Chico Xavier, de Daniel Filho, atraiu cerca de 590 mil pessoas em seu final de semana de estreia, bateu o recorde e é o filme brasileiro de maior abertura, ultrapassando o fenômeno Se eu fosse você 2, do mesmo diretor. A cinebiografia do médium mais conhecido e respeitado do Brasil arrecadou mais de R$ 6 milhões.
"O amor que a população brasileira tem por esse homem ímpar, que só fez o bem durante sua vida, e o fascínio pelos temas sobrenaturais são fatores que contribuem para o sucesso, declara Bruno Wainer, diretor da Downtown Filmes, que distribui o filme junto com a Sony Pictures.
Wainer acredita que Daniel Filho está predestinado ao sucesso. "O filme não poderia estar em melhores mãos", completa. Carlos Eduardo Rodrigues, diretor executivo da Globo Filmes, coprodutora, conclui: "Estamos muito contentes com o resultado do primeiro fim de semana. Batemos nosso próprio recorde. Sempre confiamos que tínhamos um filme de boa qualidade que emocionaria o público".
O longa estreou em 02 de abril, centenário de nascimento do médium. As primeiras sessões oficiais do filme foram em Uberaba, cidade que Chico escolheu para viver, e Pedro Leopoldo, sua cidade natal. Também teve pré-estreia em Paulínia, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Com orçamento de R$ 12 milhões, Chico Xavier tem Nelson Xavier, Ângelo Antônio e Matheus Costa interpretando o médium nas três fases focadas – maduro, adulto e criança. E mais uma série de nomes consagrados, como Tony Ramos, Christiane Torloni, Leticia Sabatella e Giulia Gam. Com muita emoção e uma dose certa de humor, o filme é fiel à trajetória e aos conflitos de um homem que aceitava a "oposição gentil" (uma das falas de Ângelo Antônio) com a sabedoria que lhe era notória e teve uma vida de plena doação.
A ideia de levar para o cinema a história de um dos mais conhecidos líderes espirituais do Brasil, que chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz, surgiu há seis anos, em 2004. O produtor associado e distribuidor Bruno Wainer comprou os direitos do livro do jornalista Marcel Souto Maior, As Vidas de Chico Xavier (2003), que foi sucesso de crítica e vendas. Escrita por um não espírita, a publicação teve mais de 400 mil exemplares vendidos, liderando por um ano o ranking no país.
Bruno logo pensou em entregar a produção nas mãos de Daniel Filho, que acabou também dirigindo a obra. O primeiro passo foi uma visita à Casa da Prece, em Uberaba (MG). Familiares e amigos de Chico foram consultados sobre a intenção de se produzir um filme e a aprovação foi imediata.
O resultado são 125 minutos de momentos emocionantes, de uma vida que mexeu com a forma de enxergar a fé de milhões de brasileiros e conquistou o respeito de muitos, independentemente da religião.
OToupeira
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