rios, e não de água do mar. E sabe como um bloco de gelo tão grande e pesado consegue flutuar?
É que o peso de água que um iceberg desloca ao seu redor é maior que seu próprio peso, o que faz com que ele flutue.
VOCE SABIA QUE…
- Um pinguim pula até 1,85 metro de altura para subir em um iceberg?
- O maior iceberg do mundo tem cerca de 110 quilômetros de extensão por 20 de largura? Ele é maior do que o município de São Paulo e se soltou de uma geleira depois de uma tempestade.
- Muitos bichos descansam e procuram alimento nesses blocos de gelo.
- O nome iceberg vem do termo em holandês “ijsberg” e quer dizer montanha de gelo.
- A parte submersa do iceberg é muito maior do que a que aparece na superfície.
VIDA NO GELO
Enquanto os icebergs flutuam, parte deles se derrete, liberando uma água rica em nutrientes que alimentam bichinhos chamados krill, que são o alimento favorito de pinguins, focas e baleias. Esses blocos de gelo abrigam ainda peixes, que se escondem em suas fendas, e aves que param sobre eles.
O aquecimento da Terra está acelerando o derretimento de geleiras e icebergs. Isso aumenta o nível dos oceanos, interfere na temperatura e na concentração de sal da água e pode ser uma ameaça para plantas e bichos de todo o planeta.
Maria Carolina Cristianini
CONSULTORIA: ALBERTO WAINGORT SETZER (pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), FERNANDA CANILE (pesquisadora do Centro de Pesquisas Antárticas da USP) e RICARDO DE CAMARGO (prof. do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP).
Recreio14/01/2010
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